Quem faz shows no dia 10 de setembro no The Town?
Retorno de Bruno Mars, Pabllo, Jão e Glória Groove prometem agitar festival


O último dia de música no The Town vem encabeçado pela segunda apresentação de Bruno Mars no festival, mas com apresentações nacionais que poderiam facilmente brilhar no palco principal.
No palco Skyline, além do astro do dia, sobem ao palco H.E.R., Kim Petras e IZA. A cantora brasileira abre o dia, às 16h05, com um show baseado em seu mais novo álbum “Afrodhit”, produzido durante o período em que se separou do ex produtor e também ex-marido Sérgio Santos. K
im Petras chega ao Brasil pela primeira vez após ter angariado a simpatia do público verde e amarelo ao anunciar que gostaria de um feat com Pabllo Vittar. Petras foi a primeira trans a chegar ao topo do Billboard Hot 100 com a canção “Unholy” e se apresenta às 18h15. Quem fecha o palco é o rhythm and blues da californiana H.E.R..
Ela, que fez sua primeira aparição aos 12 anos, ao lado de Alicia Keys (!). Dois anos depois, assinou seu primeiro contrato. Após lançar o debute “Back Of My Mind”, em 2021, a cantora abriu os shows da banda Coldplay e, às 20h25, fecha o palco principal do The Town.
Palco The One
Apesar da grandiosidade do palco principal, é no The One que se concentram as grandes expectativas do último dia de festival. Por lá, tocam Jão, Glória Groove, Pabllo Vittar convidando Liniker e Jup do Bairro ,e Marina Sena. Cada qual a seu jeito, todas as atrações têm tido movimentos grandiosos na música pop brasileira.
A começar por Marina Sena, atração que abre o palco às 15h homenageando Gal Costa em um show que começou a ganhar forma desde que a cantora se reconhece como tal, pois muito fã. No programa TVZ, ela adiantou “Nuvem Negra”, de Djavan, que foi gravada por Gal em 1994.
Às 17h10, sobe ao palco Pabllo Vittar na companhia de Liniker e Jup do Bairro, um dos maiores encontros de todo o festival. O trio é basicamente um megazord da música pop brasileira liderado por uma das maiores popstars mundiais abrindo caminho para o R&B, samba, soul (e o hit “Baby 95”) de Liniker e com a força da performance de Jup do Bairro que, apesar de menos reconhecida que suas parceiras de palco, é uma das grandes revelações compositoras da música pop eletrônica do país.
A essa altura, olhos já estarão muito atentos para conferir, às 19h20, Glória Groove e a vermelha-bordô turnê “Lady Leste” que acumula as milhas dos voos da artista criada por Daniel Nepomuceno em feats com Anitta, Valesca Popozuda, DJ Biel do Furduncinho, MC Rogerinho, Ludmila, Ivete Sangalo, entre outros. Quem fecha o The One é Jão e você pode esperar uma histeria para as badaladas das 21h45 e para pequeninos spoilers da turnê “Super” que o cantor anunciou como “grandiosa” e estreia em janeiro de 2024.
Palco Factory
Xênia França, Tássia Reis, Cynthia Luz e N.I.N.A. se apresentam no palco Factory para aqueles que conhecem bem o que rola no lado B da música pop brasileira. Para os que não conhecem, é a chance de conferir quatro nomes que brilharam em alguns lançamentos recentes e, possivelmente, pipocaram em alguma playlist de quem está lendo.
Anteriormente N.I.N.A. do Porte, N.I.N.A. abre o palco, às 16h, com as prováveis adições do elogiado álbum “Pele” e do papo reto do seu hit “Oi, Sumido”. Seu flow faz ponte com trap carioca de forma nervosamente sexual. Cynthia da Luz é, à primeira vista, uma intrusa branca no line-up do palco, mas alguns fãs do rap gostam de brincar que, por causa da voz rouca da cantora, vale passar um pano. Ela apresenta seu EP “Afetoterapia” e, se pá, seus versos contidos nos Poesia Acústica #8 e #11, às 18h.
Às 20h, o bagulho fica mais louco. Tássia Reis sobe ao palco para atualizar, ao vivo, as melodias de “Próspera”, álbum lançado em 2019 e, em 2021, em sua versão remix “Próspera D+”. Vale ver se a cantora vai levar “Rude”, pancadão lançado ano passado em colaboração com EVEHIVE. Às 22h, é Xênia França a fechar o terreiro com o dourado de “Em Nome da Estrela”, álbum lançado em 2022. Com preguiça dos argumentos místicos, a cantora leva suas dúvidas holísticas e lisérgicas e também o hit “Pra Que Me Chamas” para encerrar o palco Factory.
Palco New Dance Order
Os bichinhos da noite que forem dar as caras à luz do dia no palco eletrônico do festival irão se encontrar com um monstro noturno da paulicéia, DJ Mau Mau. Com quase 35 anos de carreira, Mau Mau já foi residente de casas históricas como o Lov.e e esteve em momentos marcantes como o Skol Beats de 2002.
Às 15h30, o DJ se apresenta juntamente com Etecetera para um B2B com foco em suas pesquisas de house e disco. Logo depois, às 16h45, quem sobe ao palco é Paradise Guerrilla, trio eletrônico que emula estética tech-gorillaz.
O duo Lion Babe traz o house-soul de Nova Iorque pela primeira vez ao Brasil. Show pra ouvir com a tacinha de drink na mão às 18h05. A vibe começa a ficar mais disco às 19h50 com os vocais de Danielle Moore sob a condução de Crazy P.
Mas é a partir das 21h25 que o caldo tende a entornar de vez: o brasileiro Gui Boratto se apresenta com o londrino Darren Emerson juntando as experimentações hipnóticas que flutuam do acid house britânico ao progressive house. E quem fecha o palco é a festa pancada das idéias ODD, comandada pela intimidade dos co-fundadores Davis, Vermelho e Zopelar. O trio se apresenta às 23h30 para uma amostra gigantesca do que a festa faz, desde 2014, na noite de São Paulo.
Palco São Paulo Square
Como já de praxe, quem abre os trabalhos desse palco são os 19 músicos da jazzística São Paulo Big Band. Das 15h às 16h30, eles tocam abrindo passagem para mais um momento na companhia de Luciana Melo e Jesuton. Quem não estiver nas vibes de Kim Petra ou Cynthia Luz, pode conferir a cantora Mônica Salmaso se apresentando com a Banda Mantiqueira.
A junção rola às 18h30 e deve arrastar o cancioneiro querido de Mônica (Chico Buarque, Dorival Caymmi, Chico César) com o repertório encontrado no álbum em que gravaram com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), em 2007, que contou com canções de Caetano Veloso, Noel Rosa, João Bosco, Tom Zé e Ernesto Nazareth. Quem fecha o palco é o sorridente baixista Richard Bona. O camaronês faz acordes de suíngue em tom maior e deve fazer a alegria de quem, em meio a beats da música pop, poderá deixar o festival com um gostinho da metaleira poderosa que acompanha o baixista e cantor.