‘Dia do trap’ no Rock in Rio teve, além de autotune, muitas guitarras
Instrumento foi empunhado por Matuê e por bandas de Ludmilla e Kevin O Chris
Não é novidade, mas a ligação entre o trap e o rock ficou visível para quem não está ligado nas influências da “turma do autotune”. No primeiro dia de RockinRio (13), a gangue do trap liderada por Matuê, Kayblack, Veigh e pelos funkeiros Ludmilla e Kevin O Chris levou aut-tune e solos de guitarras para os palcos Mundo e Favela na Cidade do Rock.
Matuê foi o primeiro a empunhar o instrumento na canção metalinguística “O Som”. Lançando o álbum “333” no Palco Mundo, o rapper cearense tocou as canções menos-trap que carregam sotaque indie-rock e fez a galera juntar-se em rodas espalhadas pelo festival, transformando o show em momento rock do “dia do trap”.
Por sua vez, Veigh e Kayblack lançaram mão de Beyoncé e Alcione mas não deixaram o instrumento de lado na hora de entoar baladas e love songs.
Ludmilla abriu seu concerto com recado aos críticos e viu o instrumento dominar sua apresentação em momentos R&B como “Não Quero Mais” ou em pancadas como “Rainha da Favela” ou “Fala Mal de Mim”.
No Palco Favela, Kevin O Chris levou dois DJs, mas também um guitarrista que fez hits como “Tá Ok” soarem ainda mais divertidos para uma plateia que lotou o terceiro palco mais importante da noite.
No Palco Sunset, o trio Orochi, Oruam e Chefin levantou a plateia com guitarras distorcidas no ato de abertura com “Balão”.