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Entrevista: abrindo caminhos com L7nnon

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Entrevista: abrindo caminhos com L7nnon

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O rapper carioca L7nnon nasceu Lennon dos Santos Barbosa Frassetti, em 1994, justamente o ano de lançamento do primeiro disco da banda O Rappa. No “Corona Luau MTV”, ele celebra 30 anos de vida, enquanto seu parceiro de palco no projeto, Marcelo Falcão, comemora 30 anos de carreira.

Essa junção entre duas gerações diferentes, ligadas pela música urbana do Rio de Janeiro, foi um dos principais temas da conversa do jovem músico com a Billboard Brasil, realizada durante as gravações, na Praia do Preá (CE).

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Na entrevista, ele também falou sobre novos projetos e disse que, se tudo der certo, deseja lançar mais um álbum ainda neste ano. Leia a seguir.

Billboard Brasil: Como foi trabalhar com o Falcão neste “Corona Luau MTV”?
L7nnon: Para mim foi uma honra enorme. O Rappa e o Falcão são nomes que marcaram gerações. Eles influenciaram não só a minha vida, mas muitas que vieram antes e depois. Não tem quem não conheça o som deles. Então, quando me chamaram para participar, foi uma surpresa muito boa. Nunca imaginei viver tudo isso com a música, e ainda mais dividir o palco com alguém como o Falcão. Nós ensaiamos alguns dias e foi incrível. A banda é sensacional, só tem fera envolvida. O Ganja [Daniel Ganjaman] está na direção, então está tudo muito maneiro. Foi uma vibe única, um mix de reggae, rap e trap, com músicas minhas, músicas deles e também algumas colaborações. Legal demais.

Esses projetos, como o “Luau MTV”, trazem uma nostalgia incrível. Como é para você estar envolvido em algo assim, tão icônico?
Acho que sou o primeiro desta nova geração de rap e trap a ser convidado, e isso me deixa muito feliz. Gosto de pensar que estou ajudando a abrir caminhos.

Você celebrou recentemente 30 anos de idade com um projeto especial. Como enxerga sua evolução como artista ao longo destas três décadas?
Amadureci muito como pessoa e como artista. Estou mais perto dos 40 do que dos 20. Então, naturalmente, a gente vai mudando a forma de ver a vida, e isso se reflete na música também. Eu tento sempre trazer algo novo, fugir do que é apenas repetitivo, buscando evoluir. O meu público também cresceu comigo, e eu percebo que ele tem se conectado cada vez mais com as coisas que eu falo nas músicas. Talvez porque sejam temas que ressoam nas nossas vivências, sejam as lutas diárias ou as vitórias que a gente conquista. Então, tento ser o mais verdadeiro possível, tanto nas letras quanto nas sonoridades, para continuar representando essa fase da minha vida e da vida de quem me acompanha.

Recentemente, você fi cou no top 3 global do Spotify. Como foi ver seu álbum alcançar um pódio tão disputado?
Foi surreal! Quando você está criando música, pelo menos para mim, não é com o objetivo de atingir um ranking específico ou ganhar um prêmio. Eu simplesmente faço o que amo, com o coração. Então, ver o meu trabalho sendo reconhecido de forma tão ampla foi uma surpresa maravilhosa. Estrear em terceiro lugar no mundo e ver nomes gigantes como a Beyoncé ali do lado é algo que eu nem imaginava. Para mim, estar no top 3 com a Beyoncé é até mais significativo do que estar em primeiro sozinho. Isso mostra o poder do rap e do trap hoje. Tem um valor especial porque não foi algo forçado ou planejado, foi o público que abraçou o projeto de forma espontânea. E isso é o que mais me deixa feliz: ver que a conexão foi real e orgânica.

Você falou sobre a liberdade de fazer o que quer, tanto nas músicas quanto nos lançamentos. Como mantém esse controle em um mercado tão competitivo?
Sempre faço o que quero, lanço o que quero. Nunca tive alguém ditando o que eu deveria lançar para alcançar determinado sucesso. Minha carreira não foi fruto de um planejamento calculado, foi acontecendo naturalmente. E acho que isso faz toda diferença. A visão artística completa, sabe? Eu decido, e isso me deixa mais tranquilo.

E os esportes radicais, como skate e surfe? Como eles influenciam o seu trabalho?
O skate, principalmente, moldou muito do que eu sou hoje. Me apresentou à rua, às amizades e a diferentes formas de pensar. O estilo que eu tenho, o jeito que me visto, a forma como componho, tudo tem influência do skate. Ele está muito ligado à música e à cultura urbana.

E para os próximos projetos, o que podemos esperar?
Eu tenho uma “boa mania” de fazer música o tempo todo, então estou sempre criando e pensando em novos projetos. Quero ver se consigo lançar um álbum novo ainda neste ano. Amo o que faço, sou obcecado pelo meu trabalho. Não é pelo retorno financeiro, é pura paixão. O mais difícil, para mim, é a rotina de viagens e hotéis. Mas o ato de fazer música é só prazer.

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Published by Mynd8 under license from Billboard Media, LLC, a subsidiary of Penske Media Corporation.
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