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Oruam é detido após blitz no Rio

Oruam é detido após blitz no Rio

Funkeiro de 23 anos foi encaminhado para delegacia nesta quinta-feira (20)

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Oruam

O funkeiro e rapper Oruam, 23, foi encaminhado para uma delegacia na Barra na Tijuca, no Rio, após ter sido parado em uma blitz nesta quinta-feira (20).

A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do artista.

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“Em resposta a demanda da imprensa, a Assessoria de Comunicação do rapper Oruam confirma que, nesta quinta-feira (20), o artista foi encaminhado à 16ª Delegacia de Polícia Civil, na Barra da Tijuca (RJ), após ter sido parado em uma blitz”, diz o comunicado.

Segundo o “g1”, Oruam tentou manobrar o carro pela contramão para evitar a abordagem policial.

Segundo informações do jornal “O Globo”, o rapper foi levado para o 16º Distrito Policial e autuado por direção perigosa. A fiança foi estipulada em mais de R$ 60 mil, equivalente a 40 salários mínimos.

Em imagens que circulam na internet, o rapper aparece em um camburão da polícia – veja abaixo.

O funkeiro está trabalhando no primeiro álbum de estúdio. O disco terá participações de artistas como Borges e Orochi.

A principal temática do álbum será a liberdade.

A polêmica envolvendo a lei ‘anti-Oruam’

No dia 10 de fevereiro, Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, disse que, por ter “bom gosto para música”, nunca ouviu a música desse cara. O cara em questão era Oruam e o gênero pelo qual o chefe do Executivo da maior cidade do país não demonstrou muita simpatia era o funk.

Nunes respondia uma pergunta sobre o projeto de lei de autoria da vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil). A proposta de lei diz:

“Proíbe a contratação de shows, artistas e eventos abertos ao público infantojuvenil que envolvam, no decorrer da apresentação, expressão de apologia ao crime organizado ou ao uso de drogas e dá outras providências”.

Na justificativa, a vereadora destaca que “não pode o Poder Público institucionalizar expressões de apologia ao crime organizado ou ao uso de drogas por meio de contratações artísticas em eventos com acesso ao público infantojuvenil”.

Vettorazzo não cita Oruam ou qualquer outro artista, muito menos um gênero musical. No entanto, nas redes sociais, a vereadora divulgou sua cruzada contra “o funk criminoso” afirmando que tem o desejo de impedir que Oruam se apresente – a própria chamou o projeto de “Lei Anti-Oruam”.

Após ganhar tração na internet, o projeto ganhou “cópias” por diversas casas legislativas do país, incluindo a Câmara dos Deputados.

Um dos grandes nomes do funk/trap nacional, Oruam não é conhecido por músicas que façam apologia ao crime, como sugere a vereadora.

Na verdade, seus grandes sucessos, como “Oh Garota Eu Quero Você Só Pra Mim”, música mais ouvida do país segundo o Billboard Brasil Hot 100, versam mais sobre carros, mulheres e coisas que o dinheiro compra.

O fato nessa história é que Oruam é filho do traficante Marcinho VP. No entanto, até a publicação desta reportagem, o Código Penal não criminalizava filhos de criminosos pelo simples fato de serem filhos de criminosos.

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Oruam homenageia o pai, Marcinho VP, durante show no Lollapalooza em 2024 (Brazil News)

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