Atrações do Psica, Wanderley Andrade e Voo Livre explicam vanguardismo do brega
Eles se juntam à Marina Sena na programação do festival paraense


Wanderley Andrade está atrasado para a ligação em que se juntaria a Rondy Dias e Rosy Brito, da banda Vôo Livre, para uma conversa sobre brega com a Billboard Brasil. Enquanto o dono de “Traficante do Amor” não entra, a dupla —que chegou ao sucesso quase uma década depois da estreia de Wanderley— conta como escreveram um capítulo na música de aparelhagem do Pará.
Rondy criou a Vôo Livre apenas para tocar em bares, mas foi obrigado a profissionalizar a banda quando “Lavadeira” explodiu no Pará — impulsionada por uma nova caixa na batida do brega, que a deixou ainda mais dançante. Rosy, que era fã na adolescência, assumiu os vocais anos depois. Já Wanderley é um freak: não só pelos coloridos, citações a Raul Seixas e Belchior, mas também porque dirige para todos os cantos do Norte do país em seu carro —regando-se de suco de maracujá para tentar se recuperar de uma viagem recente de quase 3 mil quilômetros de estrada.
Quando ele, astro maior do brega pós Reginaldo Rossi, finalmente ascende à ligação —que envolve colheradas rápidas em um açaí e um passeio em seu carro até o aeroporto, a conversa ganha tons de Beatles, Elvis, e um anúncio, em primeira mão, de que vai subir ao palco da Vôo Livre. Eles se encontram no festival Psica, que rola em Belém nos dias 11, 12 e 13 de dezembro, no Estádio Mangueirão —que, além deles, contará com Marina Sena, Mano Brown, BK convidando Evinha, entre outros.
Quando vocês começaram o Wanderley já era veterano, né?
Rondy: Já. Eu comecei a tocar em 1995. Tava até falando com a Rosy. Na época que o Wanderley apareceu em rede nacional, a gente estava almoçando e ficamos comendo e vendo o Wanderley tocar na TV.
Rosy: Era bem mais difícil, naquela época, fazer o que ele fez.
É o arco do precursor, né? Se a gente for perguntar pra ele, talvez ele diga que nem imaginava tudo isso, que só queria cantar uns bregas norte-americanos.
Rondy: Acho que o sucesso quando ele vem naturalmente, sem pretensão, ele é mais sólido.
E as pessoas lutam muito para ter sucesso, querer ser famoso. E às vezes cai no colo de quem é mais natural, né?
Rondy: Sim! A própria Vôo Livre. Nosso primeiro sucesso foi “A Lavadeira”, um hit que a gente fez por brincadeira. A gente gravou por gravar e um amigo de aparelhagem soltou.
Rosy: E vocês nem tavam preparados para esse sucesso, né?
Rondy: A banda era pra tocar em um bar. Só. A gente inventou de gravar porque o Elison [um dos maiores DJs do Pará, atende também por Elison New Wave, o Show Man do Pará] ficava pedindo, incentivando. Nessa brincadeira, gravamos e ele fez acontecer. E aí ganhamos a obrigação de fazer show! Por isso que eu falo, foi natural.
Rosy: Fora que, antigamente, além de gravar ainda tinha que ir nas rádios, batalhar pelo som.
Vocês acham que essa despretensão é o que fez o brega do Pará ser algo de vanguarda no Brasil —seja na época do Wanderley ou dez anos depois com vocês?
Rondy: Antes de vir pra essa conversa, eu estava pensando que a gente sempre quer melhorar algo que existe. O brega já existe há muito tempo e se você ver como ele está agora, você vê que é sempre alguém querendo pegar e melhorar. Se você pegar todas as vertentes do brega, a batida que eu criei é diferente. O que eu fiz foi adicionar mais uma caixa da bateria. O brega faz “tá / tá tá / tá” e eu peguei e fiz “tá / tá tá tá / tá”. Então, você já sente que o ritmo vai pra outro lugar. Quando as pessoas escutam, elas já sabem que é a Vôo Livre. Mas como eu não botei um nome de ritmo, as pessoas foram chamando de tecnobrega. Aí, depois, a pessoa pegava a minha batida e ia também fazendo outra coisa.
Rosy: E aí chega no melody, no próprio rock doido.
Fica mais com cara de montagem, artesanato de samples.
Rosy: E bem acelerado, né? Um minuto e vinte só naquela batida.
Rondy: E nesse papo, a própria Vôo Livre fez seu rock doido. A gente não pegou pronto, fomos lá e criamos [“Rock Doido da Vôo Livre”]. E é assustador porque em paralelo a isso nossas músicas antigas estão viralizando [a canção “Tecno do DJ Dinho”, um melody que tem um teclado hipnotizante, voltou às “paradas” do TikTok]. Como é que pode. Depois de tantos anos… E ela tocava lá em 2003. Mas é muito doido vê-la em tudo o que é lugar.
Rosy: Não estávamos preparado. Ela tocava em aparelhagem, a gente já ouvia muito. Mas viralizar de novo foi… um espanto.
Rondy, explica essa capa do primeiro CD da Vôo Livre.
Rondy: Sou eu, Fred, a Iraci e a Diane. Rapaz, eu estou lourinho! Esse cabelo tem uma história. A gente fez uma música chamada “Brega da Motinha”, horrível. Foi o Fred que fez. Eu até costumava falar “prefiro que os outros façam sucesso para eu cantar no show!”. Quando surgiu a ideia de gravar “Lavadeira”, eu já tinha a ideia do ritmo do tecnobrega desde 1999. As pessoas diziam “você está louco? Querendo modificar o brega?”. Mas quando eu finalmente ganhei um teclado nas minhas mãos, eu comecei a brincar com ele. A música tem influência da música “Talibã”, do Los Minos. Eu peguei o riff e somei isso ao trava língua que compõe o refrão porque na época tava muito em voga essa brincadeira do Jurandir [considerado o “Rei do Trava Língua do Pará”, autor de “Brega do Chico Preto”].
Como a tal da motinha tinha sido um fracasso, o Fred falou assim pra mim: “Se essa música tocar, eu vou descolorir meu cabelo”. E eu falei que tava dentro. “Mas não vai tocar porque essa música é uma doidice que a gente fez”, eu disse. A gente nunca vai imaginar. Ninguém conhecia aquela batida. E foi um experimento. Rapaz… Quando terminamos de gravar, fomos convidados por uma aparelhagem. E quando eles colocaram na passagem de som… A gente tava curioso para ouvir naquele som grandão. E quando tocou, as pessoas começaram a falar da música e eu senti que tinha algo ali. “Essa vai tocar”. Quando explodiu, não teve outra. Pelamos o cabelo, pintamos. Mas o cabelo na capa nem tá tão lourinho porque até fazer as outras músicas e a capa do álbum, já tinha crescido o cabelo.
Rosy: Engraçado que na época era isso, né? A gente fazia a música e mais do que pra rádio queria mandar pras aparelhagens.
Rondy: Tem festas que, às vezes, você ouve 20 minutos só de Vôo Livre. Mal sabe que eu estou ali ouvindo. Na primeira vez que eu toquei “Lavadeira” ao vivo foi em um comício, desses de político. As pessoas conheciam a música, mas não a banda. Eu não tinha noção que a banda era um sucesso. Quando subi, era agarrão, rasgo de roupa. Foi aí que caiu a ficha. Fala, Wanderley!
Fala, Wanderley! Tá no mudo, meu querido.
Rosy: Tá no mudo, Wanderley. Vai ter que ligar o microfone.
[Com voz quase rouca, ele chega recitando os versos de “Traficante do Amor”, um de seus maiores sucessos]
Wanderley: Se você é careta fique logo ligado: o traficante chegou! Quero te ver chapado com o som de Wanderley Andrade que é som do amor. Diga aí! A minha voz tá pesada porque eu to numa correria danada. Acabei de chegar de São Luis. Já tô indo pro aeroporto. Mas vamos lá, meu irmão.
Você tá bem?
Wanderley: Eu tô lindo, cheiroso e cantando bem.
Chegou aqui o perfume.
Wanderley: Faça assim! [Ele pede ao repórter que chegue perto da câmera e dê um cheiro, no que é prontamente atendido]
Wanderley, canta uma música que era o Wanderley antes de você ser o Wanderley. Eu sei que você chama de “brega americano” tudo o que te inspirou.
Okay [ele diz com sotaque norte-americano]! Eu comecei cantando músicas americanas. Sempre morei com um americano e era essa minha influência. Mas, depois disso, a primeira coisa que eu aprendi foi Beatles [ele se prepara para entoar “Girl”, música de 1965 dos ingleses].
Is there anybody going to listen to my story
All about the girl who came to stay?
Mas o que me marcou mesmo foi o [Reginaldo] Rossi [ele canta “Cheio de Amor”, de 1981]:
Há muito tempo eu procurava o amor
Pela cidade, pelo interior
Foi minha inspiração e eu tive o privilégio de tê-lo como amigo.
E vocês, Rondy e Rosy?
Rondy: Eu não era muito de dançar. Eu ia pra tocar mesmo. São tantas músicas… Uma que eu sentia uma energia boa foi a dos Los Minos, mesmo. Simples, interessante, dançante.
[Wanderley está em um balcão, pedindo um açaí]
Rosy: Minha inspiração logo quando comecei era Fruto Sensual e, principalmente, a [Banda] Xeiro Verde [Rosy entoa “Beijo Bom”].
Que beijo bom, bom
Beijo gostoso
Gosto de bombom
Rondy: Eu curtia muito o Wanderley Andrade também, principalmente quando ele lá em casa, com meu irmão Ruy.
Wanderley: Eu estou com tanta sede de açaí, seis, oito dias sem, que quando chego aqui em Belém não tem como.
Rosy: Tu tá fazendo inveja.
Wanderley: Yuri! Yuri! Yuri! Quer um pouquinho, quer, bebê? [Wanderley começa a fazer aviãozinho com a colher em direção à câmera, deixando cair no telefone]. Toma! Toma! Pô, manchou meu celular!
Rosy: HHAHAAHHAAHAHAH
Como é pra vocês serem referência de diversão na vida das pessoas?
Rondy: Eu tenho esse sentimento quando eu começo a apresentar os sucessos da banda… É só começar o contrabaixo, que as pessoas… Aquilo me dá um choque. Eu fico paralisado. “Cara, é muito louco as pessoas gostarem disso que é tão despretensioso”. Para a gente parece coisa simples. Mas você ver a pessoa chegar e falar que dançou isso a vida inteira… É muito gratificante fazer parte daquilo.
Wanderley, você sempre levou sua carreira de músico e letrista com a diversão ao lado. Era uma missão, um norte ser divertido também?
É a minha personalidade. Primeiro, tem uma canção que diz [ele entoa “Vida de Cantor”, de 1999]:
Nesta canção eu quero falar
Da vida de cantor
Das barreiras que ele enfrenta
Pra mostrar seu valor
É discriminado
Magoam o seu coração
E ainda sofre com a solidão
Muita gente o critica
Mas temos que dar valor
Vocês podem chamá-lo de brega
Mas canta o amor
Como todo grande artista
Da mesma forma se inspirou
As mesmas canções, Elvis Presley
Muitas vezes cantou assim
It’s now or never
Come hold me tight
Kiss me, my darling
Be mine tonight
Tomorrow will be too late
It’s now or never
My love won’t wait
Por que fingir que não gosta
Se no seu quarto você balança?
Quando ouve um brega
Você não resiste e dança
Por que fingir que não gosta
Então, vamos lá. Eu estou só sintetizando o que o Rondy falou sobre o som deles. Tem uma expressão americana que aprendi em uma canção que é “make yourself comfortable” que é “fique à vontade”. Quando você canta com o coração e ama o que faz… Eu me sinto muito à vontade. Eu plantei isso há muito tempo. Agora, eu, Fafá de Belém e Joelma aparecemos em um documentário dos 60 anos da Rede Globo. Eu me emocionei em uma parte em que mostra eu entrando no programa do Faustão pela terceira vez na vida e o meu dedo todo cortado de linha de pesca porque era inimaginável eu chegar onde eu cheguei. Ou ser um artista conhecido em 28 países. Em uma semana vou para a Austrália. Eu não paro. Hoje eu faço uma média de 35 shows por mês. Minha voz tá pesada porque nos últimos dias eu dirigi 3200 quilômetros. Eu estou conferindo aqui o horário porque eu preciso estar no aeroporto daqui a 20 minutos.
Eu sou a alegria, o entretenimento, o amor. Eu sou grato a Deus. As pessoas acham que eu bebo, fumo, cheiro. Nunca fiz isso na minha vida. Sou cristão. Sou rodeado de coisas boas. O meu vício é açaí e cantar brega e rock and roll. Então, mano, eu não sou engraçado, eu sou grato a Deus. É aquele papo do Raul [Seixas]. Eu vejo a Voo Livre aqui nessa conversa e lembro dele com “Um sonho que se sonha só é só um sonho; um sonho que se sonha junto é realidade”. Se não fosse outros colegas nossos aqui do Norte, eu não seria o que sou hoje. Daqui a pouco vou cantar para mais de quatro mil pessoas, amanhã para 20 mil, depois vou para Careiro da Várzea [município do Amazonas, com menos de 20 mil pessoas]… Quando eu abro a boca e canto [ele entoa “O Detento Apaixonado” e “Conquista” , de 2001]
Vou fazer rebelião no seu coração
Vem, meu amor, não me deixe assim
Cara… É foda. “Wanderley, você não cansa?” Eu amo! O que Deus colocou na minha vida eu amo. Fiz 11 filhos e vou fazer mais quatro. Pronto, acabou.
Saúde. Teve alguma coisa na tua carreira que te tirou do prumo?
Mano, eu sou da época que eu acordava duas da manhã pra implorar para tocarem minha música. O respeito que tenho hoje, minha amizade com Bial, Regina Casé, Faustão… Vou me encontrar com Sting e Bono Vox na Austrália… Isso é trabalho. Houve críticas… Na primeira vez no Faustão, ouvi muita coisa. Mas, de novo, volto ao Raul: “Quando eu compus ‘Ouro de Tolo’, os imbecis me chamaram de ‘Profeta do Apocalipse’. Mas só vão entender o que eu falei no dia do eclipse”.
Me falem uma música de vocês que as pessoas não ligaram muito na época mas que vocês gostariam de destacar.
Wanderley: Essa não é minha [composição], é do Marquinhos Maraial. Eu sempre gosto de falar dos nomes dos compositores. Eu sempre vejo colegas ingratos que não valorizam seus compositores. A canção é “Pensando Em Nós Dois”. Mas sabe o que me conforta? “Traficante do Amor” foi fazer sucesso sete anos depois; “Rebelião Do Amor”, nove. Eu não tenho pressa. Só um minutinho, pessoal, que eu tenho que pegar o elevador para ir ao aeroporto. Vai daí meu irmão. Esse moleque é irmão de um dos maiores bateristas que temos no Brasil, meu amigo Ruy —que hoje é presidente do Sindicato dos Músicos de Belém do Pará. Vai, meu irmão.
Rondy: A gente gravou três faixas e, pra mim, foi umas das melhores da nossa carreira. Mas a gente não alcançou o que a gente esperava. Eu quero só lembrar o nome aqui [risos]. É “Loucuras de Amor”. Aqui no Pará, Wanderley sabe disso, a gente é do brega, mas a gente sempre gravava no disco uma lambada, xote, forró. A Vôo Livre começou modificando o ritmo, mas também gravamos românticas. Eu apostava muito nessa só que não deu. Eu não sei se é porque as pessoas esperam loucuras mais quentes da gente…
Wanderley, você tem tempo de ir à festas, aparelhagens? [Nesse momento, o cantor já está dirigindo o carro em direção ao aeroporto]
Wanderley: Mano, eu nem paro no Pará. Eu passei uma hora e quarenta aqui no apartamento. É muito difícil. Independente da música, eu tenho empresas de construção civil e também trabalho com minério. Eu preciso parar mas é difícil dizer um “não” para alguém que quer contratar o Wanderley. Eu não consigo tirar férias. Eu tenho uma neta na América e eu nem consigo visitá-la, maluquinha.
Uma vez, Reginaldo Rossi ainda era vivo, encontrei com ele em Maceió. Aí, ele tava deitado na cadeira, com os óculos e tal. E falou pra mim: “Eu não aguento mais essa vida, Andrade!”. Eu nunca vou esquecer isso porque eu pedi muito a Deus para que eu pudesse trabalhar bastante. E eu lembro dessa frase do Rossi e eu não posso dizer isso. Agora, mesmo, estou com sessentão, lindo, viajando por todo o Brasil. Agora é que eu estou filé.
Rondy: Tá no ponto!
Wanderley: Tô filé demais! Faz 12 dias que eu não durmo, tô virado. Eu carrego isopor no carro cheio de suco de maracujá. E ainda tem meu irmão aqui, ó, que tá “nhemnhemnhem” no meu ouvido. Não tá vendo que eu tô numa entrevista com a Billboard? Por favor, mano! Segura, mano! [Wanderley estoura em gargalhada]. Vai meu parceiro! Faz outra pergunta porque a gente aqui é loucura!
Assim, já fechando, mas eu queria saber quando você percebeu que o que você estava fazendo era diferente. A dupla da Vôo Livre contou que percebeu isso pela batida que estavam criando. E você?
Wanderley: Meu segundo disco, gravado no Recife, tem uma canção em que mostro através das guitarras do Mark Knopfler, do Dire Straits, que o que a gente tava fazendo era exatamente um cópia. Também mostrei, cantando, que o fazemos de brega em cima de calypso também já era feito por Paul Anka… Eu fui estudar Elvis, cara. Eu fui me aprofundando. Não tem pra onde correr. Ou você vai buscar a história para ver onde você se encaixa ou você vai ficar panguando.
Rondy: Eu acho que só o título que não tinha, né?
Wanderley: Pois é, meu irmão!
Rondy: Na época que você apareceu no Faustão, a gente estava no auge. Aquele momento foi alegre para toda nossa classe. Porra, o cara chegou lá.
Rosy: Isso mostrou que a gente podia também.
Wanderley: Mas foi aquilo que eu falei. O Obama falava “Wes, You Can!”. Sim, você pode. Mas se você não acreditar. Tente outra vez. Então, mano… “Wanderley, você é louco!”. Louco, não! Sou responsável. É respeito pela arte, pelo público, pelo contratante. Aquele no Faustão não era eu, mas o Pará. I’m Not Alone, a gente é uma família.
Vocês estarão no Psica, em shows separados. Qual foi a última vez que vocês dividiram uma programação juntos?
Rondy: A gente nunca teve essa oportunidade.
Wanderley: Vai ser a primeira vez.
Um dia inédito no brega, então.
Rosy: Inedito!
Wanderley: Eu quero só cantar uma com eles.
Rosy: Vai ser um prazer, imagina um dia o Wanderley cantar com a gente. Oxi.
Ô, Rosy, ele acabou de se oferecer.
Rondy: Vamos!
Wanderley: Só uma, por favor! O último “voo livre” que eu conheci depois de vocês foi o do meu amigo Pablo, ele cantava… “Asas Livres”, caraca. É asas, não vôo. [gargalha]
Rondy: É outra asa!
Rosy: Em breve, é você que vai ter um voo livre, Wanderley!
*Wanderley chega ao aeroporto*