Apresentações inesquecíveis, público apaixonado. Apesar de singela, a equação envolve muito mais do que o querer —seja para o fã de música, seja para o artista. Por isso, há cinco anos, a MangoLab entrava no mercado disposta a encontrar novos palcos para novos artistas— mesmo que, para isso, precisasse criar novos eventos ou oportunidades. Tudo para que o encontro do fã com a música fosse um momento, de fato, mágico. A experiência deu certo e, agora, a empresa expandiu seus negócios.
“Temos a tarefa de cuidar do público que investe para estar conosco nestes grandes momentos. Com a saturação dos festivais —principalmente—, e uma grande mudança de comportamento nosso com relação ao conforto após a pandemia, o público está cada vez mais crítico, com todo direito, e nos faz pensar sempre em como podemos melhorar. O ano de 2023 foi um período de virada de chave e conscientização do mercado com relação aos grandes eventos”, introduz Rodrigo Tavares, CEO e fundador da MangoLab.
“Continuamos hoje trabalhando com esta nova cena e os novos artistas. Mas as nossas habilidades e capacidades de criar projetos e comunicá-los acabou atraindo os olhos da Bonus Track, que também pensa de forma similar a nossa, em busca de experiências com propósito e que se perpetuam”, continua.
A Bonus Track, a que se refere Rodrigo, é a produtora responsável pela volta de Roger Waters ao país e da turnê grandiosa de reunião dos Titãs. Recentemente, a produtora teve também a MangoLab liderando a comunicação e marketing da turnê de Paul McCartney, que passou por cinco cidades e voltou ao Maracanã 33 anos após bater o recorde mundial de maior público em show de um artista solo.
Antes disso, a MangoLab esteve por trás da criação e concepção do MITA Festival e do Doce Maravilha, dois dos principais festivais atuais do Brasil, além de ser responsável pela estratégia da banda Capital Inicial, mantendo-os revigorados no mercado.
Paralelamente, gerou um selo, o MangoMusik, que sempre busca trazer destaque para novos artistas como Os Garotin, além de criar projetos como o “Eu Gosto de Garotas” —trabalho com o propósito de integrar mulheres das periferias do Rio de Janeiro com o mercado artístico, criado em parceria e liderada pela produtora da baixada fluminense LARINHX.
Esse projeto ganhou forma de álbum com nomes como Ebony e Slipmami (que estrelou a capa da terceira edição da Billboard Brasil), e formato de festa também, com show do álbum e Flora Matos de headliner. Outra série do selo, o “Estúdio MangoLab” é vitrine para nomes como Gilsons, Ana Frango Elétrico, Potyguara Bardo, entre outros.
“A MangoLab incubou o Heavy Baile como coletivo e, assim, além de lançar novos artistas de dentro da marca, pelo MangoMusik —como Slipmami, LARINHX, Ebony—, nos gerou campanhas com marcas como a Converse, Club Social e Cheetos. Não temos hoje um filtro de gênero no MangoMusik, mas prezamos essencialmente que a estrutura sirva para lançar novos artistas, com fonogramas de qualidade, e que possam em seguida passar a fazer bons shows nos palcos”, conceitua Rodrigo.
A aposta deu certo, acolhendo uma nova cena que rádio e TV já não compreendiam bem. Mais do que isso, atraiu marcas e, consequentemente, uma sustentação financeira que permitiu voos maiores.
“As marcas buscam a MangoLab, e espero que continuem buscando, pela inteligência que temos para abordar assuntos culturais, o que envolve muito os nossos dados e nossa operação de CRM, além da criatividade que temos hoje nessa frente, pois todas as campanhas que fazemos são concebidas por nós. As marcas que queremos hoje nos associar são as que querem apoiar a música no país, e que invistam de forma justa. O que mais vemos hoje são marcas com muito dinheiro negociando valores que não cabem em uma entrega de qualidade, e o artista que gera inúmeras receitas acaba também recebendo um valor que não condiz com o resultado”, finaliza Rodrigo.
