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Dead Fish já tem mais de 30 anos de hardcore – e não vai parar tão cedo

Dead Fish já tem mais de 30 anos de hardcore – e não vai parar tão cedo

Banda lançou álbum baseado em memórias, principalmente políticas

Avatar de Guilherme Lucio da Rocha
CAPAS Billboard 62

O Brasil não é conhecido por ser um lugar onde o rock é um gênero dos mais queridos, ainda mais nos últimos anos. Para dar uma dimensão disso, a banda mais ouvida no país é Charlie Brown Jr., que perdeu seu líder, Chorão, há 11 anos. Quando o assunto é hardcore, então, só a mais pura paixão explica a loucura de passar mais de 30 anos na estrada. E é isso que move o Dead Fish, banda de Vitória, no Espírito Santo, que lança seu 9º álbum de estúdio, “Labirinto da Memória”.

Com o hardcore melódico de sempre, a banda explica que seu novo trabalho foi gestado ainda durante a pandemia e tinha um quê de nostalgia.

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“Começamos a produzir esse álbum em 2021. Tem essa coisa de ser um disco de memória, de ser mais melódico, o que influenciou, inclusive, nas composições feitas pelo Rodrigo. Tem muita referência dos anos”, diz o guitarrista Ricardo Mastria.

Diálogo com quer diálogo

O único integrante da formação original é o vocalista, Rodrigo Lima, que também é o compositor das canções. Carregadas de críticas políticas, sempre no campo progressista e aberta ao diálogo com a classe trabalhadora que diverge dessa corrente, a banda já chegou a sugerir que bolsonaristas e simpatizantes da extrema direita não comparecessem aos shows. Mas não deu muito certo.

“Não conseguimos colocar uma barreira que impeça. Em Bristol, na Inglaterra, acabou o show e um cara, que era brasileiro, chegou no Rodrigo contestando uma letra que era algo claro. Isso foi em agosto do ano passado, nem faz tanto tempo. Infelizmente, ainda cola uma galera nada a ver”, revela o baixista Igor Tsurumaki.

A experiência no rolê

Formado em 1991, o Dead Fish já rodou por boa parte do Brasil. Aliás, é conhecer os mais variados cantos do país é o que ainda motiva a banda capixaba a seguir em frente.

“O Dead Fish já não se encaixa dentro de um movimento punk, algo muito de nicho. Criamos nosso próprio espaço. Vai chegando um monte de gente que debuta na nossa estética com o Dead Fish. Vi muita gente que debutou no hardcore num show do Dead Fish em vários lugares do Brasil, acho isso muito legal”, conta o vocalista.

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