Marcelo D2: ‘Não construímos um futuro sem olhar para o passado’
Rapper comentou sua relação com ancestralidade
Do rap ao samba, Marcelo D2 tenta conectar o passado com o futuro.
Em entrevista para a Billboard Brasil, o cantor falou sobre como a ancestralidade virou um tema central da sua produção artística.
“O que estou fazendo é ancestralidade do futuro. Gosto muito da metáfora do arco e flecha, que você puxa lá atrás pra acertar lá na frente. A gente não constrói um futuro sem olhar pra trás, não vamos inventar o martelo de novo, ele já tá inventado, e não tem um app para pregar um prego”, brinca.
Tal discurso é facilmente entendido por quem acompanha seus trabalhos mais recentes. Na verdade, a mistura de rap com samba, lá no começo dos anos 2000, já era um elo do músico entre passado e presente.
Mais recentemente, ele lançou o álbum “IBORU” e roda o Brasil com o projeto “Um Punhado de Bamba” — que, inclusive, se apresentou no Lollapalooza Brasil deste ano, com um show de samba num dos festivais mais indies do país.
“No que estou fazendo no samba agora, eu uso um grave eletrônico que a cultura hip hop propôs com o Afrika Bambaataa e depois dominou a musica pop. Billie Eilish usa, a Rosalia usa, e eu falei: ‘vou fazer isso no samba’. Isso é olhar para o futuro sem esquecer do passado”.