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Como o Brasil foi importante para Sevdaliza iniciar sua carreira na música

Como o Brasil foi importante para Sevdaliza iniciar sua carreira na música

A cantora brilha nos charts ao lado de Pabllo Vittar e Yseult em 'Alibi'

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A iraniana Sevdaliza é um dos destaques na música internacional com o hit 'Alibi'

Sevdaliza é um dos destaques do momento na música internacional. Ela vem dominando os charts ao lado de Pabllo Vittar e Yseult com o hit “Alibi”. A quem pense que a relação da cantora com o Brasil começou agora, com a ajuda da drag queen, mas a conexão dela com o país existe há muito tempo. Se hoje a iraniana brilha, uma experiência por aqui foi a responsável para ela encontrar seu caminho.

“Na verdade, eu decidi me tornar musicista no Brasil. Viajei para cá quando eu tinha entre 22 e 23 anos e fiquei um tempo”, contou Sevdaliza em entrevista à rádio 89 FM.

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“Fiz parte de um grupo de capoeira por dois meses e me dei conta que eu gosto de dançar e cantar. Então, voltei [para casa] e comecei a fazer música depois disso”, explicou.

A cantora, inclusive, já se apresentou no Primavera Sound brasileiro em 2022 e também esteve por aqui em maio para participar da festa Mamba Negra.

Sevdaliza também tem uma música gravada em português. Lançada em 2018, a faixa “Humana” é uma adaptação de “Human”, de seu primeiro álbum “Ison”.

Mas quem é Sevdaliza?

Sevda Alizadeh é uma cantora e compositora independente de 36 anos. Ela nasceu em Teerã, no Irã, e aos cinco anos foi para a Holanda como refugiada com sua família.

Desde pequena, Sevdaliza gostava de música, especialmente de rap. Aos 17 anos, ela conseguiu uma bolsa de estudos para jogar basquete e chegou fazer parte da seleção holandesa.

Depois de sua experiência em terras brasileiras, Sevda abraçou seu chamado musical. Em 2015, a cantora seus primeiros trabalhos, os EPs “The Suspended Kid” e “Children Of Silk”. Ela lançou seu primeiro álbum, “Ison”, em 2017.

Sevdaliza começou a fazer barulho na música internacional em 2024, antes mesmo da sua parceria com Pabllo Vittar.  Lançado em abril, o single “Ride Or Die Pt.2” com Tokischa e Villano Antillano, colocou-a no radar do mercado fonográfico. A parceria delas chegou a entrar no Billboard Global 200 e no top 50 do Spotify.

Quem também está de olho na diva é a Rainha do Pop. Ela participou do show de Madonna em Nova York com a “Celebration Tour”. Sevdaliza fez parte do momento do ballroom, o mesmo que teve a participação de Anitta no encerramento da turnê no Brasil, em maio.

‘Alibi’ e escalada mundial

A virada de chave na carreira de Sevdaliza veio com ‘Alibi’. A música começou a viralizar na internet antes mesmo do seu lançamento. O single foi lançado no dia 28 junho e, desde então, começou a crescer nas paradas.

Ela é destaque em rankings internacionais e nacionais, chegou à posição #52 ao Billboard Global 200 e em #16 no Billboard Brasil Hot 100. A canção se destaca por misturar pop, eletrônica e funk, além de ser cantada em quatro idiomas: espanhol, francês, inglês e português.

Além disso, “Alibi” também traz um tom de nostalgia para o público latino por contar com um sample de “Rosa” gravada por Totó La Momposina. A música serve de base para o refrão do hit: “Rosa, qué linda eres (alibi)/Rosa, qué linda eres tú (alibi).”

Com o crescimento orgânico da canção, os fãs de Sevda, Yseult e Pabllo Vittar começaram a fazer um mutirão para que a ela chegasse ao primeiro lugar das paradas. Além disso, todo mundo vem se rendendo à coreografia da música, que vai desde  Ivete Sangalo, até o mascote das Olimpíadas de Paris.

Sevdaliza se diz grata pelo público latino-americano, visto que provavelmente nunca poderá voltar ao seu país.

“Infelizmente, nunca poderei voltar para minha terra natal, seria presa ou assassinada. Sempre me senti um imigrante nômade. Nos últimos meses, fui abraçada de braços abertos pelo povo latino-americano. É muito especial para mim e sou grata”, escreveu a iraniana no X, antigo Twitter.

A cantora luta pelos direitos e a liberdade das mulheres e apoia a comunidade LGBTQIA+, questões consideradas crimes pelo governo do Irã. Apesar da tristeza de não poder voltar às suas origens, a gata poliglota se sente acolhida o apoio que vem recebendo de diferentes partes do mundo.

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