‘A tecnologia está me inserindo ou me isolando?’, questiona Florence, da OLX
VP de marketing da OLX Brasil fala sobre os dilemas da inovação


Em um papo cheio de reflexões profundas, para o podcast Cabos e Cases, Florence Scappini, VP de marketing da OLX Brasil, conversou com Camila Zana, CMO da Billboard Brasil, sobre como navegar pelas ondas (e sobrecargas) da inovação.
Flor — como é carinhosamente chamada — compartilhou sua experiência participando de grandes encontros de tecnologia e cultura. Mas, mais do que tendências e buzzwords, ela trouxe à tona o que realmente importa: como aplicar esse mar de conhecimento no dia a dia e, principalmente, como manter o ser humano no centro das decisões.
“Eu já chego com dois ou três desafios na cabeça. A ideia é mergulhar nos temas que tocam diretamente o nosso negócio e depois cascatear isso para todo mundo na OLX”, contou. Ela explicou que, dentro da empresa, existe uma prática bem definida de compartilhar aprendizados com toda a equipe — o famoso “download” pós-evento, feito em forma de apresentação.
A inteligência artificial, claro, está no topo da lista. Florence destacou como a OLX já aplica IA para personalizar jornadas, aumentar a segurança da plataforma e criar experiências mais intuitivas. Mas ela também fez um alerta importante: “A tecnologia é o meio. O fim é gente.”
Flor falou também sobre temas que a têm tocado mais recentemente — como o cuidado com as conexões humanas e o impacto da tecnologia na saúde emocional. “A gente está falando agora de epidemia da solidão, de saúde social. A pergunta que fica é: a tecnologia está me inserindo ou me isolando?”, provocou.
Ao lado de Camila, o papo se transformou numa troca sobre liderança, empatia e o papel dos gestores na construção de ambientes mais humanos. “Como podemos ser melhores líderes? Como trazer mais proximidade e cuidado pro nosso time?”, refletiram as duas.
Florence acredita que a chave está em não perder de vista o que nos conecta: “A gente vai viver ciclos de reumanização. Já fomos muito pra tecnologia e agora estamos sentindo falta do abraço.”