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Aos 63, fã que viajou para ver turnê icônica de Madonna se prepara para show no

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Aos 63, fã que viajou para ver turnê icônica de Madonna se prepara para show no

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Na tarde de terça-feira (30), quatro dias antes do histórico show de encerramento da “The Celebration Tour”, que comemora os 40 anos da carreira de Madonna, Marco Coelho, de 63 anos, que assistiu ao show da “Blond Ambition Tour” em Londres, na Inglaterra, em 1990, se prepara para ver a Rainha pela – provável – última vez no próximo sábado (4)

“Estou aqui na frente do [Copacabana] Palace! Vou para um lugar mais calmo”, avisa o carioca, em entrevista à Billboard Brasil. Rapidamente, ressurge em uma sorveteria ao lado do hotel, com menos barulho, e reforça: “Estava morrendo de vontade de vir já. Já até dei entrevista falando sobre o calor, parece que vem uma onda quente por aí.”

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Diferente da realidade de milhares de fãs da Rainha do Pop, a região de Copacabana não é um território estranho para Marco, que foi criado no bairro. “Aos 17 anos, decidi aprender a falar inglês depois da minha prima trazer um LP do Led Zeppelin para casa, e ouvir a música ‘Stairway to Heaven’. Queria entender o que eles estavam falando”, relembra.

“Já em 1985, depois do primeiro Rock in Rio, tive aquela famosa crise existencial dos 20 anos, e não passei no vestibular. Foi quando decidi me jogar, e fui para o Mato Grosso passar um tempo na casa de um primo. Em Cuiabá, entrei em uma agência de turismo, e perguntei se eles precisavam de alguém para falar inglês. Uma turista passou por um imprevisto, e precisava de um guia no Pantanal. No dia seguinte, estava lá. Não sabia de nada do local, mas sabia o idioma. Depois disso, passei cinco anos sendo guia da selva amazônica.”

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Arquivo pessoal

Depois da aventura pelas matas brasileiras, Marco decidiu se jogar novamente – mas desta vez, em mares internacionais. Embarcou para Londres sem planos, e passou três anos na capital inglesa como, em suas palavras, “um clássico brasileiro vivendo ilegalmente: fui garçom, lavei panela.”

Mas tudo valeria a pena. Em julho de 1990, Marco realizou o sonho de ver Madonna em carne e osso pela primeira vez e em sua turnê mais famosa (até hoje): a “Blond Ambition Tour”.

“O ato de abertura foi o Technotronic, o estádio tremia com ‘Pump Up the Jam'”, relembra. “E, então, entrou a louca. Eu dei uma sorte porque no dia do show, estava rolando uma espécie de ‘liga de senhoras pela decência’, que queriam obrigar a Madonna a tirar o número de ‘Like a Virgin’, em que ela simulava masturbação com uma almofada. O show seria transmitido para uma rádio da cidade. Madonna, sabendo disso, entrou atacada no palco, falou cada palavrão a noite inteira, essa velha safada [risos].”

Além da Rainha do pop, Marco também testemunhou shows de outras lendas da música, como Michael Jackson, David Bowie, Cher, Tina Turner, entre outros.

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Arquivo pessoal

O carioca retornou ao Brasil em 1993, ano da primeira vinda da cantora ao país. No entanto, além de voltar para casa, também fez seu comeback para o trabalho como guia turístico na Amazônia, que bateu com a data dos apoteóticos shows da cantora no Rio e em São Paulo. Mas isso não foi o suficiente para abalar Marco.

O fã marcou presença nos shows da “Sticky and Sweet Tour”, em 2008, e na “MDNA”, em 2012 –quando, segundo ele, bebeu tanto que esqueceu de tirar fotos.

O retorno ao país também foi marcado por oportunidades profissionais que também cruzariam sua história com a música: foi intérprete de Robert Plant e Jimmy Plant, do Led Zeppelin. A dupla estava no Brasil para se apresentar no festival Hollywood Rock, em 1996. Entre as atrações, estava também a banda The Cure, da qual Marco se recorda de achar o vocalista Robert Smith “hilário”.

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Arquivo pessoal.

Em 2006, estava na plateia interminável do show dos Rolling Stones em Copacabana, em um cenário de expectativa parecido com o que toma o Rio de Janeiro que espera Madonna. No entanto, a multidão de mais de 1 milhão de pessoas fez com que Marco desistisse da aventura em cerca de 15 minutos. Por sorte, encontrou um amigo que ia assistir ao show de um dos prédios de Copacabana, e “descolou” um camarote.

Para seu reencontro com a Rainha do Pop, Marco contava com a sorte de garantir um lugar mais perto ao palco – por meio de tweets que até viralizaram no “X” – e como sua persistência bem mostrou em sua trajetória até hoje, o plano deu certo. Além de sua presença, outra coisa estará certamente confirmada: sua camiseta da “Blond Ambition Tour”, que usa até hoje.

“Eu vou pular, vou chorar, eu vou gritar. É a última vez que eu vou vê-la pessoalmente. A pessoa que mudou tudo para mim, quando era um jovem gay, e mudou a cultura, os direitos das mulheres, lutou pelos direitos LGBTQIA+. É a diva das divas”, crava, emocionado.

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