fbpx
Você está lendo
Ivete Sangalo sobre redes sociais: ‘Ou você enlouquece junto, ou aprende com isso’

Ivete Sangalo sobre redes sociais: ‘Ou você enlouquece junto, ou aprende com isso’

Cantora falou em evento de marketing sobre relação com marcas e causas sociais

Avatar de Billboard Brasil
WhatsApp Image 2024 05 17 at 14.56.01 scaled

Ivete Sangalo participou, na sexta-feira (17), do evento Marketing Network Brasil, realizado pelo Grupo Meio & Mensagem no Tivoli Eco Resort, na Praia do Forte, na Bahia. Ela falou sobre sua relação com marcas, redes sociais e até o envolvimento com causas sociais. Ela explicou que, uma vez que uma empresa se torna sua parceira, ela vira família –e que inclusive usou essas relações de proximidade para enviar ajuda ao Rio Grande do Sul.

A cantora contou também que hoje entende que a proximidade dela com marcas ajudou a impulsionar sua carreira. Mas completou dizendo que só se associa a produtos que se identificam com ela e nos quais ela acredita.

Veja também
FRF 7873 scaled

Na relação com as redes sociais, Ivete afirmou que se trata de um “experimento novo” e que é preciso ter calma para aprender com ele. “Não me sinto obrigada a ter que comunicar minha vida com meu marido e com os meus filhos. Minhas redes são substancialmente a respeito da minha carreira. Eu não me perdi nesse caminho.”

Leia abaixo, o que de mais interessante a cantora citou no evento.

O valor da criatividade

“Sou uma artista que minha a minha vida é pautada essencialmente na criatividade, porque é o que faz acontecer, o que aproxima. A ideia nada mais é do que uma maneira de conectar todo mundo, de criar interesse, de criar algo novo. Mas eu acredito também no exercício da criatividade. Nestes 30 anos de carreira, eu não fui criativa sozinha. Sempre tive um grupo de pessoas não só desenvolvendo parte das minhas ideias para coisas maiores e melhores, como o contrário também. As ideias que chegam, eu consigo desenvolver ainda mais.
O criativo pode ser nato, há pessoas que têm esse potencial, mas é também um exercício diário. Se você se acostuma a pensar sobre isso, você se acostuma a criar estratégias para o criativo. Naturalmente, vai desenvolver uma expertise. Óbvio que a criatividade ela não tange só ideias mirabolantes, né? A criatividade pode ser muito sutil, apenas um movimento, uma uma possibilidade mais discreta, porém muito efetiva. Acredito nisso.”

Marcas que fortalecem

“Muito para além do negócio entre marca e artista, vejo essas parcerias como algo que fortaleceu a minha carreira. Por sorte, obviamente, me associei sempre a marcas que tinham credibilidade junto a mim. Eu era consumidora daqueles produtos ou uma possível consumidora. Sempre foram marcas muito consolidadas e vistas por mim como grandes oportunidades de impulsionamento de carreiras. E fiz muitos trabalhos consistentes, duradouros. A minha carreira é música, é show, mas, acima de tudo, é imagem. E, quando você desenvolve uma estratégia positiva, com respeito e responsabilidade, ela se torna uma potência. Quando eu vou fechar algum contrato, questões preponderantes são como esse produto se organiza no mercado, como ele se apresenta, como ele se relaciona com o público e no âmbito de respeito à responsabilidade e à qualidade. Mas hoje olhando, vejo quanto a minha carreira, em alguns momentos da vida, foi suportada mesmo pelas parcerias de marca.”

Empresas que viram família

“Eu preciso entender a minha relação com a marca, primeiro, para saber se eu posso colaborar com ela, para não ser meramente algo ligado à vaidade. Se não for genuíno, se não for necessário, porque eu haveria de fazer? Eu sou uma pessoa muito responsável, quando assino um contrato, eu passo a fazer parte daquela família. É assim que eu me comporto. Porque eu tenho 30 anos de carreira e possuo, de fato, uma compreensão do processo todo. Então, muitas vezes eu me envolvo, mas isso não é para mim uma condição.”

Gestão de crise

“O grande barato de administrar uma crise é a transparência. Quando você vai para a transparência, você combate o seu eu que falha, entendeu? A priori você instala ali uma segunda crise, mas a resolução dela é pautada no que está às claras, você traz à superfície algo que alguém ou até mesmo você não suportaria viver. Eu sou assim, eu não suportaria viver com uma coisa me chantageando, me sabotando.
Quando você diz à pessoa o que de fato é a verdade, imediatamente essa pessoa já tem por você um sentimento de credibilidade e de empatia. A condição do erro, do equívoco, não é um luxo de poucos. Isso é para todo mundo na vida. Só que a gente tem que explicar. O fã e o consumidor não podem ser só um número. Por isso me preocupo em retomar a nossa relação de confiança. Acho que é um caminho menos ardiloso e menos tortuoso.”

Paciência com as redes sociais

“A rede social é algo novo para todo mundo, para todos esses personagens: o hater, o que ama, o que só engaja, o que usa como terapia, o que usa para se exibir. Eu estabeleci uma paciência sobre esse assunto. Ou você sucumbe ao experimento e enlouquece junto, ou você tem alguma calma para aprender alguma coisa com isso. Eu vejo como um grande potencial, mas dou à rede social o tamanho que ela tem que ter na minha vida. Não sei se vocês me seguem, mas faço uma comunicação direta com o interesse que foi proposto: que é a música. Então, eu não me sinto incomodada ou obrigada a ter que comunicar minha vida com meu marido e com os meus filhos. Minhas redes são substancialmente a respeito da minha carreira. Eu não me perdi nesse caminho. Aprendi a lidar com as redes sociais.”

WhatsApp Image 2024 05 17 at 14.55.59
A cantora falou sobre sua relação com marcas e causas sociais (Eduardo Lopes/DIvulgação)

Envolvimento com causas sociais

“Tenho um instituto hoje. Criei, porque senti que tinha uma potência de catalisar [questões sociais]. Mantenho uma relação direta com muitas causas, mas eu ficava confusa, porque o sofrimento do outro não tem hora, não tem endereço, não tem data. Mas o que eu entendi é que a gente precisa de fato organizar e escolher, para trabalhar com foco. Não adianta querer abraçar o mundo, é preciso escolher para potencializar aquela ajuda –e eu escolhi as crianças. Esse é o lugar em que eu encontro a minha necessidade mais latente, em que não suporto ficar esperando. E o quero falar uma coisa importante: o instituto foi criado também com essa possibilidade de parcerias com marcas. Vocês entendem o potencial disso? É uma coisa que vai claramente além de uma relação de mercado, mas de responsabilidade social. Mandamos cinco carretas para o Rio Grande do Sul, porque liguei para os meus parceiros e consegui tudo a preço de custo. LIguei na Itaipava e pedi água. Liguei para o Guanabara, supermercado do Rio de Janeiro que eu nem faço mais, mas que são meus amigos, e pedi alimentos. Eles disseram que tudo o que eu mandasse, mandariam em dobro. A minha relação com as marcas não quero que seja de mão única. E isso é maravilhoso. Cria-se uma relação de carinho, e nossa responsabilidade vai para além dos nossos benefícios.”

Mynd8

Published by Mynd8 under license from Billboard Media, LLC, a subsidiary of Penske Media Corporation.
Publicado pela Mynd8 sob licença da Billboard Media, LLC, uma subsidiária da Penske Media Corporation.
Todos os direitos reservados. By Zwei Arts.