Rael e Maju Coutinho estreiam o quadro ‘Música Preta Brasileira’, no Fantástico
Em entrevista, o rapper conta a importância da série, e detalha nova fase
Na noite deste domingo (5), Rael e Maju Coutinho estreiam o primeiro episódio do quadro “Música Preta Brasileira” no Fantástico.
Em quatro episódios, o quadro conta com a participação de nomes muito importantes da história musical do país, como Gilberto Gil, Carlinhos Brown, Alcione, Martinho da Vila, Xande de Pilares, Emicida, Criolo, Marcelo D2, Negra Li, Buchecha, Cidinho & Doca, Tati Quebra-Barraco, entre outros artistas que ajudaram a sedimentar este caminho tão especial na música baiana, no rap, samba e funk, artes nacionais da mais alta qualidade.
Os quatro episódios serão exibidos no ‘Fantástico’ ao longo de novembro, mês da Consciência Negra. O primeiro deles foi gravado em Salvador, na Bahia, sobre a música baiana e suas mais variadas derivações.
Em entrevista a Billboard Brasil, Rael contou mais sobre a aventura de se tornar apresentador de televisão, a importância da série, e a nova fase de sua carreira.
“Eu tinha um programa no YouTube, chamado ‘Rael Convida’, mas eu nunca tinha pensado que seria algo dessa magnitude, na TV aberta. Estou muito honrado”, conta.
O cantor, que também é filho da nova geração da música preta no Brasil, contou mais sobre os bastidores da série. “Participei da parte mais musical do programa, selecionando os artistas. Deu até uma dor no coração, porque a música preta brasileira é muito diversa, e ficou muita gente de fora. Quem sabe, se tiver uma segunda temporada, a gente consiga.”
“Primeiro pensamos em ir fazendo por regiões, mas decidimos ir por gêneros. Com isso, tiveram pessoas que não conseguiram estar nos episódios por conflito de agendas. No do rap, a gente ia ter Gloria Groove, no do funk, a gente queria a Ludmilla“, conta.
Ele também falou sobre estar na presença de lendas da música, como Gilberto Gil, Alcione, entre outros. “É uma honra muito grande estar ao lado dessas pessoas que pavimentaram e resistiram nessa estrada [da música preta brasileira] que as novas gerações trafegam. Eles que trouxeram esse discurso da negritude, e que são referências para gente”, diz.
Rael divide a apresentação com a jornalista Maju Coutinho, referência nacional na comunicação. “Nunca tínhamos trabalhado juntos, mas pegamos uma conexão muito rápida. Ela aprendeu comigo, e eu aprendi muitas coisas com ela. Aprendi com ela a anotar tudo. Agora somos muito parceiros.”
O canto ressalta que o quadro é mais do que uma série, e sim, um pedaço da história. “A música preta brasileira conta a história de um país. Nós vemos o Gil quando ficou exilado, vemos os desafios da Alcione como mulher. É um documento, um registro para as novas gerações. A música preta brasileira que pavimentou todas essas avenidas do Carnaval que os artistas andam hoje. É a primeira vez na história da televisão brasileira que um programa com esse assunto está em TV aberta”, afirma.
Além desse novo momento como apresentador, Rael embarca em uma nova fase com novas sonoridades. A prévia disso é a música “Vem Com Tudo”, parceria com Gloria Groove. Mas ele garante que um novo disco está a caminho, para 2024. “Nos últimos anos eu tenho feito muitas viagens para África, foi para uns cinco países. Neste ano, estava na Jamaica. Tudo isso me influenciou, principalmente a dança. Me conectei muito com o afrobeat, afropop“, revela.