Exclusivo: KANG DANIEL fala de nova fase da carreira, álbum e saúde mental
Cantor de 27 anos lançou 'ACT' no final de setembro
KANG DANIEL abriu uma nova fase da carreira no fim de setembro. O cantor sul-coreano, de 27 anos, lançou o álbum “[ACT]”, o primeiro após deixar sua empresa anterior.
“Não posso dizer que o último ano foi emocionalmente edificante, mas as coisas correram bem no que diz respeito ao processo de produção musical”, avalia Daniel em entrevista à Billboard Brasil.
“Eu tinha uma ideia clara dos sons e das histórias que queria entregar. Levou algum tempo para dar vida à minha visão, mas não tive grandes dificuldades. Mais importante, eu estava grato pelas conexões preciosas que fiz enquanto trabalhava no [novo] álbum”, explicou.
O compositor estreou no kpop como integrante do grupo Wanna One, que chegou ao fim em 2019. Desde então, se tornou um dos solistas mais bem sucedidos do gênero.
“ACT” tem cinco faixas, incluindo uma colaboração com a também solista CHUNG HA em “Come Back To Me”.
“Emocionalmente, já que este é meu tão esperado retorno, a excitação que senti foi diferente do que senti ao preparar meus álbuns anteriores”, diz.
Em junho, Daniel anunciou o fim do contrato com sua então gravadora, KONNECT Entertainment. Ele apresentou uma queixa criminal contra um grande acionista da empresa – sob acusações de falsificação de documentos privados, desvio de dinheiro, quebra de confiança, violação da rede de informação e fraude.
Leia a entrevista na íntegra com KANG DANIEL
Billboard Brasil: Na coletiva de imprensa de lançamento de “ACT”, você disse que amadureceu e está mais grato por ter a chance de estar no palco. Você já teve medo de perder isso?
KANG DANIEL: Eu estava com medo devido às situações pelas quais estava passando. Para mim, ser capaz de estar no palco como artista sempre foi uma parte natural da minha vida, então o pensamento de não poder fazer algo em que investi tanto tempo e esforço como pessoa foi assustador. Muitos pensamentos passaram pela minha mente e, olhando para trás, acredito que o tempo me ajudou a encontrar minhas respostas e a me fortalecer.
Você falou algumas vezes sobre saúde mental e como você lida com a ansiedade. Que conselho você daria a um fã que está tendo esses problemas?
Não apenas para meus fãs, mas para todos hoje na sociedade… Eu não chamaria isso de conselho, pois parece muito grandioso, mas quero enfatizar a importância de criar um ambiente para aliviar o estresse, como ter passatempos. Isso fazia parte do meu método. No entanto, acho que o mais importante é primeiro se encorajar, compartilhar seus verdadeiros sentimentos com amigos, familiares e pessoas próximas e encontrar conforto. Se você não se aproximar, ninguém saberá [te ajudar].
Como você lida com suas próprias expectativas? Você é muito duro consigo mesmo?
Tendo a me olhar de forma bastante rigorosa. Embora isso gere estresse e possa ser cansativo, é um traço de personalidade que desenvolvi ao longo do tempo. Para ser honesto, é bem difícil [risos], mas o lado bom é que, ao focar em mim mesmo, consegui me entender melhor. Acredito que ganhei uma perspectiva mais objetiva sobre o que é melhor para mim e o que posso fazer bem.
Qual é a receita para alcançar não apenas seus objetivos e desejos pessoais, mas também cumprir as demandas da indústria?
Acho que meus objetivos e desejos pessoais são bem simples e não muito importantes. As demandas da indústria se alinham com minha atitude em relação ao que faço, então, enquanto eu gostar e amar fazer música no meu nível, sinto que não há necessidade de me preocupar.
Você acha que a indústria [do kpop] mudou desde quando você estreou até hoje?
Acredito que mudou significativamente. É difícil explicar porque cada pessoa sente e interpreta as coisas de forma diferente, então sou cauteloso sobre o que digo. No entanto, para alguém como eu, que gosta de vários tipos de conteúdo e música, acho que há muitos desenvolvimentos interessantes. Em vez de julgar e avaliar como as coisas eram antes e como são agora, estou gostando de observar o fluxo [atual].