Você está lendo
Só Track Boa 10 anos — diversidade sonora marca o segundo dia

Só Track Boa 10 anos — diversidade sonora marca o segundo dia

Evento completou uma década em 2025

Só Track Boa 2025 (Alisson Demetrio)

O segundo dia do festival Só Track Boa, que celebra uma década de existência, foi marcado por uma energia intensa, pistas ainda mais lotadas em comparação com a sexta-feira e apresentações que reafirmam o protagonismo da cena eletrônica brasileira.

VEJA TAMBÉM
O paulista DJ Topo e o carioca Seu Jorge: hitmakers em cima da estética do funk de Belo Horizonte

Realizado na Arena Neo Química, em São Paulo, o evento reuniu um público impressionante — 70 mil pessoas passaram pelo festival ao longo dos dois dias, registrando o maior público da história da festa.

Pela primeira vez com quatro palcos simultâneos, a estrutura do festival foi planejada para abraçar a diversidade sonora que a Só Track Boa propõe. No sábado, a presença feminina brilhou com potência e originalidade. No palco Oca, Mila Journey, em um set back-to-back com Mecca, hipnotizou a pista com seu tecno-melódico envolvente, em uma dobradinha marcada por coesão e frescor do começo ao fim. No LuvLab, Clementaum conduziu uma verdadeira viagem sonora com seu afrohouse e tribal-house, entregando batidas intensas e atmosfera de boate sofisticada. Fechando a noite em grande estilo, a americana Sara Landry levou o público ao delírio com seu hard techno explosivo — uma performance catártica que encerrou o segundo dia com força total.

O dia contou ainda com apresentações de Vintage Culture, Mochakk, Maz em B2B com o parisiense Alex Wann, Musão, Marcelinho o Brabo, Kenan & Kell, entre muitos outros nomes que representam bem o atual momento da cena nacional e internacional. Um destaque especial vai para a pista comandada por Vintage, que pela primeira vez se apresentou em apenas um dos dias, reunindo milhares de fãs em uma experiência guiada por hits da carreira. O som estava equilibrado, o show de luzes completava o clima inebriante e, mesmo com a superlotação, a animação do público compensava qualquer aperto.

Entre os sets mais surpreendentes do dia, o jovem Marcelinho o Brabo conquistou o público com uma apresentação que começou de forma despretensiosa. Tocando no mesmo horário de um dos headliners do festival, ele iniciou o set com a pista praticamente vazia — mas, aos poucos, atraiu uma multidão com sua seleção afiada de funk. Ao final, o palco estava completamente lotado, com a galera entregue ao groove e celebrando o talento desse nome promissor da cena, que, aos 15 anos, já mostra uma presença de palco impressionante.

Outro momento forte do dia foi o set de MU540, que reforçou o espaço cada vez mais firme do funk dentro da cena eletrônica nacional. Com carisma, presença e um repertório que conecta diferentes públicos, o artista mostrou que o gênero, historicamente marginalizado, tem seu lugar garantido nos grandes palcos. Sua performance ajudou a consolidar a proposta da STB de ser um espaço mais plural — uma festa que acompanha a evolução da cultura clubber brasileira.

O segundo dia foi, sem dúvida, o mais cheio e agitado do festival. A pista pulsava com força, refletindo a potência de um evento que, em seus dez anos de história, se consolidou como um dos maiores nomes da música eletrônica do país.

Mynd8

Published by Mynd8 under license from Billboard Media, LLC, a subsidiary of Penske Media Corporation.
Publicado pela Mynd8 sob licença da Billboard Media, LLC, uma subsidiária da Penske Media Corporation.
Todos os direitos reservados. By Zwei Arts.