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Entidades se posicionam pela proteção de direitos autorais no caso das MTGs

Entidades se posicionam pela proteção de direitos autorais no caso das MTGs

Dois comunicados envolvendo 10 associações pediram 'respeito' aos autores

Avatar de Guilherme Lucio da Rocha
"Mtg Quem Não Quer Sou Eu" de DJ Topo. (Foto: Reprodução)

Associações de proteção aos direitos autorais e propriedade intelectual se posicionaram contra o uso indevido de obras musicais nas MTG (sigla para montagem).

Em comunicados, a Associação Brasileira de Música e Artes (Abramus) e outras nove associações, incluindo a União Brasileira de Editores de Música (UBEM) e o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD), se colocaram contra a medida.

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As MTGs se tornaram febre no Brasil e misturam músicas já gravadas, entre elas sucessos da MPB, com uma nova roupagem do funk.

Nesta semana, seis músicas no formato MTG ocupavam o Billboard Brasil Hot 100:

  • MTG Quem Não Quer Sou Eu”
  • MTG Forró e Desmantelo”
  • MTG Quero Ver se Você Tem Atitude”
  • MTG Quero Te Encontrar”
  • MTG Morena Tropicana”
  • MTG Chihiro”

No entanto, alguns produtores não solicitam autorização prévia do autor original da canção para criar sua nova versão.


A nota da Abramus leva o título “Abramus no combate ao uso indevido das obras musicais em montagens (MTG)” e lista cinco medidas para combater o uso indevido de obras musicais. Entre elas, está a derrubada de fonogramas no ambiente digital.

“É importante lembrar que a criação de novas obras musicais a partir de outras já existentes, como nas MTG, exige autorização prévia dos titulares dos direitos autorais”, diz o comunicado.

Já a nota do setor musical, que engloba nova entidades, se diz “preocupada” com a “irresponsável e descontrolada distribuição de MTGs (montagens) pelas plataformas digitais.

“Diante da urgência dos fatos, as entidades instam as plataformas digitais para que interrompam imediatamente as disponibilizações e monetizações de MTGs não antorizadas” e preservem os direitos dos legítimos titulares”, diz.

Segundo a Billboard Brasil apurou, os dois comunicados visam uma espécie de alerta voltado, principalmente, aos produtores musicais que criam MTGs sem autorizações prévias.

A ideia, em um primeiro momento, é orientar os produtores de maneira pública para evitar novos problemas.

Falta de conhecimento ou aproveitamento?

Pessoas ouvidas pela reportagem que fazem parte das associações envolvidas nos comunicados acreditam que boa parte dos produtores de MTG que utilizam obras sem avisar o autor original tomam tal atitude por falta de conhecimento.

O grande problema seria a ideia de que, na internet, todo conteúdo produzido pode ser utilizado sem a anuência do proprietário intelectual.

É essa impressão que fez com os dois comunicados tivessem um tom de alerta, e não houvesse, nesse primeiro momento, uma medida mais concreta.

Além disso, as plataformas também foram poupadas, já que há permissão para que qualquer pessoa suba o conteúdo sem uma revisão prévia. Plataformas de streaming como Spotify não se responsabilizam por casos de violações de direitos autorais como nas MTGs, sendo a verificação de possíveis violações uma responsabilidade dos autores.

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