Armandinho: ‘Não sou muito de fazer planos e não respeito setlist’
Cantor se apresentou no RJ neste sábado
Com ingressos esgotados, o cantor Armandinho se apresentou na noite de sábado (14), na Fundição Progresso, região central do Rio de Janeiro.
O artista falou com a Billboard Brasil em seu camarim, antes do show e compartilhou o carinho que tem pela cidade maravilhosa, as expectativas para participar de mais uma edição do festival Planeta Atlântida, seus lançamentos e planos para 2025.
De volta ao Rio
Feliz em estar de volta ao Rio de Janeiro, Armandinho contou à reportagem que já morou na cidade, fez muitos amigos e conheceu pessoas muito especiais nesse tempo:
“Foram anos muito iluminados, conheci pessoas incríveis, como a minha esposa, que estou casado hoje e que está grávida. É uma satisfação muito grande poder estar voltando, trazendo minha música e reencontrando os amigos. Principalmente aqui, na Fundição, que é um caldeirão fervendo, onde as pessoas se fundem em torno da arte, da música. É um prazer muito grande, o Rio de Janeiro é uma cidade muito especial para mim”, disse o artista.
Com uma coletânea de sucessos, Armandinho conta que já tentou mudar o show várias vezes, mas não conseguiu, porque as pessoas querem ouvir canções específicas. “Toca uma reguera aí”, “A Ilha”, “Eu Juro”, “Pescador”, “Outra Vida”, “Desenho de Deus”, “Sol Loiro” foram as músicas que embalaram a noite dos cariocas na Fundição. “A casquinha é sempre a mesma, mas o recheio é diferente”, disse o artista.
Durante a entrevista, o artista contou que antes de subir ao palco, já teve vários rituais, mas agora escolheu apenas dar uma corridinha para abrir o pulmão: “Já fiz de tudo, mas hoje em dia tenho que me regrar e treinar, para segurar a onda. O palco às vezes é muito grande. Tem que ter pulmão. Então sempre tento achar um cantinho para dar uma corridinha, dou uma levantada num giro e vou com tudo”, disse.
Com um bebê a caminho, a Celeste, fruto do seu relacionamento com Carla Nicolait, essa é a terceira vez que Armandinho será pai. Mesmo experiente, ele diz que a gestação trouxe mais inspiração na música e que é como se estivesse vivendo isso pela primeira vez.
“É um desafio para mim ser pai mais uma vez. Faz muito tempo que fui pai, foram outras épocas e agora acho que é como se eu fosse pai pela primeira vez. É um bebê, são outros tempos, são épocas que estou mais em casa agora, vou ter mais tempo para cuidar e é um desafio muito grande agora, ser pai na minha idade, e eu vou dar tudo de mim, prometo”, disse.
Além da terceira filha, ele conta que artistas e bandas em que já fez parceria e tocou junto também são fontes de inspiração em sua carreira: “Gosto de ouvir o Braza, Planta & Raíz, Maneva, Benzie, Gabriel, O Pensador, muita gente. Me dá prazer de escutar porque tivemos uma história e um amor em comum”.
Músicas novas
O artista assinou recentemente com a gravadora Deck e preparou uma coletânea, juntando singles de sucesso e músicas inéditas. O primeiro trabalho foi divulgado durante o mês de dezembro, “Desses olhos tenho medo”, que já tem uma versão ao vivo lançada em 2017.
“É uma canção que representa o meu estilo tradicional de compor baladas românticas. Acho que ela tem muito a ver com o Armandinho de todos os tempos. É uma letra muito bonita de uma conquista em que existe um tempo e o casal está respeitando esse tempo para finalmente ficarem juntos. É uma música muito emocionante e muito encantadora dentro do meu repertório”, disse à Billboard Brasil.
Esse é um dos 18 sucessos que serão lançados no início de 2025. Os fãs de Armandinho também podem esperar músicas inéditas, como “O mar é bipolar”, “Morena é só paixão” e “Se o tempo passa”.
Planos para 2025
Por mais um ano, Armandinho confirmou sua participação no Planeta Atlântida, um festival que acontece no Rio Grande do Sul, no dia 31 de janeiro e 1 de fevereiro. O cantor participa desde 2004 e tem muito carinho pelo evento, já que foi onde se projetou no meio artístico. Armandinho vai se apresentar no último dia.
“Planeta é sempre Planeta. Eu sou suspeito para falar porque foi o festival que me lançou. Todo mundo sabe que eu comecei por baixo, pelo Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, cidade que eu nasci. Tudo começou lá. Um menino que morava em uma cidade grande e sonhava em ir à praia pegar onda. As músicas todas vêm desse sonho, dessa vontade de fugir para o litoral e o Planeta Atlântida foi o festival que me projetou, que desde o início da minha carreira acreditou em mim. Bati o recorde como o artista que mais tocou no evento junto com Jota Quest e Charlie Brown. Então é um festival muito importante para a minha carreira, que eu devo muito e a expectativa é como a fundição, um caldeirão fervendo”, disse à reportagem.
Para 2025, ele conta que não costuma fazer muitas projeções e deixa as coisas acontecerem de forma natural, sem muitas programações. A regra vale também para o seu show, que não tem setlist:
“Não sou muito de fazer planos. Tanto que meu show nem setlist tem, eu vou jogando que nem um DJ. Se eu lanço uma música no show que não funciona muito bem, eu já tenho que puxar uma outra da manga. Eu não respeito o setlist e a minha vida é assim. É assim que eu funciono, nada muito planejado, tudo na vibe e do jeito que tem que ser, do jeito que acontece no momento”, conta Armandinho.