De Ludmilla a Erykah Badu: Prêmio Potências exalta a força preta
Cerimônia aconteceu na última terça-feira (5), em São Paulo
A quarta edição do prêmio Potências, que aconteceu na última terça-feira (5), em São Paulo foi marcada por emoção, muitas homenagens e celebração. Ludmilla e Erykah Badu, ícones e referências para a comunidade negra, foram as grandes homenageadas da noite.
“Eu nunca imaginei receber uma homenagem com várias pessoas que eu admiro e que me influenciam”, disse Ludmilla, que foi apresentada por Preta Gil de forma bastante tocante. Ao subir ao palco e ganhar o troféu principal da noite, Lud ainda comentou: “Eu trabalho muito, eu me esforço muito, eu dou duro pra viver tudo que eu vivo hoje, mas realmente quando acontece a gente fica meio incrédula. Não foi nada fácil chegar até aqui. Eu passei por poucas e boas –e passo até hoje. Só eu sei o peso de ser a Ludmila, de ser a maior cantora negra da América Latina”.
Depois de Alcione, Mano Brown e Gilberto Gil, foi a vez da cria de Duque de Caxias. Apesar de jovem, em seus dez anos de carreira, Lud fez inúmeras contribuições para a música brasileira. Quebrando barreiras no pop, funk, pagode e na construção de espaços para pessoas da comunidade LGBTQIAP+.
A cantora recebeu tributo de outros artistas também. Liniker subiu ao palco para apresentar “Não Quero Mais”, música de Ludmilla, e no meio do show desceu do palco para abraçar a amiga. “Viva a Ludmilla e tudo que a sua música inspira”, disse a cantora. O grupo vocal Imba fez um passeio pela carreira da cantora, apresentando faixas que foram de “24 Horas por Dia” até “Verdinha”.
Convidada internacional
Além de Lud, o prêmio Potências teve a honra de receber Erykah Badu. “Estou muito feliz por estar aqui”, disse ela quando subiu ao palco. “Eu amo São Paulo, a maioria das coisas importantes da minha vida aconteceu aqui”, revelou.
A diva do neosoul e do R&B espalhou o seu brilho pela premiação e presenteou o público com uma apresentação encantadora. Usando roupas desenhadas por estilistas do Rio de Janeiro, Erykah se apresentou cantando o sucesso “Time’s a Wastin”.
Estrelas da noite
A atleta Rebeca Andrade, campeã olímpica também foi um dos destaques da noite. A jovem ganhou o Troféu Potência. Também no esporte, a judoca Beatriz Souza levou a categoria atleta do ano.
Já nas indicações musicais, Liniker e seu disco “Caju” ganharam a música do ano. Ludmilla, pelo segundo ano consecutivo, levou o prêmio de artista do ano.
Um dos principais nomes do rap feminino, Duquesa, que também se apresentou no evento, foi eleita artista revelação. “Aprendi a amar minha existência, porque as pessoas amaram me ouvir”, disse ela ao receber o troféu.
A premiação também premiou nomes da publicidade, atuação e influência digital, confira aqui todos os vencedores do prêmio Potências.
Ao reconhecer talentos pretos, o prêmio estabelece referências em diversas áreas de atuação, inspirando novas gerações e levando-as a acreditar que podem chegar aonde quiserem. É como disse Ludmilla: “Somos potência. E não vamos parar”.