Entra na fila: Silva se apaixona por lagosta no clipe de ‘Tudo Que Eu Quero’
Cantor de 35 anos trabalha em disco para 2024


Silva abriu uma nova fase na carreira com o single “Tudo Que Eu Quero”, que ganha clipe nesta quinta-feira (26) às 12h. No clipe, o cantor de 35 anos contracena com uma carismática lagosta, por quem se apaixona. A ideia sugerida pelo diretor não conquistou o compositor em um primeiro momento.
Falando de amor (e o desamor) desde o começo da carreira, Silva queria abordar o tema de uma maneira diferente. “A lagosta representa algo mais místico, um recomeço de um caminho. Um animal que fica nas profundezas. Comecei a achar isso muito bonito”, diz o cantor para a Billboard Brasil.
“Mas eu falei que tinha que ter uma maldade no clipe. Toda história tem que ter um momento de tensão. A gente tinha comentado de eu comer a lagosta no final, mas acho que eu ia ganhar um ódio da maioria da população [risos]. Ela trouxe um papel muito divertido e ficou muito fofa. Fiquei muito feliz, é a primeira vez que faço algo assim”.
Silva deu seu melhor para atuar com a lagosta cenográfica e se divertiu nas gravações. “O Henrique dirige muito bem. Ele já sentia as coisas que iam me deixar desconfortável, então já mudava. Ele conseguiu extrair o máximo da minha atuação.”
Leia mais: Cine quer pagar ‘dívida’ com o público após ‘término por celular’
Os próximos passos
A música dá um gostinho da nova fase de Silva. Ele antecipa e diz que continua explorando os caminhos para o próximo disco –que vem em 2024 e antes do segundo semestre, como o cantor deseja.
“Eu estava com um monte de coisa entalada para dizer. Finalmente consegui organizar minha vida. Minha carreira cresceu muito de poucos anos para cá. Eu era um artista indie e de repente fui furando várias bolhas, então meu tempo é menor agora”, avalia.
“Estou mais maduro e mais focado, doido para lançar músicas novas. Eu sou romântico, gosto de quando vem esse processo da composição, da produção.”
Nos últimos anos, Silva reavaliou as amizades, relacionamentos e os planos. “Comecei a filtrar melhor as pessoas com quem troco, sabe? Ver o que e quem vale a pena gastar tempo de qualidade. Quem são as pessoas que estão trazendo coisas legais para a minha vida.”
Veja mais: Como MC Kevin o Chris usou o tamborzão para criar um espetáculo de rock
O compositor diz que, apesar das coisas boas que a fama traz, é difícil lidar com as inseguranças da popularidade. O que o faz relevar as dificuldades é o retorno do público.
“Gosto das pessoas cantando minha música. É uma experiência ótima. E como compositor, me faz querer ter esse esforço para criar uma música que seja compreensível, que consigam se identificar e querer cantar o refrão com você. Isso é a música pop, né? Estou gostando desse caminho”.

Liberdade artística
Silva considera “Tudo Que Eu Quero” como uma música de transição. Seu próximo trabalho vai unir sonoridades exploradas em projetos anteriores e suas novas descobertas.
“O processo de fazer um álbum é muito doloroso. Tem hora que você acha que está incrível e depois se questiona. A gravadora sempre me deu liberdade, isso já é um alívio.”
O cantor ressalta o alívio de não ter a pressão de emplacar suas músicas nos charts. “Eu acho que não teria muito prazer [de trabalhar assim]. Não estou desmerecendo esse lugar, acho que quem faz são pessoas incríveis”, diz.
“Não quero perder o que conquistei mercadologicamente. Sou muito feliz e orgulhoso da minha trajetória. Mas também não quero ficar refém do mercado. Quero poder ter esse livre arbítrio artístico. Quero ter segurança no repertório. Por isso tenho muito carinho com esse próximo álbum, não quero lançar de qualquer jeito.”