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Vanessa da Mata revive os sucessos de Clara Nunes em espetáculo musical

Vanessa da Mata revive os sucessos de Clara Nunes em espetáculo musical

'A Tal Guerreira' estreia dia 02 de agosto no Teatro Bravos, em São Paulo

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Clara Francisca Gonçalves Pinheiro, a Clara Nunes (1942-1983) foi uma das intérpretes mais importantes da música brasileira. Venceu o preconceito das gravadoras, que nos anos 1970 acreditavam que “cantora não vendia disco” e lançou trabalhos primorosos, calcados em composições de sambistas lendários como Candeia (1935-1978), Cartola (1908-1980) e Nelson Cavaquinho (1911-1986), além de Chico Buarque e Paulo César Pinheiro –que foi marido de Clara.

Um dos queixumes dos admiradores da intérprete mineira é que, nos dias de hoje, ela não goza do mesmo status de suas contemporâneas. Diante dessa situação, o musical “Clara Nunes – a Tal Guerreira”, que estreia dia 02 de agosto no Teatro Bravos (São Paulo), vem a calhar. Dirigido por Jorge Farjalla (que também assina o texto ao lado de André Magalhães), ele tem como chamariz a presença da cantora e compositora Vanessa da Mata. no papel-título. “Está sendo uma preparação extremamente intensa. Acordo, tomo café e já tem uma  menina me ajudando com o texto”, diz Vanessa, falando sobre o desafio de viver a mineira no teatro.

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Clara Nunes possui uma trajetória curiosa. Sua entrada no mercado de discos se deu no final dos anos 1960, interpretando um repertório de boleros e samba-canções. A partir de 1971, ela se aproximou mais de samba ao registrar, em disco a composição “Ê Baiana”. de Fabrício Silva, Baianinho, Ênio Santos Ribeiro e Miguel Pancrácio. No mesmo ano, abraçou os ritmos-afro brasileiros, religião que a acompanhou até o final de sua vida –e que fazia questão de exibir nos programas de televisão, onde sempre se apresentava de branco. “Carla tinha um discurso doce e acessível e trouxe a cultura para um lado popular”, pontua Vanessa.

Conhecido por suas adaptações de “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” e recém-saído da experiência de dirigir Ana Carolina no show/tributo a Cássia Eller, Farjalla criou uma narrativa que destoa dos chamados “musicais biográficos” – e cujo desenvolvimento se assemelha a um jogral de escola. Por exemplo, ele começa com a morte de Clara –que sucumbiu a um bizarro acidente acidente cirúrgico, morreu de choque anafilático durante uma cirurgia de varizes. A partir desse momento, ela revê pessoas e os principais momentos de sua vida. “A gente tem de criar uma identida própria e fugir da cópia”, comenta o diretor. O palco será um barracão de escola de samba (Clara era Portela doente) estilizado, onde os atores se revezam o tempo inteiro em cena.

Cantar os principais sucessos de Clara, que tem no currículo clássicos da MPB como “O Canto das Três Raças”, “Conto de Areia” e “Morena de Angola”, não é uma tarefa fácil. Mas Vanessa, que já fez uma versão linda de “Juízo Final” (de Nelson Cavaquinho. e Elcio Soares), um dos cavalos de batalha do repertório da mineira, está pronta para o desafio. “Eu canto nos mesmos tons, mas meu registro é mais agudo e Clara tem um registro mais de peito, uma voz forte”, explica.
Que “Clara Nunes – A Tal Guerreira” recupere para o grande público a importância da intérprete mineira.

 

Temporada: de 02 de agosto a 29 de setembro de 2024

Horários: sextas às 21h, sábados às 17h e 21h, domingos às 16h e 20h

Duração: 120 minutos

Local: Teatro Bravos

Endereço: Rua Coropé, 88 – Pinheiros

Capacidade: 611 lugares

Classificação etária: 12 anos

Observação: Vanessa da Mata não fará as sessões dos dias 10, 16 e 24 de agosto. Dia 30 de agosto não haverá sessão.

Ingressos: www.sympla.com.br

 

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