Laura Pausini diz não ‘suportar’ músicas repetitivas atuais: ‘O que estão contando?’
Cantora italiana, que comemora 30 anos de carreira, lançou álbum após cinco anos
Laura Pausini está de volta! Após cinco anos, a cantora lançou o disco “Almas Paralelas”, com 16 faixas, nesta sexta-feira (27). O processo de produção do álbum levou tempo e muita dedicação da italiana. Em conversa com a Billboard Brasil, ela detalhou o novo projeto e criticou as músicas atuais por falta de conteúdo e repetição.
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Questionada sobre o uso das redes sociais para promover o disco, Laura diz que não se adaptou e ressalta as diferenças da indústria da música nos anos 1990 e 2000.
“Elas não podem ser uma armadilha. Quando compomos, precisamos ser livres. Não é uma tarefa de escola. Isso não é verdadeira arte”, começa.
“O marketing faz parte do nosso trabalho, porque ajuda a levar a música para outros países. Mas dentro da música precisa ter um conteúdo de verdade, sobre liberdade e uma história para contar. Não suporto as canções que são repetitivas [de agora], desculpa. As que falam todo tempo ‘na-na-na-‘, ‘amor, amor, amor’, ‘baila, baila, baila'”, desabafa Laura.
“O que estão contando? Eu compro um livro para saber uma história, vejo um filme para me emocionar com histórias e ouço um disco para saber histórias. Isso significa ser cantor, ter voz e conteúdo.”
Novo álbum
Durante os anos de expectativa, Laura fez uma turnê mundial, lançou filme biográfico, ganhou um Globo de Ouro, foi indicada ao Oscar, além de ganhar vários outros prêmios. Mas nem tudo foram flores.
“Passei por momentos de insegurança, frustração, dúvidas e medo. Pensando no futuro como mulher, mãe e cantora. Não encontrava uma ideia sobre o novo disco”, diz Laura.
“Me perguntava se merecia os prêmios que ganhei, nas novas responsabilidades. E com isso o medo chega de novo”, conta. A cantora encontrou forças na família e nos amigos mais próximos.
O disco explora diversos gêneros, desde os mais dançantes até as músicas mais sofridas –mas sem deixar de trazer a reflexão sobre a individualidade e a convivência em sociedade.
“São 16 histórias de 16 pessoas reais. É um projeto que celebra a diversidade e o direito individual. Somos cidadãos das mesmas ruas, mas com almas e desejos diferentes. É fácil dizer, mas é difícil amar as pessoas que não acham como nós.”