Prêmio da Música Brasileira lança curso gratuito para estruturação de carreira
Iniciativa oferece aos artistas brasileiros acesso a conhecimento prático

O Prêmio BTG Pactual da Música Brasileira anunciou o lançamento do projeto “Música é Negócio” nesta quinta-feira (3). A iniciativa oferece aos artistas brasileiros acesso a conhecimento prático e aplicações estratégicas para impulsionar suas trajetórias no mercado musical.
O curso será totalmente on-line e realizado por videoaulas gratuitas, ministradas por profissionais de referência na indústria musical.
As pré-inscrições já estão abertas no site oficial. O projeto é direcionado para artistas atuantes como intérpretes, compositores, produtores ou músicos instrumentais.
O curso será dividido em cinco módulos:
- Marketing e Estratégias Digitais, com Lui Fuller (Digimakki), Vic Oliveira (Digimakki), Mário Canivello (Canivello Comunicação) e Juliana Thomé (Enther Digital);
- Gerenciamento de Direitos Autorais e Contratos, com Angela Johanssen (UBC), Eduardo Senna (Senna Advogados) e Caio Mariano (Caio Mariano Advogados);
- Captação de Recursos e Patrocínios, com Luiz Calainho (L21 Corp), Marcus Buaiz (Mynd, Billboard Brasil, Ventre Studio) e Luiz Oscar Niemeyer e Luiz Guilherme Niemeyer (Bonus Track);
- Construção de Networking e Parcerias, com Gabriel Andrade (Coala Festival), Wilsinho Anastácio (LIVE Talentos) e Pedro Seiler (Queremos!);
- Finanças e Planejamento Orçamentário, com especialistas a serem anunciados.
As aulas serão disponibilizadas mensalmente, com lançamentos nas seguintes datas:
- 24 de julho: Marketing e Estratégias Digitais
- 18 de agosto: Gerenciamento de Direitos Autorais e Contratos
- 22 de setembro: Captação de Recursos e Patrocínios
- 20 de outubro: Construção de Networking e Parcerias,
- 17 de novembro: Finanças e Planejamento Orçamentário.
Pesquisa revela desafios de artistas brasileiros
O desenvolvimento do “Música é Negócio” foi embasado em uma pesquisa que teve participação de 100 artistas inscritos do Prêmio BTG Pactual da Música Brasileira 2025, de todas as regiões do país e representantes de diversos gêneros musicais.
Entre os principais resultados, 84% dos artistas apontaram o financiamento e acesso a recursos financeiros como o maior desafio enfrentado em suas carreiras. Divulgação e marketing foram indicados como desafios por 54% dos artistas, enquanto 44% enfrentam dificuldades em planejamento e organização de shows e eventos, e 35% citaram a construção de redes de contato como obstáculo.
A pesquisa revelou ainda que 81% dos artistas financiam seus projetos com recursos próprios, e apenas 19% contam com patrocínios.
Sobre a gestão de carreira, 88% dos participantes declararam sentir falta de conhecimento sobre captação de recursos, 47% sobre estratégias de marketing, 39% sobre planejamento de turnês e 34% sobre gestão financeira.
Quando o tema é a relação com tecnologia, 46% dos artistas consideram-na uma aliada do seu trabalho, mas 27% ainda têm apenas um conhecimento básico e 14% utilizam a tecnologia sem pleno domínio.
Em relação à monetização, 85% dos artistas afirmaram gerar renda com cachês de apresentações, mas apenas 27% utilizam o licenciamento de músicas como fonte de receita, e 12% trabalham com merchandising.
A pesquisa também indicou que 75% dos artistas desejam aprender mais sobre marketing e promoção, 67% querem aprofundar conhecimentos sobre negociações e contratos e 58% sobre finanças e planejamento orçamentário.
Segundo Zé Mauricio Machline, fundador do Prêmio BTG Pactual da Música Brasileira, o “Música é Negócio” é uma resposta concreta às necessidades ratificadas junto aos artistas, que já vinham sendo percebidas durante décadas de atuação na indústria da música.
“A pesquisa nos mostrou com muita clareza o quanto os artistas brasileiros, mesmo talentosos, ainda enfrentam dificuldades práticas para transformar sua arte em uma carreira sustentável. Criamos o ‘Música é Negócio’ para oferecer ferramentas de conhecimento para o empreendedorismo do setor, conhecimento estratégico e inspiração para que eles possam viver da sua arte com mais autonomia e segurança. Nosso objetivo é democratizar o acesso a conteúdos que historicamente estiveram disponíveis para poucos e construir um mercado musical brasileiro ainda mais forte, diverso e preparado para o futuro”, afirma.