Como Brandão, que canta com Matuê no Rock in Rio, superou a violência
Trapper foi contratado por selo fundado por Matuê
O trapper Brandão, que acaba de lançar uma parceria com Matuê no novo álbum do artista e participou do show dele no Rock in Rio, enfrentou desafios marcados pela violência antes de se tornar uma revelação da música. Ele, que começou a carreira em 2018, quer ser uma inspiração para outros jovens conquistarem seus sonhos e uma vida melhor.
“Minha história é a verdadeira realidade. Um jovem negro que veio de baixo, que teve que lidar com várias adversidades. Tive que ver e ouvir coisas sem filtro. A violência das ruas, do caminho de baixo”, ele conta para a Billboard Brasil. “Já vi um mano morrer na minha frente. A vida exigiu de mim ser assim.”
Entre suas referências na música estão Facção Central, Racionais MC’s, Tribo da Periferia, e mais artistas de rap. “Na minha família não tem músico. Mas desde novinho, na minha rua era lei ouvir esses grupos. Fui vendo como a música conduziu minha vida, minha realidade.”
Brandão morava em Caponga, no Ceará. “Lá era tudo escasso. Era meio impossível gravar um som. Nem passava pela minha cabeça. Até que mudei para Fortaleza em 2013 para sairmos daquela realidade e correr atrás de mais coisas. Foi quando a música se manifestou e fui abrindo os caminhos.”
O trapper é o mais novo contratado da 30PRAUM, selo de Matuê. “É muito gratificante. Estamos na mesma sintonia. A galera leva o negócio a sério. O próximo passo agora é elevar o nível mais uma vez. Fortalecer mais ainda esse legado que a gente está buscando deixar aí para a rapaziada.”