Anitta analisa as barreiras de gênero no reggaeton
O ritmo latino foi um dos responsáveis por seu crescimento internacionalmente


Decidida a embarcar no cenário internacional, Anitta se jogou no reggaeton, seu primeiro lançamento em espanhol foi “Paradinha”, em 2017. Na época, ela encontrou outro desafio além do idioma e do mercado estrangeiro: a predominância masculina em um gênero historicamente dominado por homens.
Depois de mais de cinco anos, a cara da cena é um pouco diferente. Nomes como Karol G, Natti Natasha, Fariana e Young Miko são fortes potências femininas no ritmo latino, assim como Anitta.
Durante coletiva de imprensa para falar do seu último lançamento “Romeo”, a patroa analisou o atual cenário do reggaeton. “Ainda acho que é tudo muito masculino. Um homem para dar certo precisa de 10% de esforço de uma mulher. Se eu entrar no palco igual um homem entra, acabou. Um homem bota uma calça jeans e uma blusa branca e pode não fazer nada. A mulher tem que entregar roupa, dança, vocal, carisma”, disse ela.
“Isso sempre me revoltou tanto, que eu saía, eu falava barbaridade. Eu fazia e acontecia. Muito dessa necessidade da Anitta de ser assim vinha por isso também”, declarou. “As mulheres estão pegando um valor muito grande, ainda não se compara com o dos homens, mas eu fico muito feliz com essa melhora.”
O gênero foi um dos propulsores da sua carreira no mercado internacional. Foi ao som das batidas de origem porto-riquenha que a ela lançou seus maiores hits no exterior: “Downtown” feat. J Balvin, e “Envolver” que garantiu a ela o top 1 global do Spotify.
Depois do álbum “Funk Generation”, a cantora vem demonstrando que seu próximo projeto será focado em reggaeton, segundo ela esse é “um projeto muito pedido pelos fãs”.