Como governos árabes usam a música para bombar economia local
Não é só Cristiano Ronaldo e Mbappé: artistas também são seduzidos pelo país
A Arábia Saudita não busca movimentar a economia local apenas com o futebol e a contratação de craques como Cristiano Ronaldo e Neymar. A música também é usada como ferramenta para minimizar a imagem nada amigável do país, acusado de violar direitos humanos.
Em 2022, a capital Riad teve shows de J Balvin, R3HAB, Marshmellow, Lil Pump e a primeira edição da KCON na Arábia Saudita, que reuniu grupos de KPop como NewJeans, ATEEZ, Secret Number, The Boyz, e solistas como Rain, Hyolyn e Sunmi.
Em dezembro do ano passado, cerca de 600 mil pessoas foram ao festival SOUNDSTORM, com line up incluindo Bruno Mars, DJ Khaled, Post Malone, Swedish House Mafia e David Guetta. A próxima já tem data para acontecer novamente: de 14 a 16 de dezembro de 2023.
Em janeiro deste ano, foi a vez do grupo de K-Pop BLACKPINK, que reuniu 25 mil pessoas no show com ingressos esgotados em Riad. Seguindo a cultura do país, todas as artistas deixaram os braços e pernas cobertas nas apresentações, algo bastante elogiado pelos fãs dos grupos nas redes sociais.
Em junho, o Ministério do Turismo anunciou, segundo o jornal “Arab News”, que a indústria do turismo aumentou 12% em relação ao período pré-pandemia na Arábia Saudita. O país deseja crescer 130% na próxima década.