Restart caminha para encerrar tour de despedida com sensação de ‘dever cumprido’
Banda se prepara para últimos shows da turnê de despedida
O momento do último adeus está chegando para a Restart. Depois de colocar o pé na estrada mais uma vez, com a turnê “Pra Você Lembrar”, eles preparam os dois últimos shows. Eles acontecem no Rio de Janeiro, em 19 de outubro, e em São Paulo, no dia 26.
Para além da tour, eles estão lançando versões ao vivo de faixas que, no passado, não se transformaram em singles, como “Nosso Rock” e “Poesia”. Cada uma das músicas foi gravada em cidades diferentes em que a Restart passou. “A gente segue interpretando esses sons, mas de uma forma mais madura. É uma unanimidade entre nós que somos músicos mais maduros”, conta Pe Lanza em conversa exclusiva com a Billboard Brasil. “As músicas são as mesmas, mas elas tem a nossa experiência, nossas vivências novas lá”, complementa Pe Lu.
O sentimento principal, que já está tomando conta da gente, é de dever cumprido.
Essa maturidade alcançada por eles, inclusive, trouxe um pouco mais de paz para a forma como o público os vê enquanto banda. Pe Lanza relembrou que, quando a Restart surgiu, eles sofreram com críticas duras sobre o rock que faziam (ou não faziam, como diziam os críticos). “A gente tem convivido com menos pressão. Nos sentimos mais livres e a vontade para ser do jeito que a gente é. Pelo fato de não sermos mais novidade no cenário, as pessoas revisitam a história com a gente com outros olhos”, disse. Para ele, o fato da banda não precisar “provar nada para ninguém” é o que traz esse senso de tranquilidade.
O novo momento da banda também é fruto do que cada um viveu nos 8 anos em que eles estiveram separados. Pe Lanza garante que eles mantiveram o contato neste período, mas cada um esteve envolvido em projetos separados. Quando o reencontro aconteceu, tudo fluiu naturalmente. “A gente respeita a individualidade de cada um, e isso foi um belíssimo ponto de partida”, opina ele. “Essa versão ‘Restart 3.0’ foi o melhor suco de ‘Restart’ possível”, brinca.
O encontro com o fim
A apresentação final da turnê de despedida da Restart acontece exatamente 10 anos depois do último show da banda. Segundo os meninos, essa efeméride não foi planejada.
“Foi uma coincidência”, confessa Pe Lanza. “Para a gente também foi maravilhoso descobrir que foi assim. Lá atrás, a gente nem sabia que seria o último show. O sentimento principal, que já está tomando conta da gente, é de dever cumprido. A gente deixou nossa história em aberto, não tivemos a oportunidade de nos despedir, os fãs ficaram órfãos, e a gente devia a eles e para nós esse presente.”
Apesar da data final estar cada vez mais próxima, eles já estão em clima de adeus há alguns meses. Para Pe Lu, em cada apresentação que fizeram, esse sentimento de ‘bye, bye’ ficou mais evidente. “Todas as vezes que vamos para uma cidade é a última vez, com exceção de algumas que temos duas apresentações. Todos os shows se tornam especiais porque eles batem nesse lugar. A ficha nem sempre cai na hora, a gente fica focado em entregar o show, mas quando a gente sai do palco, percebemos que tudo o que a gente viveu ali foi único. É muito especial. Todos os momentos, até agora, foram gigantes.”
Em São Paulo, eles prometem fazer um show maior e com músicas inéditas que foram pedidas pelos fãs. Apesar do coração apertado, e o sentimento de saudade, eles garantem: a Restart não vai morrer.