Alok: com show manifesto, DJ quer trazer reflexão sobre o cuidado com a cultura
O músico se apresenta em junho, na Mercado Livre Arena Pacaembu, em São Paulo
Além de proporcionar uma experiência, Alok provocou uma reflexão em seu show no Coachella e quer fazer o mesmo em São Paulo. No dia 28 de junho, ele apresentará uma nova versão de sua performance no festival norte-americano, na Mercado Livre Arena Pacaembu.
O brasileiro virou manchete em vários veículos mundo afora por conta de seu protesto contra a inteligência artificial na arte. “Devido à repercussão, entendemos que havia um senso de urgência que não existia antes do Coachella. Foi preciso rever nossa estratégia”, disse ele em coletiva de imprensa nesta terça-feira (13).
Para passar sua mensagem, Alok contou com a ajuda do grupo de street dance Urban Theory, que apresentou uma coreografia precisa, com movimentos rápidos que chegavam a confundir a mente. Tanto que muitas pessoas foram às redes sociais comentar que era impossível aquilo ter sido feito por um humano.
“É tão louco você parar e pensar que, hoje em dia, partimos da premissa de que o ser humano não é capaz de fazer aquilo. Achavam que não era humano”, ressaltou.
“A arte sempre foi um movimento de existência, resistência e de impulsionar a cultura. A questão é: para se fazer arte, é preciso ter alma.”
Por meio dos motes “Keep Art Human” (“Mantenha a Arte Humana”) e “Art Needs Soul” (“A Arte Precisa de Alma”), o DJ quer convidar o público a refletir sobre o uso adequado da tecnologia na cultura e na arte.
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Assim como foi ressaltado na matéria de capa da nova edição da Billboard Brasil, Alok quer usar seu poder de influência para ajudar a cuidar da cultura. “É um momento importante de resistência, de nos posicionarmos. Nós, como artistas, temos a responsabilidade, muitas vezes, de fazer a manutenção da cultura.”