Por que o Stray Kids atrai diferentes gerações? Fãs respondem
O grupo de K-pop se apresentou em São Paulo no último fim de semana


O Stray Kids é um fenômeno — isso é inegável. O octeto bateu o recorde da maior turnê de K-pop no Brasil. Eles se apresentaram no último sábado (5) e domingo (6), no estádio MorumBIS, em São Paulo. Contando com a apresentação no Rio de Janeiro, que aconteceu na última terça-feira (1º), os astros reuniram 175 mil fãs durante a passagem da turnê “dominATE” pelo país.
Observando a fila gigante que se formava para acessar o portão 4 do estádio de São Paulo, via-se um público muito diverso e de diferentes gerações. Mas qual é o segredo para os sul-coreanos conquistarem tanta gente? A Billboard Brasil questionou os fãs na fila.
A dona de casa Luciana Cardoso, 44, que mora na zona sul de São Paulo, foi ao show para realizar o sonho da filha, Mariana Cardoso. Ela acredita que o segredo vai além da música.”Acho que é pela dança. Eles são bonitos. Eles são diferentes do brasileiro. Muito. Mas eu acho que o que mais faz sucesso é a dança deles — e eles são carismáticos também.”

As estudantes Giulia Nary e Amália Holmes Mercadante, 18, também são da capital paulista e atribuíram esse alcance à expansão do entretenimento sul-coreano.
“Eles produzem um conteúdo que atrai diferentes faixas etárias por conta da música. Um som que conquista bastante”, diz Giulia.
“Mas também teve o boom da cultura sul-coreana”, complementa Amália, que acredita que a internet e as redes sociais — especialmente o TikTok — foram peças fundamentais nessa história. “Eles interagem muito com a fã base. Além disso, teve o crescimento da cultura, dos bichinhos fofinhos… Cada um tem o seu mascote.”

Unidas pelo K-pop
Conectadas por meio da internet, sete amigas de diferentes locais do país se reuniram no show do Stray Kids. Com média de idade entre 29 e 40 anos, elas acreditam que o carisma e o cuidado com os fãs são a chave.
O grupo explicou que a cultura é diferente da cultura norte-americana, com a qual todo mundo está acostumado. Os grupos de K-pop têm uma alegria maior, além da gratidão que demonstram pelos fãs.
Além disso, o grupo contou sobre o carinho diferente que recebem. O Stray Kids inclui os fãs na rotina e nas coisas de que gostam.

Já a estudante Raiane Duarte, 19, acredita que essa força é resultado de um trabalho consistente desde o início do grupo, que debutou em 2018.
“Desde o começo, eles têm mostrado que têm aptidão no que estão fazendo. O Bang Chan, que é o líder do grupo, demonstra muita garra no que faz. Ele é bem empenhado — a gente vê pelos vídeos que eles postam. Logo no início, quando ele estava formando o grupo, já dava pra perceber o carinho que sentia pelos meninos, escolhendo a dedo quem iria fazer parte. Desde o começo, ele mostrava interesse não só em formar um grupo, mas em criar uma família mesmo”, ressalta.

Direto de Belo Horizonte, Erika Mafra trouxe sua filha, Mariana Mafra, para conferir o show do grupo. Enquanto aguardavam para entrar no estádio, também deram seu palpite sobre o sucesso do Stray Kids no Brasil.
“É uma coisa muito diferente, um estilo de música muito diferente. E aqui tem muita abertura para as pessoas gostarem. Tanto é que, quando os meninos vieram para cá, na semana passada, eles ficaram muito à vontade. Então, eu acho que o Brasil é um lugar muito bom para o K-pop, justamente por ser muito tranquilo e receptivo. Acho que é por causa disso”, disse Mariana.
Já sua mãe compartilha da opinião sobre o crescimento da cultura oriental por aqui.
“Eu não vou mentir não, eu gosto. Tem uma parte da cultura japonesa e sul-coreana, que é muito antiga no Brasil. Também tem influência do cinema que cresceu e está muito forte até nos streamings e a música vem junto”, concluiu.
