Ozzy Osbourne revela problema no heavy metal
O principe das treva falou à Music Week sobre bandas de metal lotando estádios
“A música pesada não é popular para a mídia. Ela nunca ganhou muito espaço, por mais que eu ache que os anos 1980 tenham sido o momento mais próximo disso. Mas, agora, a mídia não divulga que há um verdadeiro ressurgimento do metal, com bandas lotando estádios ao redor do mundo”, disse Ozzy Osbourne, lendário vocalista do Black Sabbath em entrevista à Music Week.
O principe das trevas explica o seu ponto: “Eles nunca escrevem sobre isso porque não está na moda atualmente. Eles preferem focar em todas aquelas garotas [estrelas pop]. Não estou tirando o mérito delas — elas falam com um público totalmente diferente e são ótimas no que fazem —, mas é tudo muito igual, como uma caixa de bonecas, tudo moldado com a mesma forma. Enquanto isso, as bandas pesadas sempre foram os bastardos da indústria musical.”
Nos últimos anos, artistas como Sleep Token e Ghost lideraram as paradas, atraem milhões de ouvintes mensais e lotam arenas. O próprio Ozzy vendeu mais de 100 milhões de álbuns, ganhou vários Grammys (incluindo um em 2023) e foi homenageado com um prêmio pelo conjunto da obra da Ivors Academy em 2015.
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A esposa de Osbourne e sua empresária de longa data, Sharon, concorda com o sentimento de Ozzy. Ela observa que os esforços musicais do Black Sabbath raramente eram apreciados pelos críticos, mesmo em 1970.
“Você precisa lembrar que esta é uma banda que começou nos anos 1960 – e eles ainda estão aqui”, diz ela. “Muitas das bandas que começaram nos anos 60 não estão mais vivas, ou operando como antigamente.”
A perseverança deles claramente valeu a pena: o show de despedida do Black Sabbath, “Back To The Beginning” , esgotou em menos de 16 minutos no início deste ano, com mais de 150 mil fãs se aglomerando na fila virtual no Dia dos Namorados. E os fãs que esperam por mais shows ficarão decepcionados.
“É impossível”, diz Osbourne. “Fazer esse show no verão, a época mais movimentada, com todo mundo na Europa participando de festivais. A quantidade de artistas que conseguimos reunir naquele dia foi incrível, mas isso não acontece em dois dias.”
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