São João da Thay inova no conceito e na missão do que é ser um festival no Brasil
Evento exaltou cultura do Nordeste e do Norte em dois dias de festa
Entre as praias e um calor um tanto quanto pegajoso que domina São Luís, capital do Maranhão, um evento de grande porte chamava atenção de longe com suas luzes. Chegando mais perto, o visual já era de impressionar: um palco triplo, construído junto, com três espaços de apresentação, e sem aquele velho toldo preto para encapar o local. Este dava espaço para um fundo de azulejos típicos dos encontrados no centro histórico da cidade. A união entre magnitude e história definem o que é o São João da Thay.
Fundado pela influenciadora Thaynara OG, de 32 anos, a sexta edição do evento filantrópico foi a maior até hoje, com dois dias de festa, uma parceria com o Criança Esperança, que receberá parte dos lucros do evento para projetos sociais pelo país (inclusive, é claro, no Maranhão), e até uma transmissão nas filiais da Globo no Nordeste e Norte. Nos dois dias de festa, cerca de 22 mil pessoas compareceram ao evento.
A programação foi extensa, com shows acontecendo desde o início da noite até o fim da madrugada. No entanto, ao chegar no evento, uma grade em especial era a mais disputada da festa: a do tapete vermelho. Com a missão de divulgar seu São João e, mais do que isso, a cultura maranhense, para que cada vez mais pessoas visitem o estado e conheçam sua cultura, Thaynara reune anualmente uma lista de celebridades incluindo influenciadores, atrizes e cantores, além da imprensa nacional para conhecerem a cidade e sua festa. O resultado foi um tapete vermelho que trazia nomes desde Sasha Meneghel e Deborah Secco até os ex-participantes do Big Brother Brasil mais recentes. Com milhões de impressões nas redes sociais, as fofocas e passeios desses famosos dominaram a internet, fazendo São Luís e o São João estarem em destaque por toda a semana.
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Apesar de, inicialmente, parecer que o público presentes nos dois dias de festa estavam prestando mais atenção nas celebridades do que nos shows, isso foi só uma questão de tempo. A programação era pra lá de eclética, com DJ sets, e shows de artistas locais, que começavam os trabalhos na noite. As apresentações da cultura maranhense estiveram presentes nos dois dias em horários variados na programação. Mesmo para os sudestinos presentes na área VIP do festival, que pareciam estranhar a “quebra de clima” entre shows, para assistir a uma apresentação tradicional, o encanto estava no público, que cantava em plenos pulmões as canções que cresceram ouvindo. Em questão de minutos, as músicas já estavam na boca dos convidados, e os stories admirando as apresentações estavam sendo gravados para milhões de pessoas.
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Foram momentos como o encontro entre Boi Caprichoso e Boi Garantido, na segunda noite de festa, que arrancaram lágrimas dos presentes que são naturais do Norte e do Nordeste. Com Fafá de Belém nos vocais, e a ex-BBB Isabelle Nogueira, cunhã-poranga do Garantido, dançando sua famosa toada, a cultura dessas regiões, por vezes ainda tão rejeitada pelo resto do país, ganhava um palco a sua altura, com a estrutura, convidados e olhos atentos para que o Brasil possa ser cada vez mais, de fato, Brasil.
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Os shows reforçaram essa mensagem, com nomes da região como a maranhense Pabllo Vittar, o cearense Wesley Safadão, o pernambucano Alceu Valença, e a paraense Zaynara, que apresentaram shows completos, mostrando a diversidade de histórias e sonoridades que podem ser semeadas de regiões e festas como a do São João da Thay que promete seguir crescendo, expandindo a cultura de diversos povos, enquanto entrega entretenimento, educação, e ajuda ao próximo.