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Pedro Bial: ‘O samba é como o ar que respiramos: está sempre presente’

Pedro Bial: ‘O samba é como o ar que respiramos: está sempre presente’

O jornalista e apresentador mostra seu gosto eclético numa playlist exclusiva

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pedro bial

Pedro Bial tinha 4 anos e já era dotado de curiosidade de repórter. Encafifado com o tanto que sua irmã adolescente se trancava no quarto, ele a acompanhou para entender o porquê das sessões, digamos, secretas –que nada mais eram do que audições de “She Loves You”, sucesso dos Beatles do início dos anos 1960. “Foi uma paixão que dura até hoje”, diz ele, em entrevista à Billboard Brasil. O encanto definitivo, contudo, se deu com o lançamento do filme “Submarino Amarelo”, em 1968. “A psicodelia é uma coisa que eu curto até hoje como arte e terapia psiquiátrica neuroquímica. Acho que psicodélicos ajudam muito a vida da gente”, completa.

Jornalista, poeta, correspondente internacional, apresentador do “Big Brother Brasil” e atualmente âncora do “Conversa com Bial” e do recém revivido “Linha Direta”, Pedro é o que se pode chamar de um profissional eclético.

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O mesmo adjetivo se aplica às suas conexões musicais. O universo erudito, por exemplo, surgiu graças ao cinema. O futuro jornalista ficou tão impactado com “2001: Uma Odisseia no Espaço”, que se apaixonou por “Assim Falou Zaratustra”, poema sinfônico de Richard Strauss (1864-1949) que surge num dos momentos cruciais do filme de Stanley Kubrick, em 1968. “Fui apresentado à música erudita ali.”

“Missa Leiga”, disco de cânticos africanos, foi sua introdução ao universo do samba. “É algo tão presente na nossa vida que às vezes não o valorizamos como ele merece. É como o ar que a gente respira”, reconhece. Aliás, Theo, filho de Pedro com a atriz Giulia Gam, é sambista. “Canta lindamente”, diz o pai.

O blues chegou por meio do amigo Cazuza. “Na adolescência, a gente saía de noite cantando blues. Muito tempo antes de ele pensar em ser cantor”, entrega.

David Bowie, por fim, é outra influência marcante. “Aqueles solos de guitarra do Mick Ronson… Foi assim que percebi que a música, como literatura, provoca reações físicas”, diz Pedro, que chegou a entrevistar Bowie nos anos 1990, quando o cantor inglês tinha acabado de lançar “Black Tie, White Noise”. “Era uma época em que me levava muito a sério, então fui comedido. É claro que ele percebeu que eu sabia tudo dele e tal, mas eu não disse para ele que eu amava. Ele foi maravilhoso comigo.”

Com Maria Prata, Pedro Bial teve Laura, de 6 anos, cujo nome foi uma homenagem à bisavó –além disso, seu nascimento fez Bial lembrar de Beethoven. “Foi por causa da respiração dela, logo ao nascer.” Dora, de 4 anos, teve seu nome escolhido por conta de uma canção de Dorival Caymmi. E ambas escutam… Beatles! “Um disco da Rita Lee interpretando Beatles”, encerra.

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