Spotify domina mercado de ações no ramo da música em 2024
Empresa teve crescimento de 138%
Quando se tratou de ações musicais em 2024, houve o Spotify, e depois o resto.
A empresa sueca de streaming de música não só teve a ação musical de melhor desempenho do ano, como o aumento no preço de suas ações quase triplicou o de qualquer outra companhia.
Apesar de encerrar o ano com uma sequência de quatro semanas de perdas, durante uma queda que afetou muitos mercados e índices, que de outra forma tiveram um ano espetacular, o preço das ações do Spotify saltou 138,1%, alcançando US$ 447,38 (cerca de R$ 2,7 mil, na cotação atual)em 2024.
Demissões e aumentos de preços em 2023 fizeram maravilhas pelas finanças do Spotify. O número de funcionários foi reduzido em cerca de 25%, eliminando o excesso de contratações feitas durante a pandemia, que acompanharam o boom de adesões de assinantes.
Ao mesmo tempo, o Spotify quebrou sua tradição de não aumentar preços, elevando as tarifas nos EUA e em muitos outros mercados importantes — seguido por um segundo aumento de preços em 2024 nos EUA e no Reino Unido. Após mais de uma década adicionando recursos e expandindo a programação editorial, o gigante do streaming acreditava que finalmente poderia aumentar os preços sem que seus clientes fugissem para os concorrentes (muitos dos quais já haviam elevado seus preços antes do Spotify). E estava certo.
O Índice Global de Música da Billboard, composto por 20 empresas, subiu 38,5% em 2024, superando facilmente o Nasdaq Composite (que subiu 28,6%), o S&P 500 (que subiu 23,3%), o Índice Composite de Xangai (que subiu 12,7%) e o FTSE 100 (que subiu 5,7%). Como o índice é não ponderado, o Spotify, a maior empresa do índice em termos de valor de mercado, foi responsável por grande parte dessa melhora. Sem o ganho do Spotify, o índice teria subido apenas 2,5%.
O streaming e a música ao vivo representaram oito das 10 ações musicais que registraram ganhos em 2024, refletindo a capacidade dessas empresas de capturar os benefícios financeiros da disposição dos consumidores em gastar mais com música.