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Qualidade e talento: especialistas destacam pilares para artistas independentes

Qualidade e talento: especialistas destacam pilares para artistas independentes

Novo modelo de carreira foi tema de palestra no Rio2C

Painel no Rio2C

O novo modelo de carreira independente foi tema de painel no Rio2C nesta quarta-feira (28). Com a presença de Carolina Alzuguir (diretora de música do Spotify Brasil), Kamilla Fialho (K2L) e Felippe Llerena (presidente da ABMI), o trio de avaliou o cenário atual do mercado brasileiro.

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Um dos pontos enfatizados na apresentação foi a importância da qualidade e talento de um artista.

“Não existe mais uma fórmula. O que é existe é usar essas ferramentas e olhar as oportunidades que o mercado tem. Pode ter toda a tecnologia do planeta, mas o som tem que ser bom”, diz Felippe.

“Tem que ter originalidade, gravar a música com boa técnica, história e embasamento. O princípio continua o mesmo”, ressalta. O executivo acrescenta: “O novo mercado trouxe oportunidade para todos, democratizou. Hoje em dia, a audiência é global. É necessário olhar para o mercado como um lugar que você precisa trabalhar no dia a dia. É como qualquer indústria.”

Ele ainda exemplifica: “O que mais tem hoje em dia é pais ricos patrocinando filhos. E não adianta. As pessoas acham que é questão de orçamento. Mas construir uma carreira não é do dia para o outro. O Chico César ficou 10 anos cantando em bar em São Paulo.”

Kamilla concorda e diz que a organização na carreira de um artista é primordial a curto e longo prazo.

“Você usar sua própria comunidade, seu bairro, seu prédio. Sempre vai ter alguém para te apoiar. Mostra sua disposição [para aprender]. O Veigh ralou muito antes do Spotify. Essa facilidade que é vendida hoje em dia, ‘do nada essa pessoa estourou’. Não é do nada. Tem que buscar conhecimento. Você tem que saber o que é um fonograma, onde registra”, explica.

O Spotify, que possui programas de incentivo para artistas independentes, como o Radar e o Amplifica, disponibiliza ferramentas para todos os artistas cadastrados na plataforma.

“O streaming aumentou a quantidade de possibilidades para o artista. Tem muita oferta. Não acho se é melhor ser independente ou assinar com uma gravadora. Não tem uma resposta para isso. O acesso às ferramentas no Spotify é igual para todo mundo. Se você é um artista que gosta de acompanhar os números, os dados da carreira, que gosta de aprender, pode ser bom ser independente. Se você quer focar só na música e que alguém cuide do resto, às vezes ter uma gravadora faz mais sentido. Mas vai te cobrar mais por isso. É uma questão de escolha. O mais legal hoje é ter essa gama de possibilidades”, diz Carolina.

Ao final do painel, Kamilla diz que um artista hoje precisa querer trabalhar de verdade.

“O objetivo é chegar em mais pessoas. Aparece um monte de coisa bacana se você tem mais números e relevância. Mas as pessoas querem isso sem trabalhar. Esse processo existe desde o começo do digital. Arte é energia, você tem que estar girando o tempo todo. Essa periodicidade, entender sua prateleira”, explica. “Amo pegar o artista do zero, mas preciso fazer a peneira. Se ele já usa as redes sociais do jeito certo, fazendo curso, organizado, eu vejo que tem interesse. Não posso ser babá, não tenho mais paciência”.

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