Meu nome é Gal: o que é ficção e o que é real?
Produção estrelada por Sophie Charlotte está em exibição nos cinemas
O filme “Meu nome é Gal” estreou nos cinemas brasileiros na última quinta-feira (12), e mostra Sophie Charlotte dando vida a Gal Costa, um dos nomes mais icônicos da MPB.
A produção é ambientada entre os anos 1967 e 1971, que marcaram o início da carreira da cantora. Desde o momento em que ela decide deixar de lado o nome Maria Graça Costa Penna Burgos — a Gracinha — para se tornar Gal Costa, até a estreia do espetáculo “Fa-Tal — Gal: a Todo Vapor”.
Um dos pontos mais abordados no filme é a amizade de Gal com Caetano Veloso (Rodrigo Lelis), Gilberto Gil (Dan Ferreira) e Maria Bethânia (Dandara Ferreira), e o enfrentamento deste grupo de artistas à Ditadura.
O que é ficção e o que é realidade?
O recorte do longa se mantém apenas no início da trajetória de Gal, e mostra o conflito que a artista vivia em se posicionar politicamente. Ela chegou a se afastar do tema ditadura, mas mudou de ideia quando Caetano e Gil foram exilados em Londres após sofrerem com uma perseguição política.
A sexualidade de Gal também foi levada em conta no longa das diretoras Lô Politi e Dandara Ferreira. No longa, ela se relaciona tanto com homens como mulheres. Em determinada cena, ela se recusa a falar da vida amorosa em uma entrevista — atitude recorrente na vida da artista.
A relação de Gal com outros nomes da música brasileira naquele período, como Rita Lee, que é apenas citada por segundos, e a própria Maria Bethânia. Vivida por uma das diretoras do longa, ela aparece brevemente.
O filme, que recebeu o aval de Gal Costa ainda em vida, também evita relações polêmicas da artista com empresários, além da relação conturbada que viveu com a viúva, Wilma Petrillo.