Como MC Kevin o Chris usou o tamborzão para criar um espetáculo de rock
Funkeiro planeja participar de grandes festivais com novo show
O tamborzão está de volta. A batida consagrada pelo funk carioca no final dos anos 1990 e começo dos anos 2000 retornou ao destaque nacional graças, principalmente, ao MC Kevin O Chris e seus hits “Tá OK” e “Faz Um Vuk Vuk (Teto Espelhado)”, ambas presentes no Billboard Brasil Top 100.
A primeira a emplacar foi “Tá OK”. A música seguinte chegou ao topo das paradas com a versão mais suave —nesse caso, o tamborzão ficou restrito para o EP “Tamborzão Raiz: Vol 2” do cantor.
Mas essa “volta ao passado” de Kevin está longe de ser algo preso a nostalgia. Para dar uma cara nova às suas produções com tamborzão, o MC decidiu montar um espetáculo bem rock ’n roll.
“A gente quer tocar em eventos gigantes, grandes festivais. Resolvemos colocar mais peso no nosso funk, que já é gigante. Música não tem uma caixinha, essa mistura costuma agradar”, disse o cantor, que já se apresentou no Lollapalooza Brasil a convite de Post Malone e também com seu show solo, em entrevista para Billboard Brasil.
Como vai funcionar?
O primeiro “teste” do show de funk com rock do MC foi em São Paulo. Além do DJ e de um tecladista, ele se apresentou acompanhado de um baixista e um guitarrista, que ganharam destaque durante o espetáculo, fazendo solos introduzindo músicas ou após os refrãos.
Para tentar deixar a combinação mais harmoniosa, o funkeiro preparou um setlist especial, com destaque para canções que possam ser trabalhadas com arranjos mais sofisticados.
Dentre os exemplos estão: “Dentro do Carro”, canção de sua autoria que usa como sample um trecho de “Day Tripper”, dos Beatles, e “Vidro Fumê”, do seu parceiro MC TH, que usa sample de “Californication”, do Red Hot Chili Peppers.
“A gente pensou muito nessa construção. São musicas que compõem o cenário mundial, né. Todo mundo conhece esses riffs. A gente fez uma adaptação, mas é só o começo. Vem mais por aí”.
Toda essa revolução no palco planejada por Kevin é visando o mercado americano e os grandes festivais no Brasil.
Para 2024, o funkeiro planeja subir no palco principal de um Lollapalooza ou de um Rock in Rio, além de realizar um feat. internacional. Em quem será que podemos apostar?