Potências: Erykah Badu defende cultura como resposta à violência
A cantora foi a primeira homenageada internacional do prêmio
Erykah Badu espalhou sua luz na quarta edição do Prêmio Potências. Ela e Ludmilla foram as homenageadas da cerimônia, que aconteceu na última terça-feira (5), no Teatro Santander, em São Paulo. No evento, a diva do neosoul e do R&B falou sobre o impacto da cultura como uma arma de combate e o significado da premiação que exalta talentos pretos.
“Eu acho lindo [o proposito do prêmio]. Todos nós somos da mesma tribo, só fomos separados há algum tempo. O tambor vai sobreviver à arma”, disse Erykah em entrevista exclusiva à Billboard Brasil. A expressão, que é sempre citada por ela em shows, sugere que a arte e cultura sempre vão se sobressair em relação à violência contra pessoas pretas.
“Temos a prova de que o tambor é a coisa mais poderosa arma entre nós como uma cultura. E uma plataforma [como o Potências] que celebra isso é a cereja do bolo”, enfatizou ao ser questionada sobre a importância do prêmio.
Erykah Badu também se apresentou na cerimônia. Usando roupas desenhadas por estilistas do Rio de Janeiro, a diva cantou o sucesso “Time’s a Wastin”.
A norte-americana também falou sobre como o Brasil, especialmente a cidade de São Paulo, tem um lugar especial em seu coração. “É sempre bom vir aqui para São Paulo. Aprendo muito aqui toda vez que venho”, pontuou. “Eu amo. A maioria das coisas importantes da minha vida aconteceram aqui.”
A diva vai ficar em solo brasileiro por mais alguns dias. Ela se apresenta nesta quarta-feira (6) no Espaço Unimed, em São Paulo. Depois, segue para o festival Rock The Mountain, na próxima sexta-feira (8), e finaliza a mini-turnê em Salvador, no festival Afropunk, no dia 9 de novembro.