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Xand Avião lembra período difícil no Aviões do Forró, mas não descarta reunião

Xand Avião lembra período difícil no Aviões do Forró, mas não descarta reunião

Cantor fala com muito carinho da ex-companheira de banda Solange Almeida

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Em paz com seu presente, Xand Avião parece não ter nenhuma questão ao falar do passado. Pelo contrário. Todas as vezes que cita a ex-parceira de Aviões do Forró, Solange Almeida, faz isso com carinho. Mesmo quando lembra dos momentos ruins.

“O auge do Aviões do Forró foi em 2006, quando ganhamos projeção nacional. A gente tocou em todos os estados do país, Sol e eu fazíamos 32, 35 shows num mês”, relembra. “E, por estar estourado, achei que era o dono do mundo. Não respeitava meus sócios, comprava três carros por semana, altas loucuras”, diz ele, que hoje é avesso à ostentação tão comum a seus pares.

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“Quem me puxou [para a realidade] foi minha esposa, quando a gente ainda namorava”, diz ele, sobre a ex-dançarina do Aviões e influenciadora digital Isabelle Temóteo. Ela me dizia: ‘Isso passa, se você quiser ter uma carreira longa, vai ter que botar o pezinho no chão’. Mas eu tinha que passar por isso para aprender, né?”, diz ele, com a maturidade de quem luta para não deixar a fama, o sucesso e o dinheiro subirem novamente à cabeça.

“É um exercício constante. Sou um cara muito tímido, mas já fui muito mais, estou até fazendo psicólogo por causa dessa dualidade entre o Xand Avião e o José Alexandre. Queria poder descer do palco e ser o Alexandre, mas não tem como. Quando alguém me vê na rua, quer ver o Xand Avião. Quer me ver rindo, pulando. Mas eu não gosto muito de me expor, mostrar o que comprei ou deixei de comprar. Lidar com a fama é um exercício diário, sim, de provar quem você é.”

Insegurança com a carreira solo

Outra fase sombria foi quando Sol saiu do Aviões do Forró para trilhar carreira solo, em 2017. “Bateu insegurança. Eu iria fazer meu showzinho independentemente do valor do cachê, mas não vou mentir que fiquei com medo”, diz.

Pedro Mota, descobridor do Calypso que revelou Joelma e empresário de Xand no início de sua trajetória pós-Aviões, relembra a fase. “Todo o mercado se perguntava quem iria se dar bem: Xand ou Solange? E, na verdade, os dois fizeram sucesso”, comemora.

Xand diz que o período de apreensão não durou muito, é verdade. Rapidinho ele percebeu que sua carreira também decolaria sem Sol: “Isso durou dois meses. Meus fãs me pegaram no colo, me mostraram que ia dar certo, e eu nunca estourei uma música tão rápido quanto ‘Mãos Atadas’.”

Mota, que também gerencia a carreira de César Menotti e Fabiano, concorda. “Conseguimos colocar o Xand Avião em voo de cruzeiro e hoje ele vive um dos melhores momentos da carreira”, diz o empresário, que considera Xand “se não o melhor, um dos melhores cantores de forró”, contrariando o amigo e ex-parceiro.

Mas voltando ao Aviões, em tempos que as turnês de reunião fisgaram artistas como Titãs e NX Zero, quais são as chances de Xand e Sol cantarem sucessos como “Quem Ama Cuida” juntos novamente? “Vou responder o mesmo que a Sol já disse: eu nunca digo nunca. O Aviões está marcado na minha vida e na dela, eu devo muito a ela, e ela deve muito a mim. Durante 15 anos, fizemos história. Agora, com certeza, não. Mas quem sabe um dia?”

Para o futuro próximo, a única coisa certa é se manter equilibrando vida pessoal e trabalho. Um de seus próximos projetos é o “Xand’s Bar”, com regravações de sucessos de Milionário e José Rico, Alcione e Fagner, que ouvia em casa, com o pai, aos domingos.

“Gravei de brincadeira e ficou muito bom, melhor do que eu esperava. Não tem nada de forró, mas quero lançar logo”, diz.

A longo prazo, os planos são mais ambiciosos, mas totalmente possíveis.

“É muita audácia falar isso, mas eu quero ser lembrado, quando eu me for, como um cara que mudou o forró. Ou que pelo menos ajudou o gênero. Comandante do Forró não diria, mas quero ser o cara que teve uma parcela de culpa pelo sucesso do forró. Isso eu quero ser.”

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