Universal Music Group lança fundo de saúde mental com Music Health Alliance
Movimento acontece após crítica de Chappell Roan no Grammy
Menos de quinze dias após um discurso de Chappell Roan no Grammy ter iniciado uma conversa sobre saúde mental na música, o Universal Music Group fez uma parceria com a Music Health Alliance para lançar o Music Industry Mental Health Fund.
O grupo de grandes gravadoras e organização musical sem fins lucrativos diz que a iniciativa fornecerá “recursos de saúde mental ambulatorial abrangentes e de alta qualidade para profissionais da indústria musical em todo o país”, incluindo aqueles que deixaram a indústria.
O fundo promete fornecer principalmente ajuda com recursos e recomendações, mas também oferece “subsídios para compensar custos”, de acordo com um comunicado à imprensa.
A iniciativa está sendo comercializada como uma expansão de uma parceria anterior entre as duas empresas, o Priority Healthcare Advocacy Program – que supostamente fornecia recursos de saúde gratuitos e confidenciais para artistas da UMG.
Em seu discurso de Melhor Artista Revelação no Grammy, Roan, que disse ter lutado para pagar por assistência médica após ser dispensada por sua gravadora em 2020, pediu às gravadoras e à indústria “lucrando milhões de dólares com artistas” que “oferecessem um salário digno e assistência médica, especialmente para artistas em desenvolvimento”.
“As gravadoras precisam tratar seus artistas como funcionários valiosos com um salário digno, plano de saúde e proteção. Gravadoras, nós temos vocês, mas vocês têm a nós?”, questionou a cantora.
O empresário Jeff Rabhan publicou posteriormente uma coluna controversa no “The Hollywood Reporter”, argumentando que as gravadoras não eram responsáveis nem competentes o suficiente para entregar os pedidos de Chappell.
Além de deixar as gravadoras livres, ele sugeriu que a cantora deveria “colocar [seu] dinheiro onde [sua] boca está”.
Ela fez isso, prometendo US$ 25 mil para um fundo para artistas em ascensão, e vários colegas artistas – incluindo Sabrina Carpenter, Charli XCX e Noah Kahan – seguiram o exemplo.
No podcast “WTF With Marc Maron”, Ariana Grande também pressionou as gravadoras a incluir sessões de terapia gratuitas nos contratos de jovens artistas.
