Carnaval RJ: o que significa ‘Egbé Iyá Nassô’, tema da Unidos de Padre Miguel
UPM exalta comunidade e resistência do candomblé na Sapucaí


Neste domingo (2), a Unidos de Padre Miguel volta à elite do Carnaval depois de 53 anos com um enredo que resgata a ancestralidade afro-brasileira: “Egbé Iyá Nassô”. Comandada pelos carnavalescos Alexandre Louzada e Lucas Milato, a escola da Vila Vintém leva para a avenida a história de Iyá Nassô e do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, em Salvador, considerado o primeiro templo de candomblé do Brasil.
Além do aspecto religioso e cultural, Egbé Iyá Nassô traz uma forte conexão com a própria comunidade da UPM. A palavra “egbé”, que em iorubá significa “comunidade”, reflete o espírito coletivo da escola. Após anos de batalhas na Série Ouro, a família Vermelha e Branca da Zona Oeste finalmente retorna ao Grupo Especial.
Iyá Nassô foi uma africana que chegou ao Brasil na condição de escravizada, manteve viva a fé nos orixás e foi fundamental para o estabelecimento do candomblé ketu em território nacional. O Terreiro da Casa Branca também foi o primeiro templo afro-brasileiro tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1984.