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Veigh: ‘O trap é feito pela rapaziada que gosta de fazer e ouvir de tudo’

Veigh: ‘O trap é feito pela rapaziada que gosta de fazer e ouvir de tudo’

Trapper é um dos destaques da capa de dezembro da Billboard Brasil

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Quem não se envolveu com o som de Veigh em 2023, definitivamente estava morando dentro de uma caverna. Com um dos álbuns mais tocados nas plataformas de streaming, e emplacando hits como “Novo Balanço” e “Engana Dizendo Que Ama”, o trapper de 22 anos se tornou ídolo nas redes sociais, encantando os fãs do rap, e até o público mirim.

Confira abaixo o bate-papo com o trapper para a edição de dezembro da Billboard Brasil.

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Como você enxerga a importância do ano de 2023 para a música urbana?
Nós conseguimos entrar no meio de muitas pessoas [indústria, artistas, e público] de outros segmentos, que conseguiram entender o que estamos fazendo. Usamos muito subterfúgios para que eles entendessem um pouco da gente, mas, agora, eles já conhecem nosso mundo, o que fazemos, e o quanto estamos movimentando a indústria. O trap é um dos gêneros que mais crescem no Brasil e no mundo, seria impossível não dar espaço pra gente. 

 

O trap e o rap são o novo pop, especialmente entre a galera mais nova. Na sua visão que o tem conquistado esse público?
O trap é feito pela rapaziada que gosta de fazer e ouvir de tudo. Nós captamos vários sons e juntamos em uma única criação. Então cantores de outros gêneros entendem o que estamos fazendo. Às vezes só de colocar um violão, um teclado, as pessoas já conseguem se identificar com os gêneros que elas tocam. O trap também é considerado um novo rock dependendo do cantor por trás, e hoje nos shows tem bate cabeça igual. Tem um pouco de tudo. 

 

Quando você percebeu que a música era uma possibilidade na sua vida?
Eu comecei em 2016, e desde o começo tinha que dar certo. Encarava com muita seriedade, sempre foi o meu trabalho. A gente quer fazer acontecer, e quando realmente se torna realidade, chegam coisas inesperadas também. Hoje eu posso comprar uma casa, um carro, isso sempre foi o meu intuito desde o começo. 

 

Como é a sua relação com dinheiro?
Procuro preservar o que eu tenho. Não sou muito de fazer dívidas, espero ter para poder comprar. Sem dar um passo maior do que a perna. Até mesmo com a casa [que comprou para sua família]. Eu estava em um bom momento de carreira, e a residência antiga não estava comportando nossa realidade. Esperei e comprei à vista, porque quero saber que eu tenho. Aos poucos, vou me soltando para comprar coisas que gosto, como roupas, mas sem loucura… mas tem hora que não tem como, tem que dar uma gastada só pra se divertir [risos]. 

 

Pensando na sua gravadora, Supernova, qual a importância de cantores da música urbana serem donos e fazerem parte desses núcleos?
É um sonho de criança entrar para uma gravadora, mas eu também sempre quis ter a minha, e movimentar a indústria como empresário. Começamos quando eu comecei a cantar, junto com Nagalli, meu beatmaker, e mais dois sócios. Agregamos também vários beatmakers na gravadora, para ajudar em direitos, contratos. Também tem outros moleques da minha quebrada que eu trouxe para trabalharmos em cima. É incrível saber que a história que aconteceu comigo vai se repetir com meus parceiros. 

 

Como você equilibra a fama recém-conquistada com o fato de ser um ídolo para muitos jovens?
É doido saber que as pessoas se inspiram em tudo que você faz. Mas eu nunca fui uma pessoa muito doida para influenciar coisas ruins, o que me faz mais tranquilo. Não gosto de expor muito minha vida pessoal. Eu não entendo muito bem por que tenho alguns fãs tão novos [risos]. Pelas letras não é, porque às vezes falo de algumas coisas absurdas. As fotos… as crianças não ligam para isso. Mas hoje entro no estúdio e penso nas pessoas mais novas que vão me ouvir. Brincam até que eu sou o “Justin Bieber do trap”, eu acho engraçado. Acho que temos similaridades por termos começado novos, temos algumas fãs bem louquinhas e mais novas. Muitas pessoas cresceram com ele e, agora, algumas vão crescer junto com o meu som.

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Published by Mynd8 under license from Billboard Media, LLC, a subsidiary of Penske Media Corporation.
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