Quase cinco décadas depois do primeiro show em dupla, Maria Bethânia e Caetano Veloso voltam a se apresentar juntos. Até o momento, após a estreia no Rio de Janeiro (dia 3 de agosto, na Farmasi Arena), estão previstos 16 shows, passando por dez cidades, sempre para grandes plateias, em arenas e ginásios. Diferentes gerações de fãs estão podendo assistir ao reencontro no palco de dois irmãos fundamentais para a identidade da música popular brasileira. Ainda na infância, em Santo Amaro da Purificação, cidade no Recôncavo Baiano, a música surgiu como um elo definidor entre os dois. Mas, em seis décadas de atuação, mesmo como tantos laços e afinidades, eles seguiram caminhos distintos.
“Desde a infância de Bethânia e minha adolescência que somos muito próximos. Nos mudamos para Salvador juntos. Viemos para o Rio juntos, por exigência de meu pai. Sempre juntos e tendendo para as mesmas atividades, mas sempre fomos muito diferentes. Bethânia é passional, e eu sou equilibrista”, conta Caetano em entrevista exclusiva para a Billboard Brasil.
Os dois não pretendiam mais falar com a imprensa além do breve trabalho de divulgação feito antes da estreia da turnê. Após alguma insistência e negociação, concordaram em responder às perguntas da Billboard Brasil. Bethânia se limitou a enviar o breve áudio transcrito abaixo:
“Para mim é uma honra estar no palco ao lado de um dos maiores artistas do Brasil, da música popular brasileira, Caetano Veloso. Para mim é uma alegria imensa estar ao lado de meu irmão, realizando um espetáculo juntamente criado, amigavelmente criado, desejado por nós e entregue a um público que tem desejo de nos assistir. Essa é a minha alegria e é o que tenho a declarar”, encerrou.
Caetano é o oposto. Falante, muitas vezes polêmico, o cantor e compositor de 82 anos é também hábil no trato com a palavra escrita, como já provara no livro de memórias “Verdade Tropical” (1997). Detalhes sobre o processo de criação do show “Caetano & Bethânia”, a experiência de cantar para grandes plateias e revelações sobre a relação com a irmã quatro anos mais moça, cujo nome ele mesmo escolheu, estão entre os temas abordados neste papo.
Antes de completar 4 anos, o leonino Caetano (3 de agosto de 1942) já era ligado em música e andava encantado com a valsa “Maria Bethânia”, de Capiba. O menino insistiu, e os pais e os irmãos mais velhos concordaram em batizar a caçula (geminiana, nascida em 18 de junho de 1946) com a canção que, então, era um enorme sucesso na voz de Nelson Gonçalves (1919-1998). Em Salvador, onde, na adolescência, foram prosseguir os estudos, conheceram, entre outros, Gal Costa, Gilberto Gil e Tom Zé.
Junto a estes, em agosto de 1964, estrearam o espetáculo “Nós, por Exemplo”. Ainda no fatídico ano do golpe militar, os irmãos também participaram do show “Nova Bossa Velha, Velha Bossa Nova”. Assistida na capital baiana por Nara Leão, Bethânia aceitou o convite para substituí-la no musical “Opinião”, que dividia com Zé Kéti e João do Vale, em temporada sem prazo para acabar no Teatro Opinião, em Copacabana. Os pais concordaram, desde que viajasse acompanhada por Caetano. O resto é história. Ela estreou em 13 de fevereiro de 1965 e nunca mais saiu dos palcos, dos ouvidos e dos corações brasileiros. E o irmão, que estudava filosofia, sonhava em fazer cinema ou literatura, acabou também tragado pela música que até então sempre praticara sem pensar como profissão.
Apesar de tantas ligações, algumas inevitáveis, das muitas composições que Caetano escreveu para Bethânia, e dos dois encontros dos Doces Bárbaros (que, em 1976 e 2002, reuniram Bethânia, Gal Costa, Gilberto Gil e Caetano), os irmãos, filhos de Dona Canô (1907-2012), só tinham feito um show em dupla, registrado no álbum “Maria Bethânia e Caetano Veloso ao Vivo”.
Lançado em 1978, foi gravado em julho, durante a temporada carioca que ficou por quase um mês em cartaz no lendário Canecão. A estreia tinha sido em maio, em Salvador e, depois do Rio, passou também por São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre. Das 12 músicas incluídas no disco ao vivo (enquanto o show tinha 26), duas voltaram ao repertório desta turnê. A então inédita “Tudo de Novo” (que Caetano escrevera especialmente para aquele show) e “O Leãozinho”. Será que não repetir muitas canções do encontro anterior dos dois foi uma das diretrizes? “São tantos anos entre os dois encontros que é natural que assim seja”, responde Caetano.
Ainda entre as diferenças nos espetáculos, separados por 46 anos, está o fato de, agora, eles cantarem mais números juntos. O primeiro, como Bethânia comentou na época a “O Globo” (em entrevista publicada em junho de 1978), era praticamente fracionado em dois. Essa teria sido a forma de conciliar “uma artista de teatro”, como ela então se definia, com uma “mais musical, de concertos e recitais”. “Dividir um espetáculo comigo é muito difícil, porque eu sou uma mulher de palco. Eu fiz questão de deixar um recital de Caetano e um recital de Maria Bethânia, nos devidos estilos”, explicou na época a “cantriz”.
Caetano e Bethânia não mudaram suas características nessas quase cinco décadas, mas, em 2024, dividem o cenário em mais de 60% das duas horas de show, sem aparentar dificuldade. No palco, os dois são acompanhados por mais 14 instrumentistas e vocalistas: Jorge Helder (contrabaixo, direção musical e arranjos), Lucas Nunes (guitarra, violão de náilon, direção musical e arranjos), Diogo Gomes (trompete, flugel e arranjos), Joana Queiroz (clarinete e clarone), Jorge Continentino (sax barítono, sax alto e clarinete), Marlon Caldeira (trombone), Paulo Dáfilin (violão de 12 cordas, violão de náilon e violão de aço), Rodrigo Tavares (teclado), Kainã do Jeje (bateria e percussão), Thiaguinho da Serrinha e Pretinho da Serrinha (percussão) e Jenni Rocha, Fael Magalhães e Janeh Magalhães (vocais).
“Sabíamos que teria de ser uma coisa grande. Bethânia me disse que queria sopros e vocal. Ensaiamos num estúdio em São Conrado, no Rio. Tipo por um mês. O clima era bom”, explica Caetano, que não descarta o registro do espetáculo.
“Só sei que o evento tem um valor sentimental imenso para nós. Com certeza, para mim. Pessoalmente não pensei em filme, disco, vídeo, nada disso. Imagino que naturalmente coisas assim devem pintar.”
Valor sentimental à parte, há o desafio de encarar grandes ginásios e arenas que não foram construídas para a música. Espaços nos quais a qualidade do som é uma dificuldade extra. Na noite de estreia, nas primeiras músicas, quase não se ouvia as vozes de Bethânia e Caetano.
“Nunca pensei em cantar em estádios. Tenho sobretudo muita curiosidade a respeito da experiência. Aqui no Rio, numa arena, o público foi muito bom”, garante ele, que não se lembra exatamente quando surgiu a ideia de um reencontro no palco. “O assunto se desenvolveu pouco a pouco, centrado num desejo de celebrar nosso histórico”, descreve. “A gente se sente sempre muito ligado. Não passamos a nos ver muito mais depois da ideia desse show, a não ser pelos ensaios. Somos de uma família muito unida. Bethânia e eu nos vemos aqui [no Rio, onde moram até hoje] e nos verões na Bahia.”
Quem circulou pela estreia carioca pode confirmar que o clima familiar também era uma característica do público, com grupos de famílias, velhos fãs e muitos jovens –estes, mais preparados para aguentar em pé por mais de duas horas. Do alto do palco, Caetano responde que, obviamente, não poderia “detectar os laços familiares dos espectadores”, mas, arrisca: “Acho que vi uma dupla de mãe e filha na primeira fila do primeiro domingo. Dava para ver uma parte grande da plateia que ficava de pé. Esta era certamente mais jovem do que o todo do público. Os rostos eram estimulantes e comoventes”.
Comovente é também o repertório, pensado para grandes ambientes e plateias. São 41 canções no roteiro, com predominância de composições de Caetano. Mas, em seus seis números solo, ele recorre a dois sucessos na carreira que vieram de regravações, “Sozinho” (Peninha) e “Você Não me Ensinou a te Esquecer” (Fernando Mendes, José Wilson e Lucas). E, para surpresa (e silêncio por parte do público), incluiu também o hino evangélico “Deus Cuida de Mim”, que, em 2022, lançou num single gravado em dueto com o autor da música, o pastor Kleber Lucas.
Como se define atualmente o Caetano que, nascido no catolicismo, já se declarou ateu e simpatizante dos cultos afrobrasileiros? “Sou católico de axé, como Bethânia. Mas não quero negar o enorme fenômeno do crescimento do evangelismo no Brasil”, diz, justificando a inclusão da música evangélica tanto como um afago a essa parcela da população (que inclui os filhos Zeca e Tom, do casamento com Paula Lavigne) quanto um apelo ao entendimento, num momento de polarização cada vez mais acentuado na sociedade.
“Não deixa de ser um aceno. Mas a escolha veio mais de ver a necessidade de que o público que vai a nosso shows considere isso. Impossível pensar e sentir o Brasil sem levar em conta esse fenômeno [evangélico].”
Outra escolha-manifesto no repertório é “Fé”, música lançada em 2022 por Iza e que, em 2024, ganhou novo significado após a traumática separação da cantora, então grávida de seis meses. Na letra dessa composição coletiva (parceria com Sérgio Santos, Pablo Bispo, Ruxell, Lukinhas, Henrique Bacellar, Junior Pierro e Fabinho Negramande), enquanto agradece a Deus pela força para enfrentar e vencer na vida, Iza xinga os desafetos que colecionou em seu trajeto.
“A escolha de ‘Fé’ se deu bem antes das questões sentimentais que Iza sofreu. Bethânia, já na primeira conversa que tivemos sobre o projeto do show, citou ‘Fé’ como parte do repertório. Adorei a ideia porque gosto muito da canção, da gravação e do vídeo de Iza”, explica Caetano, também contando sobre o processo para chegar às 41 músicas do espetáculo. “Havia coisas demais e nem chegamos a poder pensar em todas. O show foi se estruturando ao longo dos muitos ensaios. O repertório das partes solo foi, sim, escolhido por cada um de nós”, esclarece.
O momento “Gal Para Sempre” –como eles anunciam as duas canções em que homenageiam a “doce bárbara” que partiu em novembro de 2022– também foi pensando durante esse período de gestação do show. “Escolhemos nos ensaios. Nem falamos muito sobre isso. Para mim foi emocionante porque ‘Baby’ foi composta para Bethânia, a partir de coisas que ela mesma me sugeriu que escrevesse numa canção. Como Bethânia não quis participar do disco ‘Tropicália’ [1968], que era coletivo, Gal gravou em seu lugar –e isso se tornou o primeiro grande êxito de nossa querida irmã adotiva. Já ‘Vaca Profana’ foi composta para Gal. As duas exibem o que digo sobre ela no show: ‘Gal foi o mais perfeito eco da bossa nova e do que, depois, houve de neo-rock’n’roll no tropicalismo’.”
Como Caetano sempre fez questão de frisar, foi Bethânia quem chamou a sua atenção para a força e a arte de Roberto Carlos e do programa da jovem guarda. Até então, ele e todos os que tiveram a vida mudada após ouvir, em 1959, a gravação de João Gilberto para “Chega de Saudade”, estavam mais próximos da estética de “O Fino da Bossa”, o programa de TV apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues, e que, a grosso modo, moldou o que ficou conhecido como MPB. Em julho de 1967, quando Elis liderou pelas ruas de São Paulo a “marcha contra a guitarra elétrica”, até Gilberto Gil engrossou a passeata, para espanto de Caetano e Nara Leão, que assistiram ao ato da janela do apartamento onde o cantor vivia na época.
Esse movimento, defendendo a pureza de uma forma de arte que sempre se beneficiou das misturas, não durou muito. Três meses depois, Gil cantou “Domingo no Parque” no 3º Festival da Record acompanhado justamente da guitarra elétrica dos Mutantes. Enquanto Caetano, ao lado do grupo de rock argentino Beat Boys, apresentou sua canção “Alegria, Alegria”.
Escolhida para abrir o show de 2024, a tropicalista “Alegria, Alegria” é outra que também fez parte do encontro de 1978 (embora não tenha entrado no disco ao vivo). O movimento também é reverenciado explicitamente agora com a inclusão da canção “Tropicália”, o primeiro número solo de Caetano; seguida de “Marginália II” (Gilberto Gil e Torquato Neto), esta, apenas na voz de Bethânia. Na época em que a cantora declinou o convite para participar do álbum “Tropicália”, houve alguma insistência por parte de Caetano, Gal, Gil, Tom Zé, Torquato Neto, Capinam… Para que ela se juntasse a eles? “Não. Todos sabíamos que, se Bethânia tomava uma decisão, era inabalável. Mas não era hostil nem sugeria inimizade”, explica Caetano.
Para quem cresceu no século 21 pode parecer delírio pensar que a música popular brasileira dos anos 1960, e boa parte dos 1970, viveu em clima de guerra. Mas, naquele período, quando os festivais competitivos dominavam o horário nobre das emissoras de TV e alavancavam as carreiras de praticamente todos os grandes artistas da nossa música, as polarizações eram Tropicália versus MPB, Caetano & Gil versus Chico Buarque & Edu Lobo, Gal versus Elis (e esta versus Nara). Disputas em grande parte estimuladas pela indústria do disco e pela imprensa. Meio século depois…
“Nunca vi o que fazíamos como um rompimento com os outros. Nunca deixei de adorar Dori Caymmi por ele nunca perdoar o que houve no tropicalismo. Adoro Edu e adoro Chico. Eu cria que o que eu estava fazendo ajudaria a todos. Hoje sou menos ingênuo, mas amo Chico e Edu igualmente”, responde o cantor.
O repertório da atual turnê também confirma isso. Ao lado da homenagem a Gal, estão no repertório canções de contemporâneos como Chico Buarque, Gilberto Gil, Paulinho da Viola, da dupla Roberto & Erasmo Carlos, Gonzaguinha e Raul Seixas. Não caberia também alguma música de Milton Nascimento?
“Sem dúvida. E Milton foi o único desses que foi nos assistir na estreia. Chegamos a nos sugerir uma música de Milton nos ensaios. Mas esses ensaios não eram organizados como construção de roteiro. Ontem, ouvi todo o disco novo de Milton com Esperanza Spalding e voltei a sentir mais uma vez o nível de milagre musical que é a expressão dele.
“A ausência de canção de Milton em nosso show só pode ser perdoada se for entendido o tanto de modéstia que há nesse nosso inconsciente erro.”
Entre os homenageados, a escolha de uma música de Paulinho da Viola (e Hermínio Bello de Carvalho, “Sei Lá, Mangueira”) foi bastante comentada por causa dos problemas antigos vividos pelo sambista versus Caetano. No Réveillon de 1995, o “Tributo a Tom Jobim” reuniu, em um show na Praia de Copacabana, Caetano, Chico, Gil, Gal, Milton e Paulinho. O último, porém, recebeu um cachê quatro vezes menor do que o de seus parceiros, motivando uma lavação de roupa suja em público que se estendeu por muito tempo.
Como estão hoje? A escolha de “Sei Lá, Mangueira” tem relação com esse episódio? “Amo Paulinho. Se houve discussão pública na altura do show de Ano Novo com canções de Jobim, eu não apenas respondi com o máximo de lucidez que é possível às questões que soaram escandalosas na imprensa, como escrevi uma carta pessoal a ele. Logo que nos encontramos, perguntei se ele a tinha recebido. E ele respondeu: ‘Recebi, Caetano’.”
No Brasil do século 21, o cenário musical é outro. Grandes nomes da geração revelada mais de cinco décadas antes mantêm e até renovam suas plateias, como a turnê “Caetano & Bethânia” vem provando. Mas, o mercado anda bastante concentrado nas mãos de artistas do sertanejo e do urbano (funk, trap, rap, etc…), além do sempre presente samba/pagode. Como Caetano e Bethânia encaram este momento? Entre os novos artistas de sucesso, quem chama a atenção?
“Tudo é muito diferente hoje em dia, com a internet e tudo o mais. Quando eu era jovem, não podia haver um artista com enorme público que fosse desconhecido por grupos sociais. Hoje, isso é regra. Ouço muitas coisas. E sempre fui defensor de muitas coisas que enfrentavam preconceitos. Hoje escuto falar de um grande ídolo de uma área e me dou conta de que nem seu nome eu conhecia. Adoro funk desde que surgiu. Achei magnífico o ritmo do maculelê em faixas eletrônicas produzidas em favelas. Hoje, ouço menos coisas e sei menos sobre o que se mexe no conjunto geral. Aliás, como já disse, não há mais ‘conjunto geral’”, diz Caetano.
Na era do streaming, quando quase não se vende mais discos (em qualquer formato), tudo mudou radicalmente. Muitos intérpretes, compositores e produtores reclamam do que têm recebido das plataformas de streaming. É justo? “Não. Nem sei como julgar”, responde, Caetano, que também se mantém atento ao que acontece de novo fora das paradas de sucesso e elege seus preferidos da atualidade.
“Digo um nome: Thiago Amud. O outro, nem preciso dizer: Tim Bernardes.” O primeiro é um carioca de 44 anos, com cinco álbuns lançados, que vem fazendo uma MPB de vanguarda –e, no último disco de Caetano, “Meu Coco” (2021), assinou o arranjo de sopros da faixa-título. O segundo “T”, paulistano, de 33 anos, começou na banda O Terno, tem quatro álbuns solo e, em 2023, foi convidado de Maria Bethânia em seus shows. Ela tinha gravado em seu último disco de estúdio (“Noturno”, 2021) uma canção de Bernardes (“Prudência”) e, na época, contou que conheceu o jovem paulistano na casa de Caetano. Mais uma prova de que os irmãos têm mais afinidades do que diferenças artísticas.
No mundo de megashows, disputado pelas despedidas no palco de tantas estrelas (Milton Nascimento fez há dois anos; Gilberto Gil começa a dele neste fim de 2024) ou por voltas (e mais despedidas) de grandes bandas, o reencontro de Maria Bethânia e Caetano Veloso tem apelo de sobra. E vem sendo alardeado como a maior turnê nacional de 2024. Segundo a Live Nation Brasil, empresa responsável pela empreitada, quatro meses antes da estreia no Rio, os números de venda antecipada, com ingressos esgotados na maioria das cidades previstas, já asseguravam esse feito.
Programada para encerrar em 18 de dezembro, com uma apresentação extra no Allianz Parque, em São Paulo, a turnê vai avançar pelo ano que vem, com a nova data marcada para Porto Alegre, na Arena do Grêmio, em 22 de março de 2025. Essa mudança (inicialmente, seria em 10 de outubro) foi motivada pelas enchentes que paralisaram boa parte do Rio Grande do Sul entre maio e julho, mas, abre brecha para a dupla aceitar os inevitáveis convites que devem jorrar, vindos de outras cidades do Brasil ou de países onde, em suas carreiras individuais, os irmãos nascidos no Recôncavo Baiano andaram espalhando sua arte.
“Até aqui, não ouvi falar em ir a outros países com o show. Na verdade, ao final da turnê do ‘Meu Coco’, nos Estados Unidos, eu disse que não faria mais excursões internacionais longas. Pode ser que tenhamos algo mais em 2025 aqui no Brasil, já que o show de Porto Alegre teve que ser transferido para março”, explica Caetano, confirmando, que, mesmo ainda sem aposentadoria à vista, planeja diminuir o ritmo nos palcos. “Mas, Bethânia é mais nova. Não sei que projetos ela tem para o futuro.”