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Os 50 melhores discos brasileiros (até junho), segundo a Billboard Brasil 

Os 50 melhores discos brasileiros (até junho), segundo a Billboard Brasil 

50 melhores discos até junho - BIllboard Brasil

Esta não é uma corrida, nem um ranking. Não tem primeiro nem último lugar. A lista de discos a seguir é fruto da escuta atenta — e apaixonada — da equipe da Billboard Brasil no primeiro semestre de 2025. Reunimos aqui os 50 álbuns que mais nos marcaram, emocionaram ou fizeram pensar, todos lançados entre janeiro e junho deste ano. Uma curadoria coletiva que valoriza a diversidade de sons, vozes e propostas que movimentaram a música neste ano até agora. No final da matéria, você encontrará uma playlist recheada com músicas desses álbuns. Desfrutem:

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1. BaianaSystem – “O Mundo Dá Voltas”

O Mundo Dá Voltas – BaianaSystem

Esse é o primeiro álbum da banda após a pandemia. Por isso, o disco celebra a volta dos encontros e dos abraços com as pessoas — e, também por isso, justifica-se o fato de ser inteiramente colaborativo. Não faltam participações muito especiais: Gilberto Gil, Pitty, Anitta, Antonio Carlos & Jocafi, Dino D’Santiago, Melly, Emicida, Seu Jorge, Orquestra Assinfônica, Manoel Cordeiro e a atriz Alice Carvalho. No novo caldeirão de músicas, há muito de autorreferência, especialmente aos álbuns “Duas Cidades” (2015) e “O Futuro Não Demora” (2019). Porém, desta vez, os hits têm alguns BPMs a menos. Misture tudo com dub, religiões de matriz africana, pitadas de bolero, ancestralidade, raggamuffin, crítica social, punk de roda, identidade, brega — e temos, sim, um baita disco. E mesmo usando um superlativo para defini-lo, há quem diga que queria mais de “O Mundo Dá Voltas”. Tudo bem. Aqui, a expectativa é alta mesmo. Afinal, o grupo soteropolitano une o melhor do Brasil. (Alexandre de Melo)

2. BK’ – “Diamantes, lágrimas e rostos para esquecer”

BK-Diamantes-Lagrimas-e-Rostos-para-Esquecer-2025

Segundo o filho pródigo da Cidade de Deus, Abebe Bikila (nome de batismo de BK’), “DLRE” é um autorretrato que coloca o dedo em suas próprias feridas. Porém, ele faz isso homenageando seus mestres. Profundamente brasileiro, o álbum, com suas 16 faixas, conecta as identidades do país por meio de vozes como Luedji Luna, Luciana Mello, Borges e Evinha. E vai além dos samples de Djavan, Milton Nascimento e Trio Mocotó. Conta também com Pretinho da Serrinha, Fye, o suingue black de Melly, o groove melódico da Fat Family e o trap do MC Maneirinho. O curta-metragem homônimo foi gravado na Etiópia e é um lindo tratado sobre desprendimento e determinação. Assista aqui. Com BK’, o rap veste a verdadeira camiseta da seleção brasileira — com orgulho da face moderna e ancestral negra. Sim, temos um clássico do rap nascido em 2025. (Alexandre de Melo)

+Leia mais: Evinha, após ser sampleada em álbum de BK’: ‘A ficha não para de cair’

3. Cuteboyz – “Badista”

"Cuteboyz" EP Badsista

Um belo retrato do que está acontecendo na música eletrônica hoje no Brasil. Este EP do produtor e DJ paulistano Badista é como um roadshow da atual mistura de funk, techno e electro que tem feito a cabeça de quem frequenta festas do underground no país. A faixa de abertura, “SPDRIP”, serve como trilha sonora de toda uma geração que sai à noite (ou a qualquer hora) e abraçou essa mistura de gêneros da eletrônica com o nosso beat originário — o funk — com força e sem preconceito. Um registro excelente que não pode passar batido pela sua festinha. (Claudia Assef)

4. FBC – “Assaltos e Batidas”

“Assaltos e Batidas” - FBC

Fabricio Soares Teixeira, mais conhecido como FBC, é um rapper e compositor brasileiro que ganhou manchetes nacionalmente com o álbum “Baile”, de 2021 — na realidade, um álbum de funk. Esse vai-e-vem de estilos é uma das marcas registradas de Fabricio, que nasceu cria do rap e fez sucesso com hinos como “Quando o DJ Toca” e “Se Tá Solteira”. Depois, chegou com tudo na disco music com o ótimo disco “O Amor, o Perdão e a Tecnologia Irão nos Levar para Outro Planeta”. Neste 2025 que tem flertado forte com os anos 1990, Fabricio retorna fazendo rap com jazz, trazendo forte influência de Cypress Hill e dos primórdios da carreira solo de D2. Sem falar das letras — sempre cortantes e sinceras —, das bases e dos samples espertíssimos. Um discão. (Claudia Assef)

5. Jota.pê – “Se O Meu Peito Fosse O Mundo” (Ao Vivo)

Se Meu Peito Fosse o Mundo (Ao vivo) – Jota.pê

Após conquistar três prêmios no Grammy Latino, a ousadia de Jota.pê foi mostrar como esse disco soa ainda mais potente com uma numerosa e poderosa banda ao vivo. A voz grave e o violão afiado ainda estão lá em “Ouro Marrom”, por exemplo. No entanto, o coro realça ainda mais a beleza da melodia e da letra amorosa, que sonha com um futuro livre das feridas abertas pelo racismo. Ou como diz a letra: “Todo choro de rancor se apague”. O registro audiovisual mostra um artista feliz com a celebração de sua música ao lado de seus pares — tanto que ele até arrisca uns passos de dança sem a “proteção” do violão, seu fiel companheiro. O esquadrão musical de metais, percussão, guitarras, baixos e coro se soma às músicas, que ficam mais dançantes para quem é de baile e mais amorosas para quem é do dengo. Jota.pê sabe que está vivendo um dos grandes momentos da sua vida — e convida todos para participarem desta festa. (Alexandre de Melo)

+Leia mais: Jota.pê fala sobre fama pós-Grammy: ‘Carla Perez me mandou mensagem’

6. Luedji Luna – “Antes Que a Terra Acabe”

ANTES QUE A TERRA ACABE

“Antes que a terra acabe, quero me acabar nela”, diz o refrão de “Apocalipse”, balada com Seu Jorge, produzida por Arthur Verocai e Fejuca, que abre o novo disco de Luedji Luna, “Antes Que a Terra Acabe”. Lançado em junho de 2025, poucos dias depois da estreia de “Um Mar Pra Cada Um” — também ótimo, por sinal —, e que foi o último de três mergulhos profundos, com início em “Bom Mesmo É Estar Embaixo D’água” (2020) e continuação na versão “Deluxe” (2022). Juntos, eles compõem uma trilogia das águas e, talvez, por isso, na sequência (e quase de imediato), Luedji parece surgir revigorada para desfrutar a superfície. “Antes que a terra acabe” soa, então, como uma celebração. Com beats de neo soul, jazz e hip hop, sem abrir mão da ancestralidade sonora que marca a artista baiana, o disco convida ao movimento com sofisticação. Milton Nascimento surge ao fim de “Mara”, em solfejo delicado, como um sopro de bênção. Há ainda rimas certeiras de Mc Luanna (Brasil) e Rapsody (EUA), um dueto de bossa nova com a imensa Alaíde Costa em “Bonita”, e arranjos de ninguém menos que Robert Glasper (EUA). Um disco-evento. Vista sua melhor roupa e dê o play! (Lígia Hipólito)

7. Marina Sena – “Coisas Naturais”

Coisas-Naturais - Marina Sena

Nascida em Taiobeiras, Minas Gerais, Marina Sena surgiu na cena da música brasileira de forma explosiva, com o sucesso de “Por Supuesto”. Para quem dizia que ela poderia se tornar uma daquelas one hit wonders, ela tem provado cada vez mais o contrário — especialmente em “Coisas Naturais”, seu terceiro álbum. Uma voz mais madura, letras gostosinhas para mandar pro crush e batidas interessantes, daquelas que não dá pra ficar parado. (Bruna Calazans)

8. Mateus Aleluia – “Mateus Aleluia”

Mateus Aleluia - Mateus Aleluia

Seu Mateus disse que o álbum que carrega seu nome foi o mais confortável de se fazer. Em movimentos sinfônicos — muitos deles ultrapassando 10 minutos de duração — conduzidos pelo produtor Tadeu Mascarenhas e pela poeta, cineasta e também produtora Tenille Bezerra, o compositor navega em suítes que mais parecem as águas do Rio Paraguaçu — líquido amniótico que fez surgir a música de Aleluia e que conecta sua Cachoeira, na Bahia, aos melhores lançamentos de 2025. (Yuri da BS)

9. Menores Atos – “Fim do Mundo

“Fim do Mundo"- Menores Atos

“Fim do Mundo”, do trio carioca Menores Atos, é uma explosão emocional de rock alternativo que traz letras intensas sobre ansiedade, esgotamento e esperança. O disco explora sonoridades novas na discografia da banda, como os ritmos eletrônicos em “Nem choro, Nem festa” e “Furacão”. O rock brasileiro está vivíssimo. (Isabela Pacilio)

10.Mu540 & Kyan – “DOIS Quebrada Inteligente”

“DOIS Quebrada Inteligente” - Mu540 & Kyan

Nos anos 1990, o É O Tchan lançava um som que, segundo o grupo, era a mistura do Brasil com o Egito. Em 2025, Mu540 & Kyan apresentam em “DOIS Quebrada Inteligente” uma fusão entre os Estados Unidos e o Brasil — mas com um pé na quebrada. O álbum combina referências da música eletrônica gringa (como a house de Chicago, o bass de Miami e o trap de Atlanta) com o funk brasileiro e seus múltiplos sotaques. Neste projeto, dois dos nomes mais estrelados da cena paulistana trazem o mandelão — estilo consagrado nos bailes de SP — com o molho do trap e da club music. O gênero trap ganha ainda mais força no disco com participações ilustres, como Veigh, Djonga, KayBlack e Triz. (Claudia Assef)

11. Papatinho – “MPC”

 “MPC” - Papatinho

Produtor musical das estrelas, beatmaker visionário e fundador do selo Papatunes, Papatinho não só molda hits para nomes como Anitta, Seu Jorge, Marcelo D2, Xamã, Marília Mendonça e Péricles, como também constrói uma carreira solo onde pesquisa musical, técnica e bom gosto se fundem com maestria. A prova definitiva? Seu álbum autoral “MPC” (Música Popular Carioca), um tributo ao funk dos anos 1990 que dispensa algoritmos e modismos — a essência é humana, e o resultado, genial. Com 11 faixas e um line-up digno de festival (de TZ da Coronel a Anitta, passando por Kevin O Chris, Xamã, MC Carol, Furacão 2000, Fernanda Abreu e MC Cabelinho), o disco é uma viagem no tempo que resgata a batida crua dos bailes, mas com a precisão de quem domina o presente. O detalhe que eleva a obra à categoria de experiência: o lançamento foi orquestrado como um falso programa de auditório dos anos 1990, com apresentador histriônico (o ótimo Paulinho Serra), dançarinas, plateia e os próprios artistas recebidos no palco — todos vestidos a caráter, em sintonia com a nostalgia do projeto. Papatinho não brinca em serviço. (Claudia Assef)

 12. Rachel Reis – “Divina Casca” 

“Divina Casca” – Rachel Reis

Este é o segundo trabalho da baiana Rachel Reis, em que ela traz uma mistura de pagodão, arrocha, MPB, samba e jazz — tudo bem selado pela voz sedosa da cantora de 28 anos. Para engrossar o caldo, ela convidou BaianaSystem, Don L, Nêssa, Rincon Sapiência e Psirico para parcerias autorais que mantêm a régua do seu repertório lá em cima. (Bruna Calazans)

13. Raquel –  “Não incendiei a Casa por Milagre”

 “Não incendiei minha casa por Milagre” – Raquel

Um disco cru, visceral, de rock’n’roll. Esse foi o pedido de Raquel ao convidar Moreno Veloso para produzir seu novo álbum. Missão dada, missão cumprida com primor. O álbum da ex-As Bahias e a Cozinha Mineira, que antes assinava como Raquel Virgínia, é visceral, forte e anestesiante como uma cachaça de jambu. Tem letras regadas à raiva que, segundo a cantora, foi a força que a fez lançar este disco, totalmente inspirado nas aspirações mais roqueiras de Gal Costa. Um álbum que entrega o feeling de ter sido gravado ao vivo, com todos os (ótimos) músicos juntos no estúdio. Ponto alto é a regravação de “Vidinha”, de Rita Lee, e “Carne dos Meus Versos”, composição de Raquel da época das Bahias. (Claudia Assef)

  14. Seu Jorge – “Baile à La Baiana”

 “Baile à La Baiana” – Seu Jorge

O disco feito em colaboração com os percussionistas baianos Peu Meurray e Magary Lord traz 11 faixas: seis composições inéditas e cinco músicas já gravadas por nomes da Bahia entre 2012 e 2021. No entanto, ao contrário do que o nome do álbum indica, na primeira parte temos a trupe de Seu Jorge, o Conjuntão Pesadão, mostrando muitas referências dos sopros, do samba rock e do suingue de Tim Maia, Jorge Ben e do próprio Farofa Carioca. Já na segunda parte, temos a percussão, o Chula, o Semba e o Black Samba característicos da Bahia. No todo, a soma tem tudo o que é preciso para esquentar pistas, salões e festivais. (Alexandre de Melo)

15. Stefanie – “Bunmi” 

 “Bunmi”– Stefanie

A espera valeu: Stefanie lançou o primeiro álbum da carreira, “Bunmi”. A rapper de Santo André, região metropolitana de São Paulo, registrou seus momentos de conflitos e vitórias dos últimos 20 anos em dez faixas. Ela rima sobre maternidade, racismo, perdas na família, espiritualidade, vivências na capital paulista, saúde mental e a paixão pelo hip-hop. “Bunmi” teve produção de Daniel Ganjaman e Grou. Entre as participações especiais estão Luedji Luna, Emicida, Rashid, Nega Gizza e mais.(Isabela Pacílio)

16. Vanessa Moreno e Salomão Soares – “Outros Ventos”

"Outros Ventos" - Vanessa Moreno e Salomão Soares

Quem ouve certamente entra em um transe hipnótico com a voz, a percussão corporal e o remelexo de violão únicos de Vanessa Moreno. Mas, desta vez, ela está acompanhada do suingue e da densidade ímpar das teclas de piano de Salomão Soares. Ambos convidam o ouvinte a experimentar um menu conhecido, porém com outros temperos. É o caso das novas roupagens de “Drão” (Gilberto Gil, 1982), “Chiclete com banana” (Gordurinha e Almira Castilho, 1958), “Sapato velho” (Mu Carvalho, Claudio Nucci e Paulinho Tapajós, 1978) e “Um dia, um adeus” (Guilherme Arantes, 1987). O sal nesses pratos é o improviso jazzístico, que às vezes convida para brincadeiras rítmicas e, às vezes, pede licença para mergulhar no profundo das harmonias ousadas. Chico César participa e dá a bênção para a recriação de sua “Béradero” (1991). (Alexandre de Melo)

+Leia mais: Gilberto Gil faz 83 anos: as histórias por trás de 10 grandes letras

17. Ventura Profana – “Todo Cuidado é Pouco”

“Todo Cuidado é Pouco” – Ventura Profana

A multiartista baiana Ventura Profana já foi pastora — e, quando nessa condição, desafiou sua própria história ao se ver reinventando táticas que antes serviam para sobreviver e, com o amadurecimento da obra, passaram a falar também sobre usufruto e, inclusive, sobre usufruir. A catarse de seus shows, agora, está toda registrada em louvores neste “Todo Cuidado É Pouco”, seu melhor trabalho desde o EP “Traquejos Pentecostais Para Matar o Senhor”, de 2020. (Yuri da BS)

18. Vera Fischer era Clubber – “VERAS 1”

Vera Fischer era Clubber – “VERAS 1” 

A banda carioca Vera Fischer Era Clubber emerge como uma das revelações mais eletrizantes do underground nacional, conquistando plateias com performances ao vivo que transbordam energia e letras que grudam na memória. Misturando electro, punk e cold wave, com um pé no electroclash dos anos 2000, o grupo bebe de referências como NoPorn, Letrux e Cansei de Ser Sexy, mas cria uma identidade própria — ácida, divertida e visceral. No centro do furacão está Crystal, vocalista que comanda o palco com a presença de uma bandleader afrontosa. Entre spoken word e cadências que beiram o hipnótico, ela cospe letras que passeiam pela vida noturna, pelo cotidiano carioca (como em “Altinha”) e por homenagens à cultura pop — com a própria Vera Fischer servindo de musa inspiradora na faixa-título. Mais do que um projeto musical, a banda é um sopro de loucura necessária em tempos de produções excessivamente polidas. (Claudia Assef)

19. João Gomes – “Do Jeito que o Povo Gosta”
Do Jeito que o Povo Gosta - João Gomes

Indo de Zé Neto e Cristiano a Pepeu Gomes, João Gomes apresenta “Do Jeito Que O Povo Gosta” em um ano que já havia sido marcado pelo lançamento de “Dominguinhos”. Curiosamente, o compositor acerta desde o nome. Se “Dominguinhos” acena com carinho ao mainstream e ao público mais afastado do forró, “Do Jeito Que O Povo Gosta” cola bem no público que gosta é da poeira subindo. Lutando contra os sintomas ruins da fama que se apossaram demais de João Fernando Gomes, o cantor está 100% à vontade depois de confessar à Billboard Brasil que transformar-se em artista não foi uma batalha gostosa. (Yuri da BS)

20. Sambabook Beth Carvalho 

Sambabook da Beth Carvalho

Sob a direção musical de Alceu Maia, o “Sambabook Beth Carvalho” reúne 32 artistas, entre cantores e instrumentistas, para celebrar as canções da grande Madrinha do Samba. O projeto é uma verdadeira ode ao mais brasileiro dos ritmos, resgatando o legado de Beth Carvalho, conhecida por impulsionar uma geração de bambas. Um dos afilhados, o grupo Fundo de Quintal, em sua formação atual, participa com a faixa “Samba no Quintal”. O álbum ainda traz interpretações marcantes como: Péricles em “Fogo de Saudade”; Ferrugem em “Água de Chuva no Mar”; Leci Brandão em “Samba de Arerê”; Jorge Aragão em “Pedaço de Ilusão” — composição sua junto a Sombrinha e Jotabê, que fez sucesso na voz de Beth. Idealizado e produzido pela Musickeria, o projeto Sambabook celebra grandes nomes da música brasileira. A edição dedicada a Beth Carvalho é a sexta da série, que inclui álbum, conteúdo audiovisual e turnê — uma releitura que reverbera o coração e a alma da música que ela nos deixou. (Lígia Hipólito)

21. Negra Li – “O silêncio que grita”

O silêncio que grita - Negra Li

Negra Li, que iniciou sua carreira no grupo de rap RZO, chega aos 30 anos de trajetória entregando sua maturidade artística em “O Silêncio que Grita”, um álbum que evoca todas as suas vozes. Ao longo das faixas, suas rimas percorrem temas como identidade, resistência, espiritualidade e afetos, com lirismo e força. A musicalidade costura rap, R&B, reggae e elementos brasileiros de maneira única. O uso da voz é um destaque: versátil, Negra Li alterna entre o canto melódico e seu flow peculiar. As participações são pesadíssimas: Liniker em “Direito de Amar”, Gloria Groove em “Retrovisor” e Djonga em “Olha o Menino 2.0”. No mais, a cantora entrega um álbum coeso, maduro e necessário. É a afirmação de uma trajetória que segue pulsando, atual e relevante. (Lígia Hipólito) 

22. João Gomes, Mestrinho e Jota.pê – “Dominguinho”   

Dominguinho - João Gomes, Mestrinho e Jota.pê

“Dominguinho” é um abraço em forma de som, uma tarde ensolarada que se estende em doze faixas gravadas no Sítio Histórico de Olinda (PE). João Gomes, Jota.pê e Mestrinho entregaram um álbum que transpira cumplicidade, brasilidade e leveza. A sanfona de Mestrinho dança com os violões de aço de Jota.pê e Vanutti, enquanto a percussão inventiva de Gilú Amaral cria um clima de roda entre amigos. A voz grave de João marca como um contrabaixo e se soma com harmonia aos outros timbres: Jota.pê, com sua suavidade aveludada; Mestrinho, com um calor que vem do folk e do forró. Entre inéditas e releituras — como o medley “Mete Um Block Nele / Ela Tem” e a delicada versão de “Pontes Indestrutíveis” — o álbum equilibra suavidade e força. Em “Flor”, composição de Mestrinho, o disco encontra seu momento mais terno. “Dominguinho” é um respiro: feito para ouvir sem pressa, sentir com o corpo inteiro e deixar a música fazer morada. (Lígia Hipólito)


23. Don L – “CARO Vapor II – qual a forma de pagamento?” 

 CARO Vapor II  - Don L

O projeto dá continuidade à mixtape “Caro Vapor / Vida e Veneno de Don L” (2013) e amplia o diálogo do rapper com outras sonoridades do Sul Global — tema central do trabalho. Com 15 faixas, o álbum mistura rap com ritmos brasileiros e faz referências à MPB. A obra também aborda temas como o capitalismo tardio. Entre as participações estão Fernando Catatau, Alice Caymmi, Alt Niss, Anelis Assumpção, Giovani Cidreira e Luiza Lian. (Guilherme Rocha)

24. Selvagens à Procura de Lei – “Y” 

 Y - Selvagens à Procura da Lei

Selvagens à Procura de Lei voltou aos palcos com nova formação e disco novo, “Y”. As 12 faixas relatam o que o vocalista, Gabriel Aragão, antecipou em comunicado à imprensa na época do lançamento em maio. “Depois de ter tomado a decisão de dar um tempo na banda, no ano passado, me recolhi das redes sociais e mergulhei fundo escrevendo música atrás de música. No início, era questão de sobrevivência: eu tinha que escrever aquelas músicas, colocar para fora o que eu estava sentindo, toda a minha dor”. Muito rock, guitarra, muita raiva e desabafos. Delícia de ouvir. Destaque para as faixas “Melhor Assim” e “Pessoas Invisíveis”. (Isabela Pacilio)

25.  Irmãs de Pau – “Gambiarra Chic, Pt. 2”

 Irmãs de Pau

O que seria da vida sem uma sucessão infinita de gambiarras? Quase nada. É com essa energia de aceitar (e subverter) o destino que as Irmãs de Pau criam o irreverente “Gambiarra Chic”. Sem papas na língua e sem medo de dizer a real, o álbum celebra a ascensão da dupla que conquistou a cena underground com “Shambaralai”, enfrentando a transfobia do mercado. Ao lado delas, somam forças nomes como Ebony, Ventura Profana e Duquesa. (Bruna Calazans)

26.  Thalles Roberto – “Avenida do Arrependimento”

Avenida do Arrependimento - Thalles Roberto

Thalles Roberto é um dos nomes mais interessantes da música gospel brasileira. Com uma voz cheia de groove, ele costuma sair um pouco dos singles puramente contemplativos e traz letras de fé misturadas com energia. Para a primeira parte deste trabalho, o cantor foi além em sua ousadia: convidou Jorge, da dupla com Mateus, para cantar a faixa-título. A soma de duas vozes poderosas —mesmo que de gêneros totalmente opostos— resultou em um dos lançamentos mais bonitos do ano. (Bruna Calazans)

27.  Zé Neto e Cristiano –  “Magia das Estrelas, Vol. 1 (Ao Vivo)”

Magia das Estrelas - Zé Neto e Cristiano 

Zé Neto e Cristiano estão na estrada há 10 anos, com uma trajetória de sucesso e muitos, mas muitos hits. Para comemorar, lançaram o acústico “Magia das Estrelas”, com um clima mais intimista e pessoal. O nome do projeto é uma homenagem à primeira música que fizeram juntos, quando tudo ainda era um sonho distante. O grande destaque é “Escondendo o Ouro”, uma romântica de rasgar o coração. (Bruna Calazans)

28.  Henrique e Juliano – “Manifesto Musical 2 (Ao Vivo)”

Manifesto Musical 2 - Henrique e Juliano

Quando a dupla Henrique e Juliano lançou a primeira versão do “Manifesto Musical”, em 2022, eles cravaram seu nome como um dos principais nomes do sertanejo. Agora, ao lançarem a segunda versão do projeto, deixaram isso ainda mais claro. Inspirados por histórias de coração partido e vontades de viver um novo amor, eles criaram uma seleção de músicas que se transformaram em hits atemporais rapidamente, daquelas que os fãs reclamam se eles não cantam. (Bruna Calazans)

29.  Sorriso Maroto  – “Sorriso Eu Gosto No Pagode Vol. 3 – Homenagem Ao Fundo de Quintal (Gravado Ao Vivo)”

Sorriso Eu Gosto, Vol III - Sorriso Maroto  

Gravado no icônico Abbey Road, em Londres, “Sorriso Eu Gosto No Pagode Vol. 3 homenageia o Fundo de Quintal, influência central na trajetória do Sorriso Maroto. O projeto marcou a estreia de um grupo de pagode no estúdio dos Beatles e é a terceira parte de uma série de tributos. Com reverência e sofisticação, o grupo celebra suas raízes no samba com arranjos renovados e espírito de gratidão. (Guilherme Lucio da Rocha)

30.  Lauana Prado –  “Transcende (Ao Vivo)”

Transcende - Lauana Prado 

Gravado no famoso Parque do Ibirapuera, em São Paulo, Lauana Prado quis mostrar para o mundo sertanejo que é uma cantora muito além do hit viral. E conseguiu. Em um clima descontraído e com um time de gigantes ao seu lado, a cantora mostrou seu lado saidinho com letras sensuais, divertidas e românticas. Um dos destaques é a parceria com Nando Reis, cantor que ela descreve como uma de suas grandes inspirações na composição.(Bruna Calazans)

31.  MC Negão Original – “Vizinhança do Bigode”

 Vizinhança do Bigode - MC Negão Original

Com nove faixas inéditas entre as 14 do repertório, “Vizinhança do Bigode” mostrou MC Negão Original em nova fase, reforçando sua identidade com letras sobre vivência periférica. Lançado após o sucesso global de “A Nata de Tudo”, o álbum trouxe feats com MC Ryan SP, Vulgo FK e MC Kelvinho. A estética inspirada no filme “A Vizinhança do Barulho” foi refletida também nos cinco clipes gravados em vila cenográfica criada para o projeto. (Guilherme Lucio da Rocha) 

32.  TETO – “Maior Que o Tempo”

Maior Que o Tempo - TETO

O primeiro álbum do Teto, que foi lançado logo depois do EP Tempo, tem faixas atemporais, uma delas se chama “Grécia”’, que de acordo com o Teto é a melhor música de sua carreira. Escutar ele cantar em outras vertentes, para além do trap, mostra o quão versátil ele é.  Muitos esperam o Teto antigo, que gravava suas prévias e conseguia “estourar” sem nem lançar suas músicas, mas hoje vemos seu lado artístico e essa é a ideia do disco, não se limitar artisticamente. Os maiores destaques desse álbum são, com certeza, os instrumentos, com eles dá para sentir a conexão dele com as músicas. (Lucas Vieira)

33.  Luan Santana – “Luan Ao Vivo na Lua”

"Luan Ao Vivo Na Lua"(Divulgação/)Luan Santana é um dos nomes mais longevos da música sertaneja no estilo universitário, que ganhou as rádios de todo o país nos anos 2000. O cantor já fez de tudo um pouco e, em uma conversa com a Billboard Brasil nos bastidores da Festa do Peão de Barretos, em 2024, disse que só faltava “ir pra lua”. Foi inspirado nesse pensamento que lançou o disco “Luan Santana Ao Vivo na Lua”, com um cenário criado especialmente para o projeto e músicas que traduzem a essência que fez com que seu nome se tornasse tão forte: letras românticas, sensuais e que rapidamente grudam na cabeça. (Bruna Calazans)

34. Veigh – “Eu Venci o Mundo”

Eu Venci o Mundo - Veigh

Em “Eu Venci o Mundo”, Veigh mergulha em um trap introspectivo e espiritual, com 16 faixas sem participações. O álbum equilibra vivências da rua e reflexões sobre fama, fé e identidade. Com produção de Timbaland em uma das faixas e sample de “Ayo Technology”, o disco marca uma nova era em sua carreira, com sonoridade mais madura e visual sofisticado. Destaque para o clipe de “Filho da Promessa”, lançado junto ao álbum.  (Guilherme Lucio da Rocha) 

35.  Murillo e LT no Beat – “BOLA + 1 Beck”
BOLA + 1 Beck - Murillo e LT no Beat

A dupla de produtores Murillo & LT no Beat estreia com o álbum “Bola + 1 Beck”, que mistura funk, trap e trap love em sete faixas — seis delas inéditas. O disco conta com participações de Hariel, Vulgo FK, TZ da Coronel, Ryu the Runner e outros grandes nomes da cena. O projeto audiovisual marca a estreia dos produtores no cast da Som Livre e reforça seu protagonismo na nova geração do funk e do rap. (Guilherme Lucio da Rocha)

36. Catto – “Caminhos Selvagens”

Caminhos Selvagens -  Catto

“Caminhos Selvagens”, quinto e mais íntimo álbum de estúdio de Catto, é o registro que celebra 15 anos de carreira da cantora em 2025. Produzido por ela, Fabio Pinczowski e Jojo Inácio, o disco mergulha em suas memórias e transformações pessoais com profundidade. Com influências do rock dos anos 1990, arranjos elaborados e vocais intensos, Catto compôs todas as faixas, exceto a melodia da faixa-título, assinada por César Lacerda. Segundo a artista, o álbum é sua obra-prima: visceral, melancólico, espiritual e feminino. (Isabela Pacilio)

37. Dada Joãozinho – “1997” 

 1997 - Dada Joãozinho

Dada Joãozinho já havia conquistado o coração daqueles enjoados de ouvir algo palatável demais na mistura de uma música que se convenciona chamar MPB com algo eletrônico, com algo menos padrão —mas isso foi em 2023, com “tds bem Global”. Em “1997”, o compositor está ainda mais disposto a ser brasileiramente global e suas letras parecem mais diretas. Por vezes, é algo “pop” —fosse mais sujo, seria um Yves Tumor, mas o caminho que ele escolhe é muito (muito, bota muito nisso) MPB radio friendly. (Yuri da BS)

38. DJ Jeeh FDC – VBT – “O Funk Além do Sexo”

O Funk Além do Sexo - DJ Jeeh FDC - VBT

Jeeh FDC é um dos maiores nomes do funk paulistano e do gênero em âmbito nacional. Por miopia dos grandes festivais e curadorias país adentro, ainda é um daqueles nomes super ouvidos mas pouco conhecidos por quem não é do funk. Em “VBT – O Funk Além do Sexo”, o DJ da Favela da Caixa segue na sua missão de mapear o gênero e se tornar um expoente que consegue não só catalogar, mas reeducar os ouvintes ávidos por aulas do produtor. O álbum traz expoentes como Livinho, Yuri Redcopa, DJ Arana e Marlon PH, mas a grande estrela —como sempre— é o produtor da Zona Norte. (Yuri da BS)

39. Xamã – “Fragmentado”

Fragmentado - Xamã

“Fragmentado” é uma grata surpresa vinda de um dos nomes mais famosos do rap no mainstream brasileiro. “Grata” porque a cena se repete como nunca e “surpresa” porque nem o mais otimista fã de rapper esperava que Xamã fosse um dos responsáveis por um grande álbum do gênero em 2025. Mas sabendo que era fácil, o carioca foi lá e fez. É, claro, tem uma meiota ali no longo álbum de mais de uma hora que faz você lembrar como anda o marasmo do rap nacional. Mas, tirando esse miolo, o álbum é instigante. De quebra, fez Flora Matos ter mais um hit em sua carreira, o excelente “Aeromoça”. (Yuri da BS)

40. Hermeto Pascoal, Uaná Barreto – “Calendário do Som, Janeiro” 

Calendário do Som, Janeiro - Hermeto Pascoal, Uaná Barreto

Hermeto Pascoal é cotidianamente obsessivo com música —ao mesmo tempo, não ouve suas gravações e, quase sempre, deixa o vento levar suas melodias. “Às vezes sinto-me cansado isto antes de começar compor”, ele diz. O projeto “Calendário do Som”, iniciado em 1996, ganha mais um corpo em 2025 ao revelar como foi o mês de janeiro na cabeça do compositor e também pelas mãos do pianista Uaná Barreto. Hermeto encara a música como um assopro de Deus em sua mente e corpo e, por isso, o projeto passa a ser uma espécie de registro dessas conversas espirituais. (Yuri da BS)

41. Rael – “Onda”

 Onda - Rael

Em seu quinto álbum solo, “Onda”, Rael mistura ritmos e reafirma a leveza conquistada desde “Capim-Cidreira” (2019). Com produção de Nave Beatz, o disco traz 14 faixas que passam por pagodão, R\&B, soul, afrobeat e reggae. Os feats incluem nomes como Ludmilla, Ivete Sangalo, Marina Sena e Mano Brown. Mesmo com tantas colaborações, o rapper mantém a unidade ao celebrar o amor, o groove e a ancestralidade com sensibilidade e balanço. (Guilherme Rocha) 

42. Josyara – “AVIA”

AVIA - Josyara

O violão cabuloso de Josyara é um espetáculo à parte em “AVIA”. Preciso e percussivo, ele conduz as canções com corpo, ritmo e invenção. No terceiro álbum autoral, a artista baiana firma seu lugar como compositora, instrumentista e intérprete de profundidade rara. Entre sopros, cordas e silêncios, Josyara canta sobre desejo, tempo, afeto e deslocamento. Cada faixa é um voo e um pouso: da força lírica de “Festa Nada a Ver” à doçura de “Peixe Coração”. Convidados, Pitty e Chico Chico somam sem tirar o disco de sua essência íntima. “AVIA” é música que paira e toca o chão — um trabalho que mistura técnica e emoção com a naturalidade de quem sabe exatamente o que quer dizer. (Ligia Hipólito)

43. Joyce Moreno – “O Mar é Mulher”

O Mar é Mulher - Joyce Moreno

“Invariavelmente a perigo”, Joyce é especialista em transar consigo. Uma das maiores violonistas do pós-bossa nova, ela ainda é pouco reconhecida na música verdadeiramente popular —apesar de ser um ícone da MPB reconhecida pelas bandas até do Japão. Discreta como persona-artística, ela é exuberante em “O Mar é Mulher” —ao que pese a pouco inspirada capa do álbum. “Comigo” remete ao melhor da obra da cantora que tem discos ainda pouco conhecidos como a obra-prima “Saudade do Futuro”, de 1986, “Línguas e Amores”, de 1991” e, principalmente, “Visions Of Dawn”, dela com Naná Vasconcelos e Maurício Maestro. (Yuri da BS)

44. Africanoise – “Cabaça”

Cabaça - Africanoise

O percussionista e produtor Renato Junior fez de “Cabaça” um bom resumo de suas propostas em “Novo Mundo”, de 2023 e de suas perfomances ao vivo —solo ou com a turma do coletivo Escola de Mistérios. Mais do que qualquer outra explicação, é fácil colocar o álbum como uma forma de deslocados do eletrônico se encantarem pela paisagem densa do clube ao ouví-lo porque, como Africanoise, Renato cria escapes pela percussão que podem ser distrações, brisas, brincadeiras para o ouvinte menos clubber. Mas é, direito e reto, um dos melhores experimentos eletrônicos do ano. De quebra, ele lançou também “Cara e coragem” com o compositor e MC Ôlirum. (Yuri da BS)

45. Onda de Beleza Natural – “Apocalypso”

Apocalypso - Onda de Beleza Natural

Distorcido e dançante, “Apocalypso” é também um respiro nas tentativas que emergem na mistura de porradas com ritmos que, normalmente, se encaixam na classificação “regional”. Por vezes, aqui no país, essas vontades acabam finalizando-se em produtos pouco relevantes para além da proposta. “Apocalypso”, não. O quarteto Onda de Beleza Natural faz questão de ser estranho, silencioso, vagaroso: uma camada muito difícil para grupos que gostam de chupar o regional e levar para suas músicas algo com um que de emulado. Faz dançar, mas faz dançar quadrado —às vezes. (Yuri da BS)

46. Ebony – “KM2”
 KM2 - Ebony

Sucessor de “Terapia” de 2023, o “KM2” transita por diversos estilos musicais, passando do hip-hop, drum and bass, indie, funk e eletrônica. No projeto, Ebony se aprofunda em suas dores e vitórias. KM2 é uma abreviação para Queimados, no Rio de Janeiro, onde ela nasceu. (Isabela Pacilio)


47. Terno Rei – “Nenhuma Estrela”

Nenhuma Estrela - Terno Rei

A banda paulistana de rock alternativo Terno Rei celebrou os 15 anos de carreira com o seu quinto álbum de estúdio, Nenhuma Estrela. O disco conta com participação especial de Lô Borges e produção de Gustavo Schirmer, que também assinou os dois trabalhos anteriores do grupo, Violeta (2019) e Gêmeos (2022). Mais noturno em som e letra, o álbum aborda o amadurecimento, mas também traz cor e esperança. (Yuri da BS)

48. Marcia Felipe – “Forró e Mulher”

Forró e Mulher - Marcia Felipe

Márcia Fellipe lança o projeto “Forró e Mulher”, projeto que celebra o protagonismo feminino no forró. Gravado em Fortaleza com participações de Samyra Show, Taty Girl, Walkyria Santos e mais, o álbum reúne regravações marcantes em clima intimista. Destaque para a faixa “Essa Paixão Virou Chiclete”, com Yara Tchê. Apresentado por Gkay, o lançamento reforça a força das mulheres no ritmo nordestino (Guilherme Lucio da Rocha).

49. Zé Vaqueiro – “Que pancada de mulher”

 Que pancada de mulher - Zé Vaqueiro

Zé Vaqueiro é um dos grandes expoentes do forró que, misturado com tudo o que vê pela frente, surgiu fazendo poeira levantar por bailões de piseiro e vaquejada. Como principal nome do escritório de Xand Avião, o cantor difere-se de João Gomes — seu principal aliado na retomada deste forró: abraça inspirações da música pop e do pop rock dos anos 1980. E, em “Que Pancada de Mulher”, temos: forrozão, bregaço, piseirão, caixa com reverb, saxofone distorcido e tudo o que se pode ter. (Yuri da BS)

50. Arnaldo Antunes – “Novo Mundo”

Novo Mundo | Arnaldo Antunes

A poesia concreta de Arnaldo Antunes tem muito coração para expor sua racionalidade. O estilo do ex-Titãs é velho conhecido, mas segue surpreendendo.  Na faixa  “Viu, mãe?”,  por exemplo, a parceria com o gigante gentil Erasmo Carlos (1941 – 2022) gerou uma canção de gratidão pelo amor materno. A doçura perde espaço na preocupada e pessimista  canção “Novo Mundo” que utiliza as palavras de Arnaldo e do rapper Vandal para sacudir nossa mente para a reflexão do mundo hostil de redes e telas. O contraste do álbum entre arranjos que  misturam sons elétricos, eletrônicos e acústicos é muito bem pilotado na produção feita por Pupillo. O disco conta com a super banda formada por Kiko Dinucci (guitarra, violão e programações), Betão Aguiar (baixo) Vitor Araújo (piano e sintetizador) e as participações de Marisa Monte, Vandal,  Ana Frango Elétrico e do norte-americano David Byrne, ex-Talking Heads. Para ouvidos sensíveis e contemporâneos, da-lhe Arnaldo. (Alexandre de Melo)

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