Como Edgar Barrera se tornou um dos produtores mais requisitados da música latina
Produtor é o responsável pelo sucesso do Grupo Frontera
Quando Edgar Barrera pensou pela primeira vez em reunir Bad Bunny e o Grupo Frontera para uma colaboração, ele refletiu: “Espere, o que estou dizendo? Isso nunca poderia acontecer”.
Mas, como muitas das ideias do compositor e produtor mexicano-americano, essa não apenas deu certo – se tornou um sucesso. A faixa cumbia-norteña “un x100to” alcançou a quinta posição na Billboard Hot 100 em maio.
“Ter o maior artista, com quem eu queria trabalhar, colaborar com um grupo da minha cidade natal e gravar uma cumbia, que é a música que cresci ouvindo com meu pai, foi uma loucura e um momento de círculo completo na minha carreira”, diz Barrera para a Billboard nos Estados Unidos.
“Às vezes pareço delirante, mas o mais louco é que o impossível aconteceu”.
Sua capacidade de transitar entre gêneros sem se esforçar fez dele um dos compositores mais requisitados da música latina, com colaboradores como Maluma (“Hawái”), Christian Nodal (“No Te Contaron Mal”), Grupo Firme (“Ya Supérame”), Camilo (“Vida de Rico”), Becky G (“Chanel”) e Marc Anthony (“De Vuelta Pa’ la Vuelta”), além de estrelas não latinas como Ariana Grande (“Boyfriend”, com Social House) e Shawn Mendes (seu remix de “KESI” com Camilo).
Em janeiro de 2021, ele liderou quatro paradas de gênero – pop, ritmo, tropical e airplay regional mexicano – com quatro canções diferentes, algo que nenhum outro compositor latino havia feito antes.
“Aquele momento foi muito especial”, diz Barrera, que também ganhou o Grammy Latino de 2021 como produtor do ano. “Me lembro que quando ouvi falar disso, continuei ligando para as pessoas do setor perguntando: ‘Isso é normal?'”.
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Momentos extraordinários definiram a carreira do Latin Groundbreaker de 2023 da Billboard, que cresceu perto da fronteira entre Roma, Texas, e Ciudad Miguel Alemán em Tamaulipas, México. Aos 6 anos, criou uma banda de rock com o irmão, primos e um amigo, todos da mesma idade.
Trajetória
Foi nessa época que também começou a se juntar ao pai, artista de cumbia, no estúdio ou a vê-lo ensaiar com sua banda. Mais tarde, já adolescente, Barrera distribuiu cartões de visita e CDs com músicas que havia escrito para artistas que saíam das rádios locais após as entrevistas.
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Sua agitação rendeu um estágio em Miami com o compositor e produtor Andrés Castro. “Foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado” diz ele.
“Comecei como engenheiro, [mas] lembro que quando os artistas vinham ao estúdio, eu dizia a eles: ‘Ei, não sou realmente um engenheiro. Sou compositor e produtor’. E eu mostrava a eles minha música. Eu tive muitos problemas porque não deveria falar diretamente com eles. Mas preferi pedir perdão mais tarde do que pedir permissão. E funcionou: consegui o que queria”. Mais tarde, Castro levaria Barrera para a Sony Music Publishing Latin America, onde foi contratado pelo presidente/CEO Jorge Mejía.
Agora, Barrera está focado na BorderKid Records, um selo que ele lançou em fevereiro de 2022, com artistas emergentes Alex Luna e Neeus.
Grupo Frontera é a mais recente história de sucesso de Barrera. Em agosto, seu álbum de estreia, “El Comienzo”, alcançou a terceira posição na parada de melhores álbuns latinos e, somente no ano passado, o grupo – 15 vezes finalista do Billboard Latin Music Awards de 2023 – ficou em oito lugares no Hot 100.
“Prometi a mim mesmo que, de agora em diante, trabalharia apenas em projetos pelos quais realmente me apaixonasse e que me fizessem sentir algo”, diz Barrera. “Com BorderKid, é isso. Quero ser essa ponte entre novos artistas, compositores e produtores e seus objetivos.”
