Unidos da Tijuca aposta em luxo e mitologia africana para voltar ao topo
Com enredo afro e esculturas grandiosas, escola quer esquecer 11º lugar de 2024


Após o penúltimo lugar e quase rebaixamento em 2024, a Unidos da Tijuca trouxe Edson Pereira em busca do estilo grandioso e luxuoso do carnavalesco.
A aposta deu resultado: no segundo dia de desfiles de 2025, a escola veio para a Marquês de Sapucaí com esculturas enormes e fantasias caprichadas no enredo “Logun Edé: Santo menino que velho respeita”.
Pereira chegou na escola de Fernando Horta após dois bons resultados no ano passado: foi campeão da Série Ouro com a Unidos de Padre Miguel e quarto colocado no Grupo Especial com o Salgueiro. Neste ano, ele desenvolveu um enredo sobre um orixá menos conhecido da mitologia africana. Segundo o candomblé de tradição iorubá, Logun Edé é filho de Oxum, a água doce, e Oxóssi, o caçador.
O cartão de visitas do carnavalesco veio já no abre-alas, com uma Oxum grávida de 12 metros de altura. Outro destaque também foi o carro alegórico que exibia um DJ gigante, relacionando as sonoridades africanas com a música dos bailes funks brasileiros. Assim como no desfile da Mangueira do dia anterior, o passinho foi homenageado com a presença do grupo Oz Crias.
Ao contrário da frieza geral do ano passado, o chão respondeu bem ao samba-enredo interpretado por Ito Melodia e a escola passou com vigor pela avenida, como nos tempos de títulos. A letra deste ano tem entre os compositores a cantora pop Anitta e o historiador Luiz Antonio Simas.