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No ARVO, Os Garotin revelam planos de próximo disco: ‘melhor do que o primeiro’

No ARVO, Os Garotin revelam planos de próximo disco: ‘melhor do que o primeiro’

Em entrevista, trio de São Gonçalo também relembrou parceria com Caetano Veloso

Cupertino (esquerda), Léo Guima e Anchietx se apresentaram no ARVO Festival

No palco do ARVO Festival, Os Garotin apresentaram o repertório de seu álbum de estreia, eleito o melhor disco de Pop Contemporâneo no Grammy Latino do ano passado. O público de Florianópolis, que encheu o Kartódromo Sapiens Parque no início da noite desta quinta-feira (1), estava com as letras de canções como “Garota”, “Só Vem” e “Queda Livre” na ponta da língua. Léo Guima, Anchietx e Cupertino, no entanto, não se deixam seduzir pelo sucesso que já veio, e garantem estarem preparados para fazer ainda mais. E já têm planos para o sucessor de “Os Garotin de São Gonçalo” (2024).

Nos camarins, em entrevista exclusiva para a Billboard Brasil após o show, eles revelaram que “a parte mais difícil” do próximo álbum já está feita e que ele será melhor do que o antecessor. Ainda sem data para lançamento, o disco deve manter a mistura de soul, funk, MPB e hip-hop que marca a musicalidade do grupo.

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No show, eles cantaram também “Nossa Resenha”, canção em parceria com Caetano Veloso que foi incluída na trilha da novela “Vale Tudo”. Habitués dos saraus na casa do artista baiano, eles foram apadrinhados pelo cantor.

Confira a entrevista completa com Os Garotin, abaixo

Vocês começaram 2025 lá no alto, após levarem para casa um Grammy Latino em novembro passado. Como está sendo o pós-Grammy? Que impacto isso teve para vocês?

Léo Guima: Depois do Grammy a gente já chegou fazendo show no Rio, então nem tivemos tempo pra processar direito. Na real, só agora estamos começando a entender o que foi aquilo tudo. Foram muitas informações, muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Só agora que a gente está parando pra planejar os próximos passos é que estamos assimilando a maravilha que foi viver aquilo — e também a responsabilidade que vem junto.

Anchietx: Total. É um desafio, né? Levar a música brasileira por aí. E o Grammy, de certa forma, foi um selo, uma chancela. Também foi nossa primeira vez fora do Brasil, então só isso já mexe muito com a gente. A gente até esquecia que estava lá por uma causa tão grande. Foi tudo muito intenso, e a ficha ainda nem caiu completamente.

Vocês têm sete anos de grupo, mas o reconhecimento veio de forma rápida: dois EPs em 2023, um disco em 2024 e um Grammy Latino logo na sequência. Como mantêm a cabeça no lugar?

Léo Guima: Olha, o Grammy foi importante, sim, mas calma… É só o primeiro! (risos) A gente ainda tem muita coisa pra fazer, muita coisa que tem a ver com a nossa vida, com o que a gente acredita. A cabeça fica no lugar porque a gente veio de São Gonçalo, irmão. Já passamos por muita coisa.

Cupertino: A gente ama a música, não a fama. Nosso amor é pela arte.

Anchietx: E tem também nossa amizade — um sempre chama o outro de volta pro chão, tipo: “Acorda, tá viajando!” (risos). Isso é fundamental.

Vocês gostam de falar que vêm de São Gonçalo para o mundo. O quanto isso virou um mantra?

Anchietx: A gente bate nessa tecla por que São Gonçalo é tudo pra gente. Foi onde a gente aprendeu tudo que sabe, onde sofreu, onde riu, onde virou amigo. Nossa base está lá.

Léo Guima: E na época em que a gente estava crescendo, quase não havia referência de artistas de São Gonçalo. A gente não via ninguém trilhando esse caminho. Então hoje a gente faz questão de dizer: “Olha, dá pra fazer algo, dá pra viver do que você ama mesmo vindo de lá.”

Cupertino: Lembrar disso o tempo todo é o que faz a gente continuar sendo quem sempre foi. Não tem como se perder quando você não esquece de onde veio.

E os planos para o próximo disco, podem revelar algo? De repente uma participação especial?

Léo Guima: Já escrevemos tudo! Falta só gravar.

Anchietx: A parte mais difícil a gente já fez. E, sinceramente? Achamos que tá melhor que o primeiro.

Cupertino: Vai ter feat, sim. Mas ainda não podemos dizer com quem! (risos)

Não dá pra encerrar sem falar dele: Caetano Veloso. Vocês o chamaram de “orixá”, e ele tem sido um verdadeiro padrinho. Como foi esse encontro?

Cupertino: Cara, foi num sarau. A gente já cantava muito em festas, encontros, e foi sendo convidado pra vários rolês. Um grande amigo nosso chamou a gente pra ir lá, e o Caetano conheceu nosso som. A identificação foi imediata e surpreendente. Ele é muito ligado em som novo, quer saber o que está rolando, escuta rádio, pesquisa… E a partir desse encontro, veio tudo isso: os saraus, os papos, as trocas com violão e voz.

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