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Bad Bunny prova que o YouTube é o maior palco do mundo, diz head da plataforma

Bad Bunny prova que o YouTube é o maior palco do mundo, diz head da plataforma

Executiva explica como o YouTube impulsionou a virada de Bad Bunny no Brasil

Sandra Jimenez (Reprodução/ YouTube)

Como um artista que mal tinha audiência no Brasil passou a lotar estádios por aqui? O nome dele é Bad Bunny e a resposta envolve algo mais profundo do que um hit viral: estratégia, consistência e presença digital inteligente, com o YouTube no centro da equação.

Quem conta os bastidores dessa transformação é Sandra Jimenez, Head de Música do YouTube para a América Latina e o mercado hispânico dos EUA, no novo episódio do podcast Cabos e Cases, gravado durante o Rio2C.

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“O Bad Bunny dizia abertamente que queria vir ao Brasil, que não tinha público aqui. Hoje, ele tem show esgotado com sete meses de antecedência. Isso não acontece por acaso. Houve um planejamento, uma narrativa e uma estratégia digital muito bem pensada”, explica Sandra.

Segundo Sandra, o crescimento do porto-riquenho por aqui não foi uma casualidade. “Houve uma narrativa muito bem construída. Ele trouxe sua relação com Porto Rico pro centro da estratégia, criou uma conexão emocional com o público, e o YouTube foi a plataforma que distribuiu esse conteúdo de forma global.”

Ela destaca que o uso estratégico do audiovisual foi decisivo para engajar fãs fora do circuito tradicional latino. “Tinha vídeo dele chorando, refletindo sobre memórias, sobre não ter tirado fotos com o pai. Era verdadeiro. As pessoas se conectaram com isso. O storytelling estava ali o tempo todo.”

No papo com Claudia Assef, Sandra compartilha reflexões sobre o ecossistema musical na era digital e dá dicas valiosas para novos artistas. Ela também fala sobre sua trajetória, que começou na MTV Brasil nos anos 1990, e o reconhecimento recente como Global Power Player pela Billboard.

“Trabalhar com música é ser picado por um mosquito do qual você nunca mais quer se livrar”, diz, rindo.

Entre os destaques da entrevista:

Ferramentas que impulsionam carreiras

“O YouTube permite que o artista comece com o que tem: um celular, um quarto e uma ideia. Pode ser com vídeos curtos — os Shorts —, com lives simples, com covers. O importante é ter consistência e planejamento.”

Ela recomenda, por exemplo, que artistas em início de carreira publiquem pelo menos um Shorts por dia e façam uma live por semana. “É gratuito, é acessível, e você não precisa pedir permissão para ninguém. Está tudo ali, na sua mão.”

O Brasil como potência

Segundo Sandra, o Brasil ocupa um lugar especial no mapa global do YouTube: “O Brasil é uma região dentro de uma outra região. Quando você compara com os países de língua espanhola, o Brasil se destaca pelo tamanho e pela potência. É um continente dentro de outro.”

Liderança feminina na música

Sandra também falou sobre os desafios de ser mulher em posição de liderança no mercado da música. “Melhorou, mas não é suficiente. A gente precisa acelerar. Temos que formar talentos e abrir caminhos. Isso tem que fazer parte da nossa rotina”, defende.

Ela cita nomes como Leila Oliveira (Warner Music Brasil), Monica Brandão (Altafonte) e Adriana Ramos (UMPG), Cris Simões (Sony Music) e Tati Cantinho (Som Livre). como exemplos da mudança em curso, mas lembra que ainda são poucas. “Se a gente cresce, tem que puxar outras junto.”

Aperte o play para ouvir mais sobre o maior palco do mundo e como usá-lo a seu favor:

 

 

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