Edital do MinC permite a artistas novatos participar de ‘feat dos sonhos’
Em parceria com a Elo, projeto promove encontro de novatos e expoentes da MPB


O Ministério da Cultura, em parceria com a Elo e a Cingulado, abriu edital para que artistas iniciantes possam gravar ao lado de 10 estrelas da música popular brasileira. Chamado de “Elo Feat dos Sonhos”, o projeto já pode ser acessado pelo site oficial. Artistas como Daniela Mercury, Péricles, Gaby Amarantos, Dona Onete, Lenine, Rappin’ Hood, Valesca Popozuda e outros ícones da música brasileira estão “disponíveis” para gravação.
Apresentado pelo Ministério da Cultura e pela Elo, empresa de tecnologia de pagamentos, o projeto é realizado pela Cingulado, especialista em projetos culturais e sociais. A iniciativa conta com recursos incentivados pela Lei Federal de Incentivo à Cultura. A curadoria musical, que abrange diversos ritmos regionais, ficou a cargo dos músicos Maria Gadú e Pretinho da Serrinha, que também atuam como cocriadores e diretores musicais.
“O segredo no feat dos sonhos é a troca com os produtores especialistas em cada gênero, para que tudo seja muito fiel e para que todos fiquem felizes com o resultado. Minha expectativa com o feat dos sonhos é poder participar da criação de um novo artista compositor. Quero olhar para essa carreira daqui a um tempo e poder dizer que fiz parte dessa história”, disse Pretinho da Serrinha.
Os selecionados receberão um prêmio de R$10.000,00 e terão todas as despesas cobertas para gravar sua música em um estúdio profissional. Além disso, contarão com apoio de uma equipe de produtores renomados e terão seus trabalhos lançados nas principais plataformas digitais. A distribuição será realizada pela ONErpm e o marketing digital ficará a cargo da agência B+Ca, especializada no setor musical.
Os artistas interessados devem enviar suas músicas entre os dias 23 de setembro e 18 de outubro até às às 23h59.
“Os ritmos brasileiros são antigos, todos. Acho que o sudeste demorou pra conhecer o brega e o piseiro, ritmos que rolam nos interiores do norte e nordeste, nos casamentos, festas, grandes palcos. Artistas locais conhecidíssimos que o mercado autocentrado nunca se interessava. De uns tempos pra cá, houve um interesse da indústria e alguns ritmos por fim ‘nasceram’ para um Brasil da máquina sudestina”, acrescenta Maria Gadú.
Os artistas “disponíveis” para colaboração foram separados em dez áreas diferentes: axé (Daniela Mercury), boi da Amazônia (Boi Caprichoso + Boi Garantido), tecnobrega (Gaby Amarantos), carimbó (Dona Onete + Suraras do Tapajós), forró (Geraldo Azevedo), funk (Valesca Popozuda), maracatu (Lenine), milonga (Felipe Catto), rap (Rappin Hood) e samba (Péricles).
De quebra, cada ritmo também terá um produtor especializado. Márcio Vitor, do Psirico, por exemplo, comanda o axé; Mestrinho, o forró; Ruxell, o funk; Manoel Cordeiro, o carimbó; Yuri Queiroga, o maracatu; Vitor Ramil, a milonga; Nave Beatz, o rap; Rafael dos Anjos, o samba; Plínio Profeta, o tecnobrega e Neil Armstrong e Alder Oliveira, o Boi da Amazônia.
“É um projeto com a cara do Brasil. Plural e abrangente. Ver uma iniciativa como essa sendo viabilizada por uma marca como a Elo, e com direção musical de Pretinho da Serrinha e Maria Gadu, mostra a força da música regional brasileira”, disse Tomás Gonzaga, diretor da Cingulado e cocriador do projeto.