Maria de Fátima, é você? Thiaguinho cogitou vender casa dos pais para gravar CD
'Tinha uma certeza absoluta do que eu seria', disse
Thiago André Barbosa, o Thiaguinho, é um homem de fé. Definitivamente. Fé como motor para realizar sonhos, a crença inabalável em algo, não obstante os desafios.
A palavra fé tem origem no latim. Vem de fides, que significa confiança. Ao abrir o dicionário, a resposta é direta: convicção da existência de algum fato ou da veracidade de alguma asserção; credulidade. Ou seja, para muito além da conotação religiosa, quem tem fé acredita, com ou sem evidência, no que ainda não se vê — mas se sente.
A certeza era tão grande que, já iniciado na música, ele teve uma ideia: sugeriu que seu pai, João Barbosa, vendesse a casa em que moravam para que, com parte do dinheiro adquirido, ele produzisse um álbum com Wilson Rodrigues, o Prateado, um dos maiores nomes do gênero, conhecido como Pagode 90, e que trabalhou com nomes como Grupo Sensação, Raça Negra, Soweto, Os Travessos, Negritude Jr. e mais.
“Quando eu fiz essa proposta paro meu pai foi, porque ficamos sabendo do valor para fazer um álbum com o Prata. Não sei se na inocência, na época eu tinha uns 13 ou 14 anos. Mas tinha uma certeza absoluta do que eu seria”, disse Thiaguinho, em entrevista para Billboard Brasil.
Conservadores, João Barbosa e Glória Maria Barbosa não acataram ao pedido do filho, mas o incentivaram de outras formas. Anos depois, depois de muito sucesso no Exaltasamba e com a carreira solo encaminhada, Prateado se tornaria diretor musical de Thiaguinho.
“Hoje, é muito interessante olhar pra trás, ouvir histórias de pessoas que me rodeiam, e ouvir as frases que eu falava. Eu nunca falei ‘se eu for cantor…’. Eu falava: ‘quando eu for’. Minha brincadeira com a minha mãe era: ‘quando eu for famoso, o que a senhora vai querer?’. Fica amplo o pensamento do que é, mas eu acredito e Deus, talvez outras pessoas possam falar outra coisa. Mas a fé me moveu”, completa.
