Veigh e Kayblack transformam Rock in Rio em UFC na ‘Cidade do Trap’
Juntos, somaram forças para um show no Palco Sunset
Veigh e Kayblack subiram no Palco Sunset do Rock in Rio 2024 no maior clima de Anderson Silva. Cada um com seu roupão, peça tradicional de lutadores de UFC, luvas de luta e um juíz apresentando cada um deles, seu professor de boxe. A ideia era um contra o outro, mesmo.
Iniciaram o show com “Confissões PT. 2” (veja o setlist), parceria entre eles lançada neste ano, para um público pronto para o show (ou para a luta?). A apresentação de Matuê no Palco Mundo havia terminado há poucos minutos, e os fãs correram de lá para cá para acompanhar o embate.
Kayblack abandonou o roupão para cantar um dos maiores singles de sua carreira, “Melhor Só”, parceria com Baco Exu do Blues. Sozinho, se aventurou num clima quase intimista —tirando os fogos e a guitarra torando. Interagiu com a plateia pedindo gritos do lado A e B do público, e rolou até xingamentos como se fosse torcida organizada. “Ei, lado A, vai tomar no cu”, gritou o B (que eu fazia parte, por sinal).
Segundo round começou com Veigh de volta ao palco. Ao som de “Nois é nois” e “Clickbait”, ele provou que ainda estava na disputa. O paulista também abusou dos efeitos de pirotecnia e foi acompanhado por mãos no alto, gritos ensurdecedores do público —boa parte eram mulheres.
O páreo ficou difícil quando Kayblack voltou para o palco. Sentado numa mesa de bar montada no palco, ele foi acompanhado por um coro potente com “Licor 43”, single que ocupa a 69ª posição no Billboard Brasil Hot 100, chart com as músicas mais ouvidas do país. Para somar seu time, ele convidou Vulgo FK para uma versão explosiva de “Meca Cereja”. “Para mim, na minha humilde opinião é uma das melhores vozes do movimento trap do Brasil.”
Veigh não deixou barato e tentou seu nocaute. Chamou para seu lado da luta Borges, que subiu no palco para cantar “Loucura”. Logo na sequência, ele cantou o maior single de sua carreira, “Novo Balanço”. Até tirou a camisa para a perfomance, para a alegria das fãs.
A batalha continuou em alto nível. Trocas de roupa, efeitos especiais, fogos, confeti no meio do povo, banda afinada e até mensagem de motivacional com “Carta pra Deus”, faixa que Kayblack cantou sentado em uma escada montada no meio do palco, com projeções do céu atrás de si.
O ápice veio com o retorno de Vulgo ao palco para cantar “Ballena” ao lado de Veigh e Kayblack. Ao som da faixa, que explodiu entre as mais ouvidas do país, foram cantar no meio do público.
A Cidade do Rock se transformou em Cidade do Trap por alguns minutos.