Imperatriz disputa título com enredo sobre espiritualidade africana
Escola de Leandro Vieira contou a jornada de Oxalá até Xangô


Vice-campeã no ano passado, a Imperatriz Leopoldinense fez um desfile impactante na primeira noite do Grupo Especial de 2025 e reafirmou sua candidatura ao título do Carnaval carioca.
Com o enredo “Ómi Tútu ao Olúfon – Água fresca para o senhor de Ifón”, a escola verde e branca mergulhou na espiritualidade e na sabedoria africana.
O carnavalesco Leandro Vieira apostou em um conjunto estético grandioso, com alegorias imponentes e fantasias ricamente detalhadas.
A Imperatriz levou para a Sapucaí cinco carros e mais dois elementos alegóricos. Da comissão de frente ao último carro, a escola narrou a jornada de Oxalá até Xangô, destacando os desafios enfrentados pelo orixá após se negar a realizar oferendas a Exu.

A escola de Ramos realizou um desfile tecnicamente próximo da perfeição. Com 250 componentes, a bateria de mestre Lolo manteve a cadência, enquanto o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Raphael e Jéssica Ferreira, esbanjou leveza e precisão.
O samba-enredo, interpretado por Pitty de Menezes no carro de som, teve bom rendimento na avenida e sustentou o desfile, ajudando na harmonia e evolução da escola.
Apesar do bom desempenho, um problema técnico marcou a apresentação: assim como nos desfiles de UPM e Mangueira, uma falha no sistema de som comprometeu alguns momentos, o que pode pesar na apuração.
A Liesa atribuiu a falha à empresa responsável e afirmou que os problemas foram corrigidos ao longo da noite. Nenhuma escola estourou o tempo, e a Imperatriz encerrou sua passagem sem grandes intercorrências.
